DOMINGOS ANOS A

BATISMO DO SENHOR

 ANO A

Acesse as leituras de hoje neste link:

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria 

 

Primeira Leitura: Isaías 42,1-4.6-7

Salmo Responsorial 28(29) R- Que o Senhor abençoe, com a paz, o seu povo. 

Segunda Leitura: Atos 10,34-38

Evangelho: Mateus 3,13-17 (ano A)

Naquele tempo: 13Jesus veio da Galiléia para o rio Jordão, a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele. 14Mas João protestou, dizendo: 'Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?' 15Jesus, porém, respondeu-lhe: 'Por enquanto deixa como está, porque nós devemos cumprir toda a justiça!' E João concordou. 16Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água. Então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus, descendo como pomba e vindo pousar sobre ele. 17E do céu veio uma voz que dizia: 'Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu agrado'. Palavra da Salvação.

Comentário:

O batismo que Jesus recebeu de João Batista não é o nosso. O nosso batismo, Jesus instituiu quando, já ressuscitado, falou aos apóstolos: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28, 19).  

No Batismo de Jesus, a Santíssima Trindade se revelou a nós: o Pai, cuja voz se fez ouvir nas nuvens; o Espírito Santo, pairando sobre Jesus, e Jesus, que é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, o Filho.

O Batismo de João está mais para nosso sacramento da Confissão do que para o Batismo. Era renovado cada vez que a pessoa quisesse mudar de vida, como a nossa confissão.

Na primeira leitura Isaías fala que o Servo de Deus, que sabemos que é Jesus, “Não quebra uma cana rachada nem apaga um pavio que ainda fumega”, ou seja, vai aproveitar qualquer resquício de boa vontade que tenhamos no coração.

Na segunda leitura, Pedro diz que Deus não faz acepção de pessoas. Todos têm vez diante de Deus, seja o maior santo como o maior pecador.

Irmãos e irmãs, tenhamos, pois, confiança nesse Deus de Misericórdia que hoje se revela a nós e sob cuja proteção nos colocamos no dia de nosso batismo. Ele é misericordioso porque é todo-poderoso para nos dar a salvação, se lhe pedirmos. Aprendamos a viver sem o pecado! Viver sob as asas de Jesus é bem melhor do que viver sob as asas do pecado.                                       

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

ANO PAR (em 2020 foi 10º domingo. Em 2022 foi 11º. Em 2023 será 9º domingo)

“UNIÃO COM CRISTO E O PAI NO ESPÍRITO” 

Acesse as leituras de hoje neste link: 

Primeira Leitura: Êxodo 34,4b-6.8-9

Salmo Responsorial: 

 Daniel 3, 52-56-R- A vós louvor, honra e glória eternamente!

Segunda Leitura:-2 Coríntios 13,11-13

Evangelho:  João 3,16-18

16Deus amou tanto o mundo,

que deu o seu Filho unigênito,

para que não morra todo o que nele crer,

mas tenha a vida eterna.

17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo

para condenar o mundo,

mas para que o mundo seja salvo por ele.

18Quem nele crê, não é condenado,

mas quem não crê, já está condenado,

porque não acreditou no nome do Filho unigênito.

Palavra da Salvação.

Comentário:

O tema de hoje é muito profundo. Falar da Santíssima Trindade é falar do verdadeiro Amor, com “A    “ maiúsculo. Não é o pseudo amor que vemos na televisão, em certos livros, na internet, nos recadinhos do What’s App.  

Amor não pode confundir-se com atração. Não tem nada a ver uma coisa com outra. O Amor da Santíssima Trindade se traduz nos meios humanos como doação. Quanto maior for a doação de si próprio (a), maior é o amor. 

Não é por acaso que Jesus mandou-nos amar os inimigos. Ele sabia que amar não é a mesma coisa que gostar. Não é preciso gostar para se amar. Quando Jesus morreu por nós, nós ainda éramos inimigos de Deus. Apenas com a morte e a ressurreição de Jesus, diz S. Paulo na leitura de ontem, Deus reconciliou o mundo consigo. Desse modo, Jesus morreu por amar seus inimigos, que ele queria tornar amigos. E conseguiu, pelo menos no que se refere a uma boa parte da humanidade. 

Entretanto, falta muita gente para arrebanhar. No mundo todo o cristianismo não chega a 40 por cento (33% + ou -). Isso quer dizer que ainda falta evangelizar a maioria da humanidade, os 60 e poucos por cento. Haja missionários! Aliás, todos nós temos a obrigação de evangelizar. 

Voltando à Santíssima Trindade, é difícil entender um Deus único em Três Pessoas. Aliás, o termo não é “difícil”, mas sim, “impossível”. Não cabe na mente humana um mistério desses. Dá, entretanto, para aceitarmos que há Três Pessoas num só Deus. 

Eu costumo comparar com três velas acesas unidas: as três têm uma só chama. Eu tentei fazer isso e fotografei. Não saiu muito bom, mas dá para ter uma ideia.

Antigamente se comparava a um trevo, que tem três folhas iguais numa só flor. 

O Pai, contemplando-se, dá origem ao Filho. O amor do Pai com o Filho dá origem ao Espírito Santo. Isso é feito na eternidade, sem um começo. Todos nós tivemos um começo, por isso não dá para entendermos algo que nunca teve começo, que sempre existiu. Mas nós não vamos ter fim, ou seja, vamos viver na eternidade. Isso a gente entende, algo que não vai ter fim. 

Até agora foi a parte boa. Agora vem a parte terrível: Só quem obedecer a Deus vai chegar a essa vida eterna. Os que não o acolherem vão ter o direito de continuar sem Ele. E a isso chamamos inferno. 

Então, só vai para o inferno quem quiser. Deus nos quer todos no céu, mas para irmos para lá é preciso querer Deus em nossa vida. Também ouvirmos e praticarmos o que Jesus nos ensinou. Uma das coisas que ele nos ensinou é a de nos amarmos com a mesma intensidade com que a Santíssima Trindade se ama: “Que eles sejam um como nós somos um” (João 17,22). Por mais perfeita seja uma pessoa, tem muito chão ainda para ela ser unida aos demais como o Pai, o Filho e o Espírito Santo são unidos!                                   

Quando Jesus morreu e ressuscitou, ele nos deu a oportunidade de irmos para o céu depois da morte. Estar no céu e estar com Deus. Se não estivermos com ele nesta vida, ele vai permitir que continuemos sem ele na outra. São dois caminhos que estão neste momento à nossa frente e temos que escolher um deles. Qual você vai escolher? 

 

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2º DOMINGO DO TEMPO COMUM

ANO A (2020, 2023)

 

Leia os textos neste link: 

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1ª leitura: Isaías 49,3.5-6

Salmo 39(40) R- Eu disse: eis que venho Senhor, com prazer faço a vossa vontade!

2ª leitura: 1 Coríntios 1,1-3

Evangelho de João 1,29-34

Naquele tempo: 29João viu Jesus aproximar-se dele e disse: 'Eis o Cordeiro de  Deus, que tira o pecado do mundo. 30Dele é que eu disse: Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque existia antes de mim. 31Também eu não o conhecia, mas se eu vim batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel'. 32E João deu testemunho, dizendo: 'Eu vi o Espírito descer, como uma pomba do céu, e permanecer sobre ele. 33Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a batizar com água me disse: `Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo'. 34Eu vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!' Palavra da Salvação.

Comentário:

Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Na verdade, como o cordeiro pascal era imolado para que Deus perdoasse os pecados dos que o ofereciam, assim Jesus se ofereceu para ser imolado como um Cordeiro, e ele, na verdade, abriu-nos as portas do céu, tirou a maldição que envolvia o ser humano.

Agora, desde sua morte e ressurreição, todos estão convidados para entrarem no céu e viver em sua presença pelo restante da eternidade.

É preciso dizer que Jesus obedeceu o Pai até o último instante de vida. Ele poderia, se quisesse, sair da cruz. Quem com o Pai criou o mundo e tudo o que existe, também com o Espírito Santo, poderia muito bem ter saído de uma cruz.

Entretanto, se ele não obedecesse ao Pai plenamente quem estaria perdida seria a humanidade. A humanidade, com a obediência de Jesus, foi redimida da desobediência dos nossos primeiros pais, lá no início do ser humano na terra. Uma obediência plena que perdoou uma desobediência plena.

Todas as vezes que participamos da missa, estamos celebrando essa salvação trazida por Jesus por meio de sua morte e ressurreição. Toda missa é uma páscoa que nos liberta.

Eu estou disposto a obedecer em tudo ao Pai. Pelo menos vou tentar ao máximo, e rezar muito para não fraquejar. E você? 

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3º DOMINGO COMUM-A

ANO A

Leia os textos neste link: 

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1ª leitura: Isaías 8,2.3b-9,3

Salmo 26(27) R- O Senhor é minha luz e salvação.

2ª leitura: 1 Coríntios 1,10-13.17

Evangelho de Mateus 4,12-23

Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galiléia. 13Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galiléia, 14no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: 15'Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galiléia dos pagãos! 16O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz. 17Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: 'Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo. 18Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: 'Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens.' 20Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. 23Jesus andava por toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo. Palavra da Salvação.

Comentário:

Jesus é a luz do mundo. Onde há sua presença não há trevas nem qualquer coisa negativa. A conversão significa entrarmos em sua luz, nos submetermos à sua proteção e ao seu infinito, mas também sempre humano amor.

Na segunda leitura vemos que, se vivemos na luz, não deve haver entre nós nenhum tipo de divisão. As divisões são coisas do maligno. Ele é divisor por natureza de tudo o que é unido e coeso.

Ser unido não deve ser sinônimo de se pensar de modo igual, ou de se agir de modo igual. Deve haver uma coesa unidade mesmo na diversidade de pensamentos e de opiniões. Cada um deve dar sua contribuição à comunidade de acordo com o próprio carisma, talento e capacidade, mas sempre de modo unido, como complementação mútua, e nunca num espírito de competição ou orgulho idiota. Devemos aprender a nos complementarmos. Nós todos somos o corpo místico em que Cristo é a cabeça. Nunca nos esqueçamos disso!

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7 º DOMINGO COMUM-A

23/02/2020

Leia os textos neste link:

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1ª Leitura: Levítico 19,1-2.17-18

Salmo 102(103) R- Bendize, ó Minh’ alma, ao Senhor, pois ele é bondoso e compassivo!

2ª Leitura: 1 Coríntios 3,16-23

Evangelho de Mateus 5,38-48

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 38Vós ouvistes o que foi dito: 'Olho por olho e dente por dente!' 39Eu, porém, vos digo: Não enfrenteis quem é malvado! Pelo contrário, se alguém te dá um tapa na face direita, oferece-lhe também a esquerda! 40Se alguém quiser abrir um processo para tomar a tua túnica, dá-lhe também o manto! 41Se alguém te forçar a andar um quilômetro, caminha dois com ele! 42Dá a quem te pedir e não vires as costas a quem te pede emprestado. 43Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!' 44Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito.' Palavra da Salvação.

Comentário:

O assunto de hoje é o perdão e a confiança plena em Deus, que nos permite viver em paz, sem preocupações exageradas com coisa alguma. Se nossa confiança estiver em Deus não nos apegaremos a nada, não teremos sentimento de vingança no coração, não odiaremos ninguém, rezaremos pelos nossos inimigos,

Quando alguém exigir alguma coisa que não seja pecaminosa, faça em dobro o que foi pedido. Aquilo, que estava sendo proposto como uma coisa negativa e obrigada, torna-se um merecimento e um motivo de paz em nosso coração.

Diz a segunda leitura que a sabedoria deste mundo é insensatez diante de Deus. Seguir a palavra de Deus e amar a todos como Deus nos ama nos leva a fazer muitas coisas que o mundo acha loucura, mas não sabe que o efeito em nós é de paz e alegria interiores. A verdadeira loucura é fazermos tudo o que vem à nossa cabeça sem prestarmos atenção nas consequências, principalmente nas coisas pecaminosas.

Amar a Deus sobre todas as coisas significa amar o próximo como a nós mesmos, amar o próximo como Deus nos ama. Só faremos isso se perdoarmos, se tirarmos todo tipo de vingança do coração, nunca desejarmos o mal a ninguém. Podemos, é bom dizer, corrigir a quem precisar de correção, a fim de que não faça mais nenhum erro. Corrigir também é amar. Mas que seja uma correção baseada na caridade e sem nenhum ódio.

FALTAM O 8º, E O9º DOMINGOS ANO A

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DÉCIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A

11/06/2023

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: Oséias 6,3-6

Salmo Responsorial-49(50) R- A todo homem que procede retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus.

Segunda Leitura: Romanos 4, 19-25

Evangelho: Mateus 9,9-13

 

 Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse- lhe: “Segue-me!” Ele se levantou e seguiu-o. 10Depois, enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e seus discípulos. 11Alguns fariseus viram isso e disseram aos discípulos: “Por que vosso mestre come com os publicanos e pecadores?” 12          Tendo ouvido a pergunta, Jesus disse: “Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes. 13 Ide, pois, aprender o que significa: ‘Misericórdia eu quero, não sacrifícios. De fato, não é a justos que vim chamar, mas a pecadores”.

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como Deus, por meio de Oseias, se queixa do amor tão volúvel de seu povo: “como uma nuvem pela manhã, como as chuvas tardias que regam o solo”. Termina o texto lembrando que Ele, Deus, prefere o amor ao sacrifício de touros. Ele prefere o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.

Podemos refletir em nossa vida se nós estamos nos preocupando mais em fazer coisas do que em saber qual é realmente a vontade de Deus a nosso respeito, e também passar mais tempo com Ele em oração, num ato de amor contínuo.

Na segunda leitura, São Paulo fala aos romanos sobre a fé inquebrantável e sólida de Abraão. A nós é pedida a mesma fé profunda, agora em Cristo, que ressuscitou dos mortos para nossa justificação. Isso implica em aceitarmos e em nos empenharmos par pôr em prática tudo o que Ele nos ensinou.

No Evangelho vemos a conversão de Mateus e como ele deixou tudo para seguir Jesus, como o fizeram os demais apóstolos. Nossa mania é fazermos uma fichinha da pessoa e nunca mudá-la, mesmo com o progresso espiritual dela. Muita coisa pode acontecer na vida de um ser humano, inclusive a conversão. Quando alguém se converte, muda seu estilo de vida, torna-se uma pessoa humilde, caridosa, piedosa, e às vezes ainda guardamos ressentimento daquilo que a pessoa costumava ser no passado.

Jesus confiou na conversão de Mateus e foi tomar a refeição com ele e seus amigos, considerados todos como pecadores pelos chefes da época.

Realmente, Mateus era cobrador de impostos, profissão condenada pelos escribas e fariseus. Quem a exercesse era considerado pecador. Na verdade, havia muita roubalheira nessa profissão. Entretanto, ele nos dá o exemplo de como transformar-se de pecador em santo, mediante o arrependimento sincero de nossos pecados. Podemos fazer o mesmo, e recomeçarmos uma vida nova. É essa a vontade de Deus.

 

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11º DOMINGO DO TEMPO COMUM- A

14/06/2020

Ouça o comentário de hoje neste link: 

https://soundcloud.com/gotas-da-palavra

 

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Primeira Leitura: Êxodo 19,2-6a

Salmo Responsorial-99(100)-R- Nós somos o povo e o rebanho do Senhor.

Segunda Leitura: omanos 5,6-11

Evangelho: Mateus 9,36-10,8 - Chamou os 12 discípulos.

Naquele tempo Jesus disse: 36 Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: 37 “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38 Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita!” Chamando os doze discípulos, Jesus deu-lhes poder para expulsar os espíritos impuros e curar todo tipo de doença e de enfermidade. 2 Estes são os nomes dos doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e depois André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; 3 Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus. 5E Jesus enviou esses doze, com as seguintes recomendações: “Não deveis ir aos territórios dos pagãos, nem entrar nas cidades dos samaritanos! 6 Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 No vosso caminho, proclamai: ‘O Reino dos Céus está próximo’. 8 Curai doentes, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expulsai demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar! 

 

Comentário:

Qual foi o critério que Jesus usou para chamar os discípulos? Nunca saberemos. Qualquer especulação sobre o assunto será mera suposição. O certo é que eles não tinham capacidade alguma aparente para seguir essa vocação. A capacitação deles foi feita por Jesus durante os três anos de caminhada e concluída pelo Espírito Santo.

Em nossa vida isso também acontece. Temos que nos preparar normalmente com todos os recursos que dispomos e a graça do Espírito Santo vai completar a nossa formação.

Todos somos chamados à santidade e, pelo Batismo, nos tornamos sacerdotes (podemos rezar uns pelos outros e oferecer a Deus nossos sacrifícios), profetas (podemos e devemos pregar a Palavra de Deus ) e reis (herdamos o Reino dos Céus).

De nada adianta essas três funções que ganhamos no Batismo se continuarmos sentados em nossos sofás vendo televisão e não praticarmos a caridade, a misericórdia, o atendimento aos necessitados, lembrando que até uma pessoa rica pode, em certos casos, ser uma pessoa necessitada. Quando está doente, por exemplo.

Na primeira leitura Deus diz a Moisés no Monte Sinai : "Se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida ddentre todos os povos(...), sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa". Eis aqui a confirmação do assunto de hoje: o povo de Deus é um povo sacerdotal. Todos podem pedir por todos, todos podem se oferecer a Deus como propriedade dele.

Na segunda leitura São Paulo diz que quando ainda éramos inimigos de Deus, imersos no pecado, fomos reconciliados por ele pela morte de seu Filho. Quanto mais agora que já estamos reconciliados e salvos pela morte e ressurreição de Jesus!

Reconciliados com Deus pelo Batismo, sacerdotes que somos para rogar e pedir por nós e por todos, ponhamo-nos à luta e não deixemos perder essa oportunidade de salvação!

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12º. DOMINGO DO TEMPO COMUM 

ANO A

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Primeira Leitura: Jeremias 20, 10-13

Salmo Responsorial 68(69)R- Atendei-me, ó Senhor, pelo vosso imenso amor!

Segunda Leitura: Romanos 5,12-15

Evangelho de Mateus 10,26-33 Naquele tempo Jesus disse: “Não tenhais medo deles. Não há nada de oculto que não venha a ser revelado, e nada de escondido que não venha a ser conhecido. 27 O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28 Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas são incapazes de matar a alma! Pelo contrário, temei Aquele que pode destruir a alma e o corpo no inferno! 29 Não se vendem dois pardais por uma moedinha? No entanto, nenhum deles cai no chão sem o consentimento do vosso Pai. 30 Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão todos contados. 31 Não tenhais medo! Vós valeis mais do que muitos pardais. 32 Todo aquele, pois, que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante do meu Pai que está nos céus. 33 Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus.

 

Comentário: Um dos assuntos de hoje é a perseguição que sofrem os que praticam as palavras de Jesus e deseja aplicá-las em sua pastoral ou modo de vida. Jesus procura dar confiança e segurança para essas pessoas. Na verdade, é a última das bem-aventuranças do início do Sermão da Montanha: Bem-aventurados quando fordes perseguidos...   O missal dominical dá uma relação dos tipos de perseguição que a Igreja sofre. Nem sempre se dá pela fidelidade ao evangelho e pela imitação de Cristo no caminho da cruz. Às vezes foi perseguida e hostilizada por causa do atraso com relação à história, por comodismo ou pela falta de confiança e coragem.

Entretanto, há uma perseguição que poderíamos chamar de ""satânica", causada por um inimigo irredutível, adversário que luta contra Cristo e seu Reino. Já nos tempos de Jesus, os que o mataram acharam que estavam agradando a Deus. Os governos ateístas querem, como os imperadores romanos, acabar com a Igreja. Veja por exemplo a China, que destrói igrejas e manda tirar as cruzes das que permite funcionar. Há países também em que a maioria de religião não cristã, como em alguns países muçulmanos, persegue a minoria católica e mesmo de outras religiões cristãs. 

Há também uma perseguição camuflada, de muitos meios de comunicação social, que pregam o materialismo, o sexo desenfreado, o aborto, enfim, a negação dos preceitos evangélicos como algo normal. As pessoas são "doutrinadas" sem tomarem conhecimento de que estão sendo induzidas ao pecado e ao erro. O materialismo se torna um tipo de religião que deve ser seguido a todo custo. 

Quantas pessoas assistem as novelas de televisão? E quantas não percebem os engodos crassos que há nessas novelas! Ou seja, são como que aliciadas para o mal, para o pecado, e acabam achando isso normal e correto. Chegam a discutir com os colegas de firma ou mesmo em casa , apoiando a doutrinação recebida por esses canais midiáticos. 

Torna-se imprescindível, atualmente, uma re-educação religiosa, uma re-evangelização, a fim de que as pessoas retomem a doutrina correta ensinada por Jesus Cristo, ratificada e promulgada pela Igreja.

Cabe seguirmos os conselhos que Jesus nos dá no evangelho de hoje: confiar plenamente nele. E, se formos perseguidos, maltratados, humilhados, desprezados por causa de nossa vivência cristã, ele não nos abandonará. E se viermos a morrer por causa disso, ele nos receberá no paraíso. 

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NÃO TEMOS AINDA O 13º DOMINGO DO TEMPO COMUM A

Em 2020 caiu festa de São Pedro e São Paulo.

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14º DOMINGO DO TEMPO COMUM-A

 05/07/2020

 

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Primeira Leitura: Zacarias 9,9-10

Salmo Responsorial 144(145)R- Bendirei eternamente o vosso nome, ó Senhor!

Segunda leitura: Romanos 8,9.11-13

Evangelho: Mateus 11, 25-30

 

Naquela ocasião, Jesus pronunciou estas palavras: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26 Sim, Pai, assim foi do teu agrado. 27 Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. 28 Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso. 29 Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vós. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

Na primeira leitura Zacarias profetiza que o Messias prometido será humilde e não baseará seu poder nos cavalos, na força bruta e nos bens terrenos, mas terá sua força em Deus. Ele não virá montado num cavalo de raça, mas num simples jumento.

Na segunda leitura vemos como ter sempre o Espírito Santo vivendo em nós: buscarmos sempre viver segundo o espírito e não segundo a carne. Viver segundo a carne é viver em pecado, imerso em coisas materiais, sem cuidar do espírito. Nós somos templos do Espírito Santo, mas com o pecado ele se ausenta até que peçamos perdão e nos convertamos.

No evangelho Jesus se mostra manso e humilde de coração e nos pede que aprendamos com ele a sermos assim também. Termina pedindo que tomemos sobre nós seu fardo, seu jugo, porque segui-lo será muito fácil, pois teremos sua proteção, sua força e seu consolo.

Quem é vaidoso, orgulhoso, arrogante etc., não dá muito valor a Jesus nem à sua ajuda. Quem é humilde sabe que precisa dele para viver. Aí está o segredo do êxito dos humildes: vencem não pelas suas próprias forças, mas com a força e o exército que Deus lhes envia. Ser humilde e se colocar sob a proteção de Deus é a coisa mais inteligente que podemos fazer.

 

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15º DOMINGO COMUM 

12/07/2020

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1ª Leitura: Isaías 55,10-11

Salmo Responsorial 64 (65)R-  A Semente caiu em terra boa e deu fruto. 

2ª Leitura: Romanos 8,18-23

Evangelho Mateus 13,1-23- (Forma breve: 13,1-9)

Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do Mar da Galileia. Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. E disse-lhes muitas coisas em parábolas; "O semeador saiu paa semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. Outgras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo bortaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tienham raiz. Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. Outras sementes, porém, caáiram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!".

Comentário:

No evangelho Jesus mostra como é necessário acolher a semente da Palavra de Deus com amor e com decisão firme de cumpri-la, apesar das dificuldades pessoais. Não podemos recusar a Palavra alegando incapacidade. Deus dá a capacidade a todos, conforme seus limites. Ele nunca nos desampara e nunca vai exigir de nós o que for acima de nossas forças. É preciso, pois, tirar as pedras, os espinhos, as beiras dos caminhos de nossa vida, a fim de que só Deus seja nosso apoio e fortaleza, só em Deus coloquemos nossa confiança e esperança.

Na primeira leitura vemos praticamente o mesmo assunto: a Palavra de Deus vem sobre a terra e volta para ele com os frutos, nunca volta vazia. Isaías compara-a com a chuva e a neve, que descem à terra e cumprem sua missão de irrigar e fecundar a terra, de fazê-la germinar etc. A missão da Palavra de Deus é nos mostrar o caminho santo que nos leva ao paraíso. Quanto a isso, ela sempre cumpre sua missão. Todos sabemos o caminho a tomar. Se não o tomarmos, se fizermos pouco caso dessa palavra divina, não é a Palavra de Deus que não cumpriu sua missâo, mas sim nós, em nossas escolhas erradas.

A segunda leitura nos mostra que até a criação está "torcendo" para que nós aproveitemos os bens que passam para alcaçarmos os que não passam, a fim de que todos possamos nos sentir felizes e bem aproveitados para o Reino de Deus e assim gozarmos a vida eterna. Esse novo mundo que a leitura preconiza pode ser também este, em que todos possamos, um dia, viver num paraíso terrestre, e pararmos de destruir indiscriminadamente como temos feito até agora.

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16º DOMINGO COMUM -ANO A

19/07/2020

Acesse as leituras de hoje neste link: 

https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria

1ª Leitura: Sabedoria 12,13.16-19

Salmo Responsorial 85(86)R-Ó Senhor, vós sois bom, sois clemente e fiel!

2ª Leitura: Romanos 8,26-27

Evangelho :Mateus 13,24-43

Jesus apresentou-lhes outra parábola: “O Reino dos Céus é como alguém que semeou boa semente no seu campo. 25 Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e foi embora. 26 Quando o trigo cresceu e as espigas começaram a se formar, apareceu também o joio. 27 Os servos foram procurar o dono e lhe disseram: ‘Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio?’ 28 O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os servos perguntaram ao dono: ‘Queres que vamos retirar o joio?’ 29 ‘Não!’, disse ele. ‘Pode acontecer que, ao retirar o joio, arranqueis também o trigo. 30 Deixai crescer um e outro até a colheita. No momento da colheita, direi aos que cortam o trigo: retirai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! O trigo, porém, guardai-o no meu celeiro!’” 31 Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. 32 Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos”. 33 E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. 34 Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas, 35 para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”. 36 Então Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37 Ele respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao Maligno. 39 O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os que cortam o trigo são os anjos. 40 Como o joio é retirado e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41 o Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino toda causa de pecado e os que praticam o mal; 42 depois, serão jogados na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Quem tem ouvidos, ouça.

Comentário:

Na primeira leitura fala que Deus castiga os pecados, mas pouco a pouco, a fim de que todos possam ter tempo para o arrependimento. "A teus filhos deste a confortadora esperança de que concedes o perdão aos pecadores".

Na segunda leitura vemos que o Espírito nos ajuda a formular a oração certa, segundo o plano que Deus tem para nós. Ninguém se salva sem a oração, por si só. Quando nos entregamos à vontade divina, somos atendidos em nossas orações, pois o Espírito Santo nos ajuda a formulá-las corretamente. Ele foi quem nos fez e conhece-nos totalmente, ou seja, totalmente mais do que nós mesmos nos conhecemos.

No evangelho de hoje vemos, como na primeira leitura, que Deus tem paciência conosco e aguarda pacientemente que nos covertamos a ele. O joio cresce junto com o trigo, ou seja, o mal e o bem andam juntos e às vezes temos até dificuldade de saber qual é qual. Muitas vezes a diferença não é nítida.

Um rapaz veio, certa vez, me falar de algo que ele fizera e concluiu dizendo: "Padre, eu não sei se pedia perdão a Deus pelo pecado cometido ou o agradecia pela oportunidade ímpar que eu tive".

Acredito que esse é um problema sério. Muitas vezes as pessoas fazem  coisas erradas porque não têm consciência da gravidade do que está fazendo, das consequências e do raio de ação do que fez. É por isso que Deus é paciente e não destrói o mal enquanto estamos aqui, pois pode destruir também os que, mesmo tendo boas intenções, ainda não perceberam que estão agindo mal. Foi o próprio Jesus que disse ao Pai antes de morrer: "Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem".

Muitas pessoas ficam admiradas e atônitas quando, em certa altura de suas vidas, percebem o mal que fizeram no passado. Nesse caso, a paciência para consigo mesmas é o caminho certo. Como Deus tem paciência para conosco, tenhamos paciência conosco mesmos e demo-nos uma chance de recomeçarmos um caminho novo, inspirado e abençoado por Deus.

A segunda parábola também explica a realidade do Reino dos Céus, que parece nem existir enquanto estamos vivendo no pecado. Quando pedimos perdão e nos convetemos, esse Reino se apresenta para nós e percebemos sua grandiosidade, embora os pecadores ainda não o percebam. É o mesmo assunto que dizíamos atrás. Quando estamos vivendo em pecado, não enxergamos a grandiosidade e as maravilhas do Reino de Deus. Até queremos mostrá-las aos demais, mas não conseguimos. Eles parecem cegos e não vêm como Deus é maravilhoso, é bom, e nos proporciona a verdadeira felicidade, e pelo menos um pouco, já nesta terra. E, olhando para trás, para nossa vida de pecadores, rimos um pouco e pensamos: "Era isso que eu achava tão importante"?

A terceira parábola mostra como nossa ação no mundo pode transformá-lo e convertê-lo, se acompanharmos nossas ações com a oração. Nossa ação, movida pela oração, é como um fermento que leveda a massa e a faz crescer. Mas sobretudo, que essa nossa ação seja mais por uma vida santa do que pelas palavras. Um ato vale por mil palavras. Se vivermos de maneira digna, vamos atrair a curiosidade dos pecadores: "O que esse cara tem que é tão feliz, tão tranquilo"? E vai se interessar pelos princípios que seguimos e, aí então, vai ouvir-nos.

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17º DOMINGO COMUM 

26/07/2020

1ª Leitura: 1 Reis 3,5.7-12

Salmo Responsorial 118 (119)R- Como eu amo, Senhor, a vossa lei, vossa palavra! 

2ª Leitura: Romanos 8,28-30

Evangelho: Mateus 13,44-52 

“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido num campo. Alguém o encontra, deixa-o lá bem escondido e, cheio de alegria, vai vender todos os seus bens e compra aquele campo. 45 O Reino dos Céus é também como um negociante que procura pérolas preciosas. 46 Ao encontrar uma de grande valor, ele vai, vende todos os bens e compra aquela pérola. 47 “O Reino dos Céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que pegou peixes de todo tipo. 48 Quando ficou cheia, os pescadores puxaram a rede para a praia, sentaram-se, recolheram os peixes bons em cestos e jogaram fora os que não prestavam. 49 Assim acontecerá no fim do mundo: os anjos virão para separar os maus dos justos, 50 e lançarão os maus na fornalha de fogo. Aí haverá choro e ranger de dentes. 51 “Entendestes tudo isso?” – “Sim”, responderam eles. 52 Então ele acrescentou: “Assim, pois, todo escriba que se torna discípulo do Reino dos Céus é como um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Salomão teve a oportuinidade de alcançar de Deus muitas coisas dessas que a maioria das pessoas almeja mais do que tudo, como a riqueza, uma vida longa, a morte dos inimigos, mas pediu apenas a sabedoria. Foi uma verdadeira oração e foi atendida. Entretanto, com a sabedoria veio também a riqueza e a realização de seus melhores sonhos. A oração verdadeira sempre agrada a Deus e nos alcança talvez não o que pedimos, mas algo que nos fará felizes na eternidade.

Na segunda leitura São Paulo diz que Deus nos chamou para a santidade, para uma vida eterna no Céu, onde desfrutaremos de seu Reino. Para que isso ocorra, é preciso que nos tornemos "justos" ou, na linguagem de hoje, santos. E para que nos tornemos santos, temos que fazer valer nosso Batismo, ato pelo qual Deus nos justificou e nos salvou.

No evangelho de hoje Jesus nos ensina sobre o que é o Reino dos Céus: é uma realidade que já começou mas ainda não se realizou em plenitude. É uma realidade que exige nossa escolha total entre tantas outras que existem no mundo: "Vai, vende tudo o que tem e compra o campo; vai, vende tudo o que tem e compra a pérola". Ou, como Jesus disse quando contou a parábola do homem que quer construir uma torre ou o rei que quer vencer o inimigo; "Quem não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo".

Deus nos conhece profundamente e sabe o que é melhor para nossa vida. Enquanto estamos construindo a história, muitas coisas nos são oferecidas, mas nem todas agradam a Deus. Por um simples motivo: afastam-nos do seu Reino. Infelizmente, muitas vezes nós não percebemos isso, e achamos que aquele bem, aquela aquisição, nos fará felizes. Pode até nos trazer um pouco de felicidade, mas será uma felicidade passageira, que dará lugar a um desgosto e a uma insatisfação. Só Deus pode nos satisfazer plenamente.

Nesse sentido, Salomão, ao pedir a sabedoria, já demonstrou ser sábio, pois pediu algo que iria lhe trazer muita satisfação agora e para a vida eterna. Pena que no final de sua vida abandonou seu "primeiro amor" e se entregou à luxúria e à idolatria...Mas só Deus pode julgá-lo.

A Igreja não se confunde com o Reino de Deus. O Reino de Deus e a Igreja levam a uma felicidade eterna, mas aqui na terra a Igreja é unicamente o terreno privilegiado em que o Reino lentamente se edifica, embora ela seja ambígua, por causa do pecado de seus membros. Mas o Reino ultrapassa a realidade da Igreja e não se atém apenas a ela. Vamos dizer assim que a Igreja ajuda e muito aos que desejam pertencer ao Reino, que ainda é uma semente que precisa crescer.

Eu prefiro dizer que o Reino já está aí, mas que só aparece quando vamos tomando conhecimento dele por meio de uma vida progressivamente santa. Aos que buscam a Deus, aos poucos, ele se apresenta. Quanto mais é nossa doação e entrega a Deus, mais o percebemos. As maravilhas do Reino de Deus são vistas pelos que percorrem o caminho da santidade. Os pecadores inveterados, que não se arrependem de seus pecados e não iniciam essa caminhada, o Reino de Deus ainda não existe e dificilmente será percebido por eles. Que pena!

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18º DOMINGO COMUM-ANO A

02/08/2020 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Isaías 55,1-3

Salmo Responsorial 144(145)-R- Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.  

2ª Leitura: Romanos 8,35.37-39

Evangelho de Mateus 14, 13-21

 Ao ser informado da morte de João, Jesus partiu dali e foi, de barco, para um lugar deserto, a sós. Quando as multidões o souberam, saíram das cidades e o seguiram a pé. 14 Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. 15 Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” 16 Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Vós mesmos dai-lhes de comer!” 17 Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. 18 Ele disse: “Trazei-os aqui”. 19 E mandou que as multidões se sentassem na relva. Então, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões. 20 Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos cheios. 21 Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças

COMENTÁRIO: 

 

Na primeira leitura, Isaías fala ao povo exilado, que passava fome e sede. A solução é apresentada pelo profeta no versículo 3: „Inclinai o vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi“. Se todos os cristãos do mundo realmente estivessem ouvindo a voz de Deus e a praticando, acredito que não haveria fome no mundo. 

 

Nós nos acostumamos tanto com a pobreza alheia que poucos são os que realmente se importam. Importar-se com a miséria alheia não é apenas escrever como estou fazendo aqui, mas sim enfrentar a crise, enfrentar os problemas que rondam os mais pobres e ajudá-los dentro da própria capacidade. O que se sobressair à nossa capacidade, peçamos a Deus. 

 

Na segunda leitura São Paulo diz que nada pode nos separar do amor de Deus. Eu diria que só mesmo nós podemos nos separar do amor de Deus. Ninguém mais. Nada mais. Por maior que seja o nosso sofrimento e provação, só nós podemos tomar a iniciativa de nos separar do amor de Deus. Ninguém mais pode nos obrigar a deixar Deus. O pecado é algo pessoal que pode tornar-se comunitário, da sociedade, quando, por exemplo, deixamos as pessoas morrerem de fome por causa de alguma injustiça social ou coisa parecida. 

 

No evangelho me chama a atenção das palavras de Jesus: „Dai-lhes vós mesmos de comer“. Essa frase martela a minha cabeça. Gostaria que martelasse a sua também. 

 

Jesus não saciou a fome de todos em todo o tempo de sua vida. Apenas algumas vezes e a uma multidão, mas não a todas as pessoas. Ele deixou isso para nós. Nós temos a obrigação de sanar a fome do mundo. Deus deixou na natureza tudo o que precisamos para não passarmos fome. Quantas sementes há num tomate, por exemplo? Tudo o que Deus fez é em abundância. Os pássaros, por exemplo, não passam fome, desde que nós não o prendamos. Se nós os prendermos nós é que temos a obrigação de tratar deles. 

 

Deus nos dá força e coragem para vencermos os nossos problemas, sempre quer precisarmos. Cabe a nós irmos avante, não desanimarmos e não termos medo de faltar o alimento que partilhamos com os demais.

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19º DOMINGO COMUM-ANO A

09/08/2020  

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Reis 19,9a.11-13a

Salmo Responsorial 84(85)-R-  Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!

2ª Leitura: Romanos 9,1-5 

Evangelho de Mateus 14,22-33

Logo em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões.  23 Depois de despedi-las, subiu à montanha, a sós, para orar. Anoiteceu, e Jesus continuava lá, sozinho. 24 O barco, entretanto, já longe da terra, era atormentado pelas ondas, pois o vento era contrário. 25 Nas últimas horas da noite, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26 Quando os discípulos o viram andando sobre o mar, ficaram apavorados e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27 Mas Jesus logo lhes falou: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28 Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29 Ele respondeu: “Vem!” Pedro desceu do barco e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30 Mas, sentindo o vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Jesus logo estendeu a mão, segurou-o e lhe disse: “Homem de pouca fé, por que duvidaste?” 32 Assim que subiram no barco, o vento cessou. 33  Os que estavam no barco ajoelharam-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”

 

 COMENTÁRIO: 

A primeira leitura está entre as minhas preferidas do Antigo Testamento: Elias está fugindo de Jezabel, que quer matá-lo. Entre outros motivos, está a matança que Elias promoveu dos 450 profetas de Baal e dos 400 de Aserá, que eram protegidos e alimentados por Jezabel. Esse quadro quer dizer que esses profetas nada têm a fazer em Israel, em que Javé é Deus. Também para mostrar aos Israelitas que Javé é o único Deus. 

 

Elias é alimentado, no caminho da fuga, por um pão misterioso que um anjo lhe apresenta (vers.3 a 8) e que lhe dá forças para continuar a caminhada, que demorou quarenta dias e quarenta noites. Esse pão é tido, pelos padres da Igreja, como atualmente a nossa Eucaristia, que nos dá forças para a nossa caminhada. 

 

Chegando ao Monte Horeb, lembrando o encontro de Moisés com Deus. 

 

Elias esperou que Deus viesse até ele. Passou um vendaval, mas Deus não estava no vendaval. Houve um terremoto, mas Deus não estava no terremoto. Veio um fogo, mas Deus não estava no fogo. Depois do fogo, veio o murmúrio de uma leve brisa. Deus veio com a brisa suave. 

 

Isso até me arrepia! Em primeiro lugar, mostra, aos pagãos, que Deus não é as coisas criadas, mas totalmente “outro”, independente de tudo, pois tudo foi criado por Ele. Em segundo lugar, mostra que o relacionamento com Deus não é algo tempestuoso, mas uma intimidade de bondade e misericórdia. 

 

Muitas vezes esperamos encontrar Deus nos grandes acontecimentos, mas, na verdade, ele se manifesta no dia a dia, nas coisas corriqueiras que fazemos durante o dia. 

 

Sobretudo, Deus se manifesta na oração, e esta deve ser silenciosa, suave, tranquila, sem desespero, sem alarde, provinda de quem sabe que está se comunicando com um Deus todo poderoso e todo misericordioso. Gosto muito de unir esses dois atributos de Deus, porque ele só pode ser todo misericordioso porque é todo poderoso! 

 

No evangelho, logo entendemos o mar bravio como o mundo, e a barca, a Igreja que navega neste mundo. Jesus domina tudo, ele é o Senhor, e não deixará que pereçamos. Talvez nos deixe afundar um pouco, como foi o caso de Pedro, mas apenas para fortalecer a nossa fé. 

 

A nossa vitória vai depender da fé em Jesus Salvador. Não há outro caminho, não há outra coisa no mundo que possa fazer as vezes de Cristo em nossa vida. Muitos procuram a salvação, a felicidade, nas coisas criadas. Nunca vão encontrar. Só deixarão de afundar se descobrirem a mão de Jesus Cristo pronta para tirá-los da água.

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20º DOMINGO DO TEMPO COMUM -ANO A

16/08/2020

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Isaías 56,1.6-7 

Salmo Responsorial 66(67) R- Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! 

2ª Leitura: Romanos 11,13-15.29-32 

Evangelho de Mateus 15,21-28 

Partindo dali, Jesus foi para a região de Tiro e Sidônia. 

22 Uma mulher Cananéia, vinda daquela região, pôs-se a gritar: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim: minha filha é cruelmente atormentada por um demônio!” 23 Ele não lhe respondeu palavra alguma. Seus discípulos aproximaram-se e lhe pediram: “Manda embora essa mulher, pois ela vem gritando atrás de nós”. 24 Ele tomou a palavra: “Eu fui enviado somente às ovelhas perdidas da casa de Israel”. 25 Mas a mulher veio prostrar-se diante de Jesus e começou a implorar: “Senhor, socorre- me!” 26 Ele lhe disse: “Não fica bem tirar o pão dos filhos para jogá-lo aos cachorrinhos”. 27 Ela insistiu: “É verdade, Senhor; mas os cachorrinhos também comem as migalhas que caem da mesa de seus donos!” 28 Diante disso, Jesus respondeu: “Mulher, grande é tua fé! Como queres, te seja feito!” E a partir daquela hora, sua filha ficou curada. 

 

COMENTÁRIO: 

 

O assunto de hoje é a palavra de Deus ofertada aos pagãos. A maioria dos cristãos veio do povo pagão. Na primeira leitura, Deus diz a Isaías que “minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (v.7). O assim chamado “povo de Deus” não vai ficar sozinho da adoração a Deus. Todos os pagãos são chamados a prestar-lhe culto e a receber seus dons e a felicidade eterna. 

 

Na segunda leitura lemos aquela frase maravilhosa que tanto nos anima: “Os dons e a vocação de Deus são irrevogáveis” (V. 29). Ou seja, Deus nunca vai voltar atrás depois que nos chama para uma vocação, para uma vivência em seu reino. “Agora alcançastes misericórdia”. Todos temos essa grande oportunidade da salvação e da felicidade eterna, sejamos nós bons ou maus. Aos maus, é claro, é necessária a conversão e a renovação dos costumes, a fim de que sejamos sempre agradáveis a Deus. Tenha certeza: Deus nunca desiste de nós. Nunca! 

 

O Evangelho mostra que a cananeia, mesmo rejeitada socialmente, confiou na misericórdia de Jesus e foi atendida em seu pedido feito com muita humildade. Humildade essa que deve primar em nossas orações diárias. Não merecemos nada de Deus. Tudo o que recebemos dele é gratuito, é de graça, e talvez por isso receba o nome de “graça”. A cananeia sabia bem disso. 

 

Confiemos sempre em Deus, por pior que esteja nossa situação, como neste tempo de pandemia. Ele nunca nos faltará, se formos pessoas de oração constante e perseverante e se estivermos lutando contra nossos vícios, pecados e más tendências.

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21º DOMINGO COMUM-ANO A

23/08/2020  

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Isaías 22,19-23

Salmo Responsorial 137(138)R – Ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Completai em mim a obra começada!

 2ª Leitura: Romanos 11, 36-37

Evangelho de Mateus 16,13-20

13    Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” 14  Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. 15 “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” 16  Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. 17        Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. 19    Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. 20 Em seguida, recomendou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Cristo.

COMENTÁRIO: 

 

A primeira leitura está dentro do contexto histórico da substituição de Sobna, prefeito do palácio do rei Ezequias, século 8 ao século 7ª.C., por Eliaquim. O profeta Isaías vê aí o castigo de Deus por causa de sua mania de grandeza. O versículo 22: “Eu o farei levar aos ombros a chave da casa de Davi; ele abrirá, e ninguém poderá fechar; ele fechará, e ninguém poderá abrir” tem sua releitura no trecho do evangelho de hoje e é citado em Apocalipse 3,7, o que dá a esse versículo um sentido messiânico. Confiar as chaves a um funcionário é torná-lo detentor de plenos poderes (Missal Dominical). 

 

Eu sempre noto no dia a dia esse fato: quem tem as chaves tem o poder. Certo dia precisei ir a um determinado lugar e estava fechado, mesmo sendo, já, a hora de estar aberto. Depois de meia hora veio a dona das chaves, toda solene, abrir as portas. Pensei comigo mesmo: “ela tem as chaves, ela abre na hora que quiser. Quem precisar que espere”. Claro que foi num sentido humorístico que pensei nisso, pois a dona devia ter tido uma boa desculpa para abrir aquela repartição com meia hora de atraso. Essa primeira leitura nos prepara para o evangelho, em que Jesus dá, simbolicamente, as chaves da Igreja para Pedro. 

 

Na segunda leitura temos este versículo: “De fato, quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?”. Deus, apesar de nossos pecados, continua sempre e sempre a nos dar oportunidade para trilharmos novos e impensados caminhos a fim de que possamos nos salvar e estarmos juntos dele após nossa morte. Isso é dito no versículo 32, que não está no trecho de hoje mas foi lido no domingo passado: “Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos”. 

 

No evangelho se subentende que Israel não é mais a planta de Deus (cap. 15,13) e o discípulo deve abandoná-la (15,14). Aliás, o próprio Jesus a abandona (16,4b). Entretanto, não se concebe um Messias sem um povo. Aí entra o trecho de hoje, em que Jesus anuncia esse seu novo povo fundado sobre a Rocha que, depois de sua morte e ressurreição, será Pedro, a quem dá as chaves, já comentadas na primeira leitura (Missal dominical). 

 

Podemos refletir hoje sobre como está nossa confiança na Igreja. Há muitas pessoas e organizações desmerecendo e até negando a legitimidade da eleição do nosso querido Papa Francisco. Eu acho isso um absurdo. Ele foi eleito legitimamente e hoje é ele quem está com o “poder das chaves”. Se aquela mulher que comentei na primeira leitura chegara toda poderosa com as chaves do departamento nas mãos, e eu tive que esperá-la, muito mais devemos respeitar o cargo que o Papa Francisco ocupa na Igreja, rezar por ele e acatar suas palavras. Ele é o nosso Papa, e Jesus dirige a Igreja por meio dele.

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22º DOMINGO COMUM 

28/08/2022 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Eclesiástico 3,19-21.30-31 

Salmo Responsorial 67(68) R- Com carinho preparastes uma mesa para o pobre

 2ª Leitura: Hebreus 12,18-19.22-24a 

Evangelho de Lucas 14,1.7-14

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. 7  Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: 8“Quando fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante, 9        e o dono da casa, que convidou os dois, venha a te dizer: ‘Cede o lugar a ele’. Então irás cheio de vergonha ocupar o último lugar. 10 Ao contrário, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Quando chegar então aquele que te convidou, ele te dirá: ‘Amigo, vem para um lugar melhor!’ Será uma honra para ti, à vista de todos os convidados. 11   Pois todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”.12 e disse também ao chefe dos fariseus que o tinha convidado: “Quando tu deres um almoço ou um jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem teus vizinhos ricos. Pois estes poderiam também convidar-te e isso já seria a tua recompensa. 13Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. 14Então tu serás feliz! Porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos”. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIOS:

 

A primeira leitura nos mostra, no início, que devemos trabalhar sem reclamar, na mansidão e na humildade. Ofereçamos nossos trabalhos para que Deus use da maneira que ele quiser, sobretudo como reparação de nossos pecados. Em seguida diz que a humildade deve ser proporcional à nossa grandeza. Quanto maior fomos na sociedade, mais humildes devemos ser. Jesus Cristo ensinou isso com a própria vida. Diz também que o Senhor é grande, mas ele é glorificado pelos humildes. Deus não se revela aos orgulhosos e ilustres, mas aos humildes. Termina dizendo que o homem inteligente reflete sobre as palavras dos sábios e presta atenção nelas, porque deseja a sabedoria. Já o homem orgulhoso não ouve a ninguém, pois acha que não precisa de mais nada.

 

A segunda leitura, da carta aos hebreus, nos fala que nós podemos nos aproximar diretamente de Deus, participar da alegria dos anjos e santos e obter a salvação e a vida eterna. Tudo isso nos é concedido pelo único mediador, Jesus Cristo, que é a presença de Deus entre nós.

 

O evangelho nos fala sobre o assunto preparado pela primeira leitura: quem se eleva será humilhado, e quem se humilha, será exaltado.

O cerne do texto de hoje está no fato de que quem é orgulhoso e acha que tem direito aos primeiros lugares na sociedade, e coisas desse tipo, não tem a honestidade e a sinceridade de se colocar como alguém que precisa de Deus, que precisa sempre de auxílio para ser bom e caminhar no caminho verdadeiro. Quando somos humildes Deus pode agir em nossa vida. Ser humilde é a mesma coisa que se colocar nas mãos de Deus para que ele nos molde à sua maneira. Ele nos criou e sabe muito bem, infinitas vezes melhor do que nós, o que pode realmente nos fazer feliz e nos salvar. Nós temos muitas ideias aparentemente boas, mas que na verdade vão nos perder, vão nos levar a nenhum objetivo.

Ou seja: quando somos orgulhos e autossuficientes, agimos segundo nossas mirradas forças e Deus não interfere: deixa que quebremos a cabeça. Quando somos humildes, pedimos sua proteção e sua orientação, ou diretamente na oração ou por meio das palavras de pessoas sábias e experientes, que nos indicam o caminho. O orgulhoso não ouve a ninguém, pois acha que é dono da verdade. É isso aí.

 

REFLEXÃO VICENTINA DO LIVRO MISSÕES: SABER CUIDAR

Páginas 160 a 163 – 28 de agosto de 2022 – 22º domingo comum

As leituras desse domingo tratam de uma das virtudes vicentinas: a humildade. Para S. Vicente, a humildade significa o reconhecimento de que tudo o que temos de bom vem de Deus. Não significa colocar-se numa posição de timidez ou de apatia. Humildade quer dizer que devemos utilizar todo o nosso conhecimento, nossas competências, nossa condição social ou profissional para fazer o bem, mas sempre considerar que que tudo isso é dom de Deus. 

Quando somos bem-sucedidos, é sinal da ajuda de Deus. E muitas vezes nos esquecemos de agradecê-lo pelas graças recebidas. É como que se eu pensasse que tal coisa não era assim tão difícil de se conseguir. Se passarmos a dedicar a Deus todo nosso sucesso, nos sentiremos muito melhor, porque percebemos o quanto somos amados e mimados por ele. O sentimento de ser amado nos leva a perder o medo de enfrentar novas dificuldades, de lutar por novas conquistas. 

Isso implica em termos nossos bens como se não os tivéssemos, e colocá-los ao serviço de Deus e dos irmãos, como fazem os vicentinos. Se recebermos algum prêmio ou elogios, saibamos também que foi por termos feito algo que Deus nos inspirou e nos ajudou a fazer. E ele sempre estará conosco, nunca estaremos sós.

Reflitamos também sobre as demais reflexões proporcionadas pelas leituras de hoje.

 PARA REFLETIR:

1. Qual a mensagem dos textos bíblicos para a nossa vida e nossa missão Vicentina?

2- Buscamos elogios e louvações por causa do serviço que prestamos aos pobres?

3- À mesa de nossas casas há lugar par aos pobres e sofredores?

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23º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ANO A

06/09/2020 

Acesse as leituras de hoje neste link:

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1ª Leitura: Ezequiel 33,7-9

Salmo Responsorial 94(95)-R- Não fecheis o coração, ouvi, hoje, a voz de Deus!

2ª Leitura: Romanos 13, 8-10

Evangelho Mateus 18,15-20

15      Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão.  16         Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas.  17         Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano.   18 Em verdade vos digo, tudo o que ligardes na terra será ligado no céu  , e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu.       19      Eu vos digo mais isto: se dois de vós estiverem de acordo, na terra, sobre qualquer coisa que quiserem pedir, meu Pai que está nos céus o concederá. 20       Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles.”

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Ezequiel é admoestado por Deus a pregar a Palavra a todos. Se ele não a pregar, ou seja, se não advertir o pecador de seu pecado, vai ter que prestar contas a Deus pela desgraça do pecador não convertido por não ter ouvido a Palavra. Mas se ele admoestar o pecador e mesmo assim o pecador não se converter, o pecador será punido, mas o profeta, não. 

Todos nós somos profetas pelo Batismo. Somos ao mesmo tempo profetas e ouvintes da Palavra. Temos reponsabilidade dupla. Cada pessoa é responsável pelo que faz. Não pode culpar os outros pela sua não conversão. 

A segunda leitura mostra a relação entre a lei civil justa e a lei positiva de Deus, dada por Moisés. E as leis, sejam quais sejam, devem se resumir no amor ao próximo como a si mesmo. De fato, a pessoa que não ama a si mesmo dificilmente vai conseguir amar o próximo. 

No evangelho Jesus fala sobre a correção fraterna. Coisa muito difícil, principalmente nos dias de hoje. Qualquer palavra mal colocada ofende as pessoas e não as levam à conversão. 

Na verdade, é preciso muita humildade para se aceitar uma correção, mesmo a fraterna. Sempre achamos ter razão, sempre pensamos estar fazendo a coisa certa. 

No evangelho de hoje uma coisa fica bem visível: não podemos condenar as pessoas sem dar-lhes oportunidade para a conversão. Diz o Missal Cotidiano: “A condenação do irmão (v. 17) só é possível quando ele persevera no mal e recusa qualquer correção e perdão (vv.15-16). Nesse caso, Deus ratifica o que a sua Igreja opera (v.18)”.

Será que fazemos isso em nossa vida diária? Procuramos ouvir as correções que amigos ou superiores nos fazem? Eu vou além: quando ouvimos falar algo sobre nós, temos que ouvir e ponderar se aquilo tem algum fundamento ou não. Muitas vezes as pessoas têm uma ideia de nós que não corresponde, pois elas não sabem de tudo a nosso respeito.  Entretanto, se há uma ideia de nós que não tínhamos percebido, pode ser que nossas atitudes, ou alguma atitude nossa tenha sido mal interpretada e, portanto, temos que repensá-la e ver no que poderíamos mudar.

Deus estará sempre nos abençoando e nos orientando quando aceitamos nos aprofundar nas atitudes que temos que mudar para melhor o agradarmos.

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24º DOMINGO DO TEMPO COMUM-A

13/09/2020 

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1ª Leitura: Eclesiástico 27,33-28,9

Salmo Responsorial 102(103)R- O Senhor é bondoso, compassivo e carinhoso

2ª Leitura: Romanos 14,7-9 

Evangelho Mateus 18,21-35

 

Pedro dirigiu-se a Jesus perguntando: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”  22          Jesus respondeu: “Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes. 23     O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. 24 Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. 25          Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. 26          O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. 27    Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. 28   Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufoca-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29  O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. 30 Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo. 31        Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. 32      Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? 34          O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. 35         É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.

COMENTÁRIO:

O assunto de hoje é o perdão dos pecados. Deus sempre perdoa, e pede que nós também nos perdoemos uns aos outros. 

Na primeira leitura, o eclesiástico comenta que se perdoarmos aos demais, nossas orações serão ouvidas por Deus e nossos pecados serão perdoados. Diz que devemos deixar de lado o rancor, o ódio, não devemos levar em conta a falta alheia: “Se você não tem compaixão do seu semelhante, como poderá pedir perdão dos seus pecados?”.

Na segunda leitura S. Paulo nos fala que devemos viver não para si mesmos, mas para o Senhor. Sempre pertenceremos ao Senhor, quer estejamos vivos ou mortos. Ora, se vivermos para o Senhor, devemos respeitar as tradições uns dos outros (isso ele fala em alguns versículos anteriores). Na verdade, São Paulo, aqui, está favorecendo as diversidades dentro da prática da fé. A uniformidade pode sufocar a fé, diz o missal dominical. Devemos nos acostumar a sermos unidos na diversidade. Viver para o Senhor é o que interessa, mesmo se tivermos tradições e maneiras diferentes de praticar essa pertença ao Senhor. 

No evangelho o assunto é o mesmo da primeira leitura. Jesus faz uma comparação absurda para que todos entendessem a necessidade de perdoar. Conta a história de um servo que devia uma fortuna ao seu senhor. A quantia mostrada na leitura equivale aproximadamente a quase cento e setenta e quatro toneladas de ouro, uma fábula mesmo para o nosso tempo, ainda mais para aquele tempo (quantia mostrada no comentário da Bíblia de Jerusalém). 

O senhor perdoou ao seu servo essa quantia exorbitante, mas este, ao sair dali, não perdoou um de seus companheiros de servidão, que lhe devia, segundo os cálculos feitos pela Bíblia de Jerusalém, apenas trinta gramas de ouro. Nossos pecados contra Deus são muito maiores do que qualquer outra ofensa que recebemos de outros. 

Muitas pessoas não perdoam, mesmo se todos os dias dizem isto na oração do Pai Nosso: “perdoai-nos as nossas culpas, como nós perdoamos aos que nos ofenderam”. 

Eu poderia dizer mais coisas para argumentar, mas acredito que o que Jesus disse é o suficiente. Se quisermos ser perdoados, precisamos aprender a perdoar. Mas veja bem: perdoar não é “deixar pra lá”. Se a pessoa precisar de alguma reprimenda, deve passar por ela, mesmo que de modo caridoso e compreensivo. Um assassino, por exemplo, pode ser perdoado, mas deverá cumprir a pena prevista para o crime cometido. 

Quando falo sobre isso sempre me lembro de um caso que me contaram há muito tempo: um jovem matou a filha de uma senhora evangélica. Ela depôs contra ele, ele foi preso, mas como ambos não tinham mais ninguém na vida, ela mesma ia visitá-lo na prisão. Era sua única visita. Ele se converteu e, após deixar a prisão, ajudou a senhora até o final da vida dela. 

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25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

20/09/2020

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1ª Leitura: Isaías 55,6-9

Salmo Responsorial 144(145)R- O Senhor está perto da pessoa que o invoca!

2ª Leitura: Filipenses 1, 20c-24.27a

Evangelho Mateus 20, 1-16ª

Pois o Reino dos Céus é como o proprietário que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores a diária e os mandou para a vinha. 3   Em plena manhã, saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4  e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! Eu pagarei o que for justo’. 5     E eles foram. Ao meio- dia e em plena tarde, ele saiu novamente e fez a mesma coisa. 6  Saindo outra vez pelo fim da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados? 7        Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. E ele lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8          Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e faze o pagamento, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9 Vieram os que tinham sido contratados no final da tarde, cada qual recebendo a diária. 10Em seguida vieram os que foram contratados primeiro, pensando que iam receber mais. Porém, cada um deles também recebeu apenas a diária. 11          Ao receberem o pagamento, começaram a murmurar contra o proprietário: 12 ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o peso do dia e o calor ardente’. 13      Então, ele respondeu a um deles: ‘Companheiro, não estou sendo injusto contigo. Não combinamos a diária? 14          Toma o que é teu e vai! Eu quero dar a este último o mesmo que dei a ti. 15          Acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja porque estou sendo bom?’ 16   Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Isaías fala sobre a magnitude do pensamento de Deus, que é tão diferente do nosso. Nós pensamos tudo com uma fita métrica, medindo centímetro a centímetro tudo o que fazemos ou o que os outros nos fazem. Deus não é assim: ele é generoso no perdão, pois os caminhos de Deus estão tão acima dos nossos caminhos, e seus pensamentos tão acima dos nossos pensamentos, quanto o céu está acima da terra. 

Na segunda leitura Paulo se diz em união total com Cristo e, portanto, tanto faz para ele permanecer aqui na terra por mais algum tempo ou morrer. Se for necessário para ele estar aqui por mais um tempo, a fim de solidificar a fé dos irmãos, tudo bem. Se Deus quiser levá-lo, tudo bem também. Ele termina dizendo: “Só uma coisa importa: vivei à altura do evangelho de Cristo”. Isso se aplica também a nós. Se vivermos em ação de graças, sem pecado, e seguindo os preceitos de caridade que Jesus nos ensinou, não nos será difícil enfrentar a morte, nem sentiremos dificuldades em continuar a vida nesta terra. Sabemos que Jesus estará conosco em qualquer das duas situações. 

 No evangelho Jesus ensina a misericórdia de Deus sobre todos nós, independentemente da época de nossa vida que passamos a buscá-lo. Se pedirmos perdão, mesmo que seja pouco antes da morte, ele nos perdoará. Quem se converter no final da vida vai gozar do paraíso tanto quanto aqueles que são cristãos desde que nasceram. A intensidade de felicidade que vamos ter no céu talvez dependa da intensidade de amor e de comunhão que tenhamos aqui na terra. Isso é ideia minha: se eu estiver no céu ao lado de Santa Teresinha, por exemplo, estaremos juntos, mas o céu que ela está vivendo é muito superior ao que estou vivendo, pois seu amor foi muito maior do que o meu o é. 

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26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

27/09/2020 

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1ª Leitura: Ezequiel 18, 25-28 

Salmo Responsorial 24(25)-R- Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão! 

2ª Leitura Filipenses 2,1-11 

Evangelho Mateus 21,28-32

 

“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29   O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de atitude e foi. 30 O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu:‘ Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31         Qual dos dois fez a vontade do pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos responderam: “O primeiro.” Então Jesus lhes disse: “Em verdade vos digo que os publicanos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32       Pois João veio até vós, caminhando na justiça, e não acreditastes nele. Mas os publicanos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes, para crer nele. 

COMENTÁRIO:

O assunto deste domingo é a rejeição do povo de Deus, que foram substituídos pelos povos pagãos. Na primeira leitura Ezequiel diz que não é Deus que tem uma conduta incorreta, mas os que pertenciam ao seu povo. A salvação de um indivíduo não depende de seus antepassados, nem de seus parentes mais próximos, como pai e filhos, nem tampouco de seu passado. O que importa é sempre a disposição atual do coração (missal dominical). Termina com uma consolação para todos nós: “Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá”. Lembro aqui que isso atualmente significa “viverá eternamente na felicidade do paraíso”. 

Na segunda leitura S. Paulo diz aos Filipenses que devemos ter o mesmo sentimento que existe em Jesus Cristo: ternura, compaixão, comunhão no Espírito, alento no amor mútuo, viver em harmonia, procurar a unidade, nada fazer por competição ou vanglória. A virtude que ele diz ser muito importante para haver tudo isso, principalmente a caridade, é a humildade. Cada um deve julgar o outro como mais importante. Não cuidar somente do que é seu, mas também do que é do outro. Em seguida diz que Jesus se esvaziou de si mesmo, mesmo sendo Deus, e se fez escravo e se fez igual aos homens, menos no pecado. Foi obediente até à morte, e morte de cruz. 

No evangelho Jesus diz que os cobradores de impostos e as prostitutas iriam preceder os sacerdotes e anciãos judeus no Reino de Deus. É preciso, aqui, entender que o motivo para que isso aconteça é o arrependimento e a mudança de vida. As prostitutas e os cobradores de impostos, reconhecendo seus pecados, estavam mais propensos a se arrependerem e a mudarem de vida do que os  sacerdotes e anciãos do povo que, mesmo vendo tudo o que Jesus fazia, não se arrependeram de seus pecados e de sua arrogância. 

Poderíamos meditar em tudo isso e nos colocarmos diante de Jesus como pessoas arrependidas que, muito humildemente, pedem a reintegração no caminho da santidade e do céu. Com a humildade não teremos dificuldades para a caridade. 

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO A

04/10/2020 

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1ª Leitura: Isaías 5,1-7 

Salmo Responsorial 79(80)-R- A vinha do Senhor é a casa de Israel 

2ª Leitura: Filipenses 4,6-9 

Evangelho Mateus 21,33-43

“Escutai esta outra parábola: Certo proprietário plantou uma vinha, pôs uma cerca em volta, cavou nela um lagar para pisar as uvas e construiu uma torre de guarda. Ele a alugou a uns agricultores e viajou para o estrangeiro. 34    Quando chegou o tempo da colheita, ele mandou os seus servos aos agricultores para receber seus frutos. 35        Os agricultores, porém, agarraram os servos, espancaram a um, mataram a outro, e a outro apedrejaram. 36 Ele ainda mandou outros ser-vos, em maior número que os primeiros. Mas eles os trataram do mesmo modo. 37 Por fim, enviou-lhes o próprio filho, pensando: ‘A meu filho respeitarão’. 38        Os agricultores, porém, ao verem o filho, disseram entre si: ‘Este é o herdeiro. Vamos matá-lo e tomemos posse de sua herança!’ 39     Então agarraram-no, lançaram-no fora da vinha e o mataram. 40    Pois bem, quando o dono da vinha voltar, que fará com esses agricultores?” 41Eles responderam: “Dará triste fim a esses criminosos e arrendará a vinha a outros agricultores, que lhe entregarão os frutos no tempo certo”. 42Então, Jesus lhes disse: “Nunca lestes nas Escrituras: ‘A pedra que os construtores rejeitaram, esta é que se tornou a pedra angular. Isto foi feito pelo Senhor, e é admirável aos nossos olhos’? 43    Por isso vos digo: o Reino de Deus vos será tirado e entregue a um povo que produza frutos

COMENTÁRIO:

O tema da vinha, tanto na primeira leitura como no evangelho. A vinha é a casa de Israel, na primeira leitura. Diz o missal dominical que na primeira estrofe vemos o cuidado que Deus teve por Israel. Na segunda estrofe, Deus censura a falta de correspondência à sua dedicação. Na terceira estrofe, Deus tira as consequências da ingratidão: Deus vai abandonar sua vinha. No versículo 7, o profeta Isaías dá o sentido desse cântico: “A vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel, e o povo de Judá, sua dileta plantação; eu esperava deles frutos de justiça, mas só vejo injustiça. Esperava obras de bondade, mas só vejo iniquidade”. Estamos na mesma situação: se não ouvirmos a Palavra de Deus e a praticarmos, Deus também nos abandonará às nossas próprias forças ( e eu pergunto: que forças?).

No evangelho, o assunto é o mesmo, mas Jesus acrescenta os profetas e ele próprio como cuidadores da vinha. O povo de Israel matou tanto os profetas como o Filho do dono da vinha, que é Jesus, e não acolheu o seu Reino. Desse modo, a vinha, ou seja, o Reino de Deus, foi tirada de Israel e dada ao povo que se denominará Igreja, que a fará frutificar. Pergunto: nós, que pertencemos a esse novo povo de Deus, a Igreja, estamos dando os frutos esperados por Deus? Se  ainda não estivermos dando os frutos, podemos recomeçar nossa vida e começar a orar mais, a deixar os pecados, a amar mais o próximo e, assim, estarmos dando os frutos pedidos por Jesus. 

Na segunda leitura São Paulo fala, aos filipenses, que se nos ocuparmos “com tudo o que é verdadeiro, respeitável, justo, puro, amável, honroso, tudo o que é virtude ou de qualquer modo mereça louvor” não precisaremos nos inquietar com coisa alguma, pois em atendimento a nossas orações de súplicas, juntando a elas a ação de graças, Deus guardará nossos corações e pensamentos em Cristo Jesus. Ou Seja, seremos atendidos e confortados na caminhada. 

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28º DOMINGO DO TEMPO COMUM- ano A

11/10/2020 

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1ª Leitura: Isaías 25, 6-10a

Salmo Responsorial 22(23)R- Na casa do Senhor habitarei eternamente

2ª Leitura: Filipenses 4,12-14.19-20

Evangelho: Mateus 22,1-14

Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, 2 dizendo: “O Reino dos Céus é como um rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3 Mandou seus servos chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram vir. 4 Mandou então outros servos, com esta ordem: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5 Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para seu campo, outro para seus negócios, 6 outros agarraram os servos, bateram neles e os mataram. 7 O rei ficou irritado e mandou suas tropas matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles. 8 Em seguida, disse aos servos: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9 Portanto, ide às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10 Os servos saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11 Quando o rei entrou para ver os convidados, observou um homem que não estava em traje de festa 12 e perguntou-lhe: ‘Meu caro, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem ficou sem responder. 13 Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e lançai-o fora, nas trevas! Ali haverá choro e ranger de dentes’. 14 Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Isaías anima o povo de Deus mostrando o que ocorrerá no futuro: “O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra”. E afirma que todos seremos reunidos num só povo, teremos todos o mesmo e único Deus, e ele será servido e amado por todas as pessoas que existiram e que ainda vão existir. 

Na segunda leitura São Paulo fala aos filipenses aquela famosa frase que todos gostam de repetir: “Tudo posso naquele que me dá forças” (cap. 4, v.13 ). S. Paulo recorda a todos que sabe viver tanto na miséria quanto na abundância, mas aceita a partilha em dinheiro que recebeu deles, lembrando-lhes que esse donativo se reverterá em benefício para eles mesmos: “o meu Deus proverá esplendidamente com sua riqueza a todas as vossas necessidades, em Cristo Jesus”. 

Na verdade, quem partilha nunca sofre dificuldade de sustento. Deus sempre o proverá. E o próprio S. Paulo atribui a Deus o fato dele ter vencido todas as dificuldades financeiras, tão necessárias para a sua alimentação: “Tudo posso naquele que me dá forças”. Que aprendamos com ele a confiarmos em Deus, em nossas necessidades, mas sempre nos lembrando que é a partilha, de nossa parte, que vai nos prover a ajuda divina. 

No evangelho volta o tema da primeira leitura: Deus nos convida a ouvirmos Jesus, a fim de que possamos participar do banquete que ele está nos preparando no céu, onde, segundo diz Isaías, não haverá mais lágrimas, nem sofrimento algum. Amar a Deus, amar o próximo, partilhar. Eis o segredo da nossa felicidade futura. 

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29º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ano A

18/10/2020

Dia das Missões

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1ª Leitura: Isaías 45,1.4-6

Salmo Responsorial 95(96)R- Ó família das nações, dai ao Senhor poder e glória! 

2ª Leitura: 1 Tessalonicenses 1,1-5b

Evangelho Mateus 22,15-21

Os fariseus saíram e fizeram um plano para apanhar Jesus em alguma palavra. 16    Mandaram os seus discípulos, junto com alguns partidários de Herodes, para perguntar: “Mestre, sabemos que és verdadeiro e que ensinas o caminho de Deus segundo a verdade. Não te deixas influenciar por ninguém, pois não olhas a aparência das pessoas. 17      Dize-nos o que pensas: é permitido, ou não, pagar imposto a César?” 18Jesus percebeu-lhes a maldade e disse: ‘Hipócritas! Por que me armais uma cilada? 19Mostrai-me a moeda do imposto!” Apresentaram-lhe a moeda. 20      “De quem é esta figura e a inscrição?”, perguntou ele. 21“De César”, responderam. Ele então lhes disse: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”.

COMENTÁRIO:

Em Isaías vemos como só Deus tem o monopólio da salvação. Ele pode chamar a quem bem quiser para seu serviço. E no texto, ele chamou Ciro, pagão que não conhecia Deus e não pertencia ao povo de Deus, para libertar o povo. O mundo em que vivemos é o caminho para o mundo em que iremos viver. Temos que cuidar uns dos outros enquanto vivermos e cuidar também do mundo, para que os que virão depois de nós tenham onde viver bem. 

Na segunda leitura São Paulo fala aos tessalonicenses que eles são parte da Igreja, que se torna visível na fé ativa, na caridade que não se esquiva do esforço, na esperança perseverante, voltada para o encontro com Cristo Jesus. Em outras palavras: a Igreja acontece quando nós cumprimos nossa parte de amor a Deus e ao próximo, numa ação contínua em benefício do crescimento do Reino de Deus, concretizado na esperança.. É o que estavam fazendo os tessalonicenses. 

No evangelho temos aquela famosa frase de Jesus: “Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus”. O cristão não pode viver marginalizado neste mundo ou alheio ao que se passa, mas agir como fermento, transformá-lo por dentro. A construção do mundo deve ser feita por meio das orientações que Jesus nos deixou, ou seja, no amor, partilhar, misericórdia, oração, sobriedade e, principalmente, em nossa dependência da Graça de Deus. Viver alienado de Deus ou do mundo não é uma atitude digna do cristão. 

E para terminar, lembro que até o César era de Deus, ou seja, devia prestar culto a Deus, e não como ele fazia, que era exigir que lhe prestassem culto como se ele fosse um deus. 

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30º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ano A

25/10/2020

(Último domingo do mês missionário). 

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1ª Leitura: Êxodo 22,20-26 

Salmo Responsorial 17(18)R- Eu vos amo, ó Senhor, sois minha força e salvação. 

2ª Leitura: 1 Tessalonicenses 1,5c-10 

Evangelho Mateus 22,34-40

 

Os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, 35    e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: 36    “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?” 37Ele respondeu: “‘Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento!’ 38  Esse é o maior e o primeiro mandamento. 39        Ora, o segundo lhe é semelhante: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’. 40    Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura é demonstrado todo o amor que devemos ter para com o próximo: não oprimir nem maltratar o estrangeiro, não fazer mal algum à viúva nem ao órfão, não cobrar juros ao pobre a quem emprestamos alguma quantia de dinheiro, se estivermos com alguma coisa dele em garantia (costume muito usado naquele tempo), como o seu cobertor, que o devolvamos antes da noite, para que ele não sinta frio. Tudo isso Deus fala para fazermos porque ele é misericordioso e nós o devemos ser também. 

O evangelho fala sobre o mesmo assunto: Amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Ninguém amará a Deus se não ama o próximo, e vice-versa: sem amar a Deus dificilmente alguém amará o próximo. Nós demonstramos nosso amor por Deus no amor ao próximo. Sempre lembrando que amar não é gostar. Jesus nos pede para amarmos até aqueles de quem não gostamos, como, por exemplo, nosso inimigo. Ele não pede para gostar. Ele pede para amar. 

Na segunda leitura, S. Paulo os tessalonicenses que abandonaram os falsos deuses para servirem ao Deus vivo e verdadeiro. Nós somos também chamados a amarmos o Deus vivo e verdadeiro e abandonarmos aos nossos falsos “deuses” do mundo atual: as novelas, o dinheiro, a fama, a quase idolatria que se faz aos ídolos do futebol, cinema e televisão, a comilança etc. 

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31º DOMINGO DO TEMPO COMUM

TODOS OS SANTOS 

01/11/2020

 

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 1ª Leitura: Apocalipse 7,2-4.9-14 

Salmo Responsorial 23(24)-R- É assim a geração dos que procuram o Senhor!  

2ª Leitura: 1 João 3,1-3 

Evangelho de Mateus 5,1-12a

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 1vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. 7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus. 11Bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo tipo de mal contra vós por causa de mim. 12Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus”. – Palavra da salvação.

Comentário:

“Sede santos porque eu sou Santo!”» (Lev 11, 44). 1 Pedro 1,16 repete essa citação do levítico, e Jesus também, em Mateus 5, 48, reafirma: “Portanto, deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. É interessante que Jesus não tenha dito: ...”como eu sou perfeito”. Sua condição humana escondia, por assim dizer, sua divindade, e ele queria que todos cressem que ele era Deus  como ele era, como ele aparentava.  No final de sua vida ele disse também que os discípulos acreditaram porque viram, mas viriam muitos que não iriam ver e acreditariam, ou seja, nós. 

Todos somos, portanto, chamados à santidade. Mas tem um porém: cada um é chamado de um modo particular, exclusivo. Não podemos ficar nos comparando com nenhum outro santo. Temos que ser santos dentro de nossos limites, dentro do tipo de vida que vivemos. É loucura querer fazer, por exemplo, o que São João Batista fazia, ou a  Santa Teresa de Calcutá, ou as penitências extremas de Santa Rosa de Lima. Temos que pedir ao Espírito Santo, por meio da oração, que nos indique o caminho a seguir, que nos mostre qual é a nossa vocação específica para a santidade. 

Vou dar um exemplo que a dona Floripes, uma senhora solteira da minha infância, sempre dizia. Eu nunca chequei se isso foi verdade ou não: ela nos falava que os pais de Santa Teresinha foram rejeitados para a vida religiosa. Ambos tiveram que voltar para casa. Por acaso (acredito que foi por Deus) eles foram ao mesmo horário à igreja para rezar, pedindo a Deus que orientasse suas vidas, e lá a mãe de Santa Teresinha deixou cair um lenço com que ela enxugava as lágrimas causadas pela rejeição, e ele o pegou e lhe deu. Aí começou a amizade, que virou namoro, que virou casamento, e dali saíram as filhas, todas se tornando depois religiosas, entre elas Santa Teresinha. 

Se não for verdadeiro, pelo menos é uma história bonita, que poderia ter acontecido. Assim também nós devemos buscar nossos caminhos na Vontade de Deus, sem ficar querendo imitar este ou aquele santo. Dizia um santo homem que devemos olhar os santos para imitar Jesus.

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32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

8/11/2020

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1ª Leitura: Sabedoria 6,12-16

Salmo Responsorial 62(63)R- A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor.

2ª Leitura: 1Tessalonicenses 4,13-18

Evangelho de Mateus 25,1-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo, não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. – Palavra da salvação.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura o livro da sabedoria nos fala da própria sabedoria e dos que a procuram. Esse texto foi colocado aqui para nos preparar para o assunto do evangelho. “Ela (a sabedoria) é facilmente contemplada por aqueles que a amam, e é encontrada por aqueles que a procuram (...) Meditar sobre ela é a perfeição da prudência”. Uma das virtudes que mais têm a ver com a prudência e a vigilância é a humildade. A humildade nos permite ouvir e perceber coisas que os orgulhosos, cheios de si, vaidosos, não conseguem. Ser humilde e vigilante é ter sabedoria. 

No evangelho vemos que a castidade não é a única coisa necessária para a salvação. No evangelho, as cinco que não entraram no banquete eram virgens! Mesmo não pecando nessa linha, não estavam preparadas para a vinda do Senhor. Talvez a falta de humildade? Talvez sim, pois não perceberam que lhes faltava a vigilância para a espera do senhor. Se os fariseus e doutores do templo fossem humildes, saberiam reconhecer a divindade de Jesus ou, no mínimo, perceber que o que ele lhes ensinava traria a salvação. A vigilância depende muito da humildade, pois só quem reconhece os próprios limites se propõe a vigiar. 

Na segunda leitura S. Paulo esclarece os tessalonicenses sobre o tema da morte. “Se Jesus morreu e ressuscitou, e esta é a nossa fé, de modo semelhante Deus trará de volta, com Cristo, os que através dele entraram no sono da morte”. Havia também uma crença de que o Juízo Final seria breve, e muitos deles talvez ainda estivessem vivos nessa ocasião. S. Paulo diz que todos ressuscitarão. Não é necessário estar vivo no dia do fim do mundo para entrar no céu.  Ressuscitar para entrar no céu depende, isso sim, de nosso tipo de vida aqui na terra. Se vivermos no amor a Deus e ao próximo, seremos recebidos no céu. E quem pecou, que peça perdão e mude de vida

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33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

 15/11/2020 

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1ª Leitura: Provérbios 31,10-13.19-20.30-31 

Salmo Responsorial 127(128)R- Felizes os que temem o Senhor e trilham seus caminhos! 

2ª Leitura: 1 Tessalonicenses 5.1-6 

Evangelho de Mateus 25,14-30

 

“O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: 15     a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um – a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. 16        O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. 17    Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. 18 Mas aquele que havia recebido um só, foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. 19       Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos. 20   Aquele que havia recebido cinco talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. 21        O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 22    Chegou também o que havia recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. 23        O senhor lhe disse: ‘Parabéns, servo bom e fiel! Como te mostraste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da alegria do teu senhor!’ 24       Por fim, chegou aquele que havia recebido um só talento, e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ajuntas onde não semeaste. 25  Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. 26     O senhor lhe respondeu: ‘Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu colho onde não plantei e que ajunto onde não semeei. 27       Então devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que, ao voltar, eu recebesse com juros o que me pertence’. 28   Em seguida, o senhor ordenou: ‘Tirai dele o talento e daí àquele que tem dez! 29Pois a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado. 30        E quanto a este servo inútil, lançai-o fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes!’

COMENTÁRIO:

O livro dos provérbios nos prepara para o assunto do evangelho: a operosidade da mulher forte, que sabe empregar o seu tempo em coisas úteis, que farão o bem estar de seu esposo e filhos. Ela é trabalhadora, interessa-se pelos pobres, fala com sabedoria e bondade, entrega-se totalmente ao esposo e aos filhos, que só podem louvá-la, teme a Deus. 

Esse texto prepara, pois, o evangelho, em que Jesus fala a parábola dos talentos: devemos fazer frutificar, devemos trabalhar os dons recebidos por Deus. Todos nós temos nossos dons, que, aliás, chamamos também de “talentos”, até talvez por causa dessa parábola. Alguns tens o dom de ensinar, outros de fazer obras artísticas, outros de cozinhar, outros de aprenderem, outros de conseguirem trabalhar com coisas minúsculas e delicadas, outros com coisas maiores e mais brutas, como na construção etc. 

Jesus, de certo modo, quis também pregar aos fariseus, sacerdotes, escribas e demais judeus que não queriam arriscar o talento acreditando nele, Jesus, como o Messias e Salvador. Eles tinham medo de acreditar em Jesus, e por isso acabariam perdendo até o pouco que tinham, ou seja, o status de povo de Deus. 

Cabe a nós, portanto, fazer com que nossos dons estejam sempre a serviço da comunidade. Devemos arriscar, e não fazer como os judeus da época que quiseram preservar suas leis e práticas e não aderiram ao cristianismo. Os dons que reservamos apenas para nós são os tais talentos enterrados da parábola. Ao arriscarmos, sempre tenhamos na frente Jesus Cristo, que não nos vai desamparar nem desprezar. Ele vai estar conosco e dar-nos toda a força de que precisamos. Basta estarmos sempre ligados a ele, por meio do amor a Deus e ao próximo. E se fizermos algum pecado, peçamos logo perdão, confessemo-nos e recomecemos nossa vida cristã. 

Na segunda leitura, S. Paulo fala aos tessalonicenses que devemos sempre estar preparados para a morte, pois muitos de nós iremos morrer antes do fim do mundo. Devemos, pois, viver na vigilância e na sobriedade, para aguardarmos o que vier primeiro: ou nossa morte, ou o fim do mundo. Eu dou um palpite: acho que nossa morte virá beeeem antes do fim do mundo. 

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34º DOMINGO DO TEMPO COMUM-ANO A

JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO 

DIA DO CRISTÃO LEIGO

22/11/2020

 

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1ª Leitura: Ezequiel 34,11-12.15-17 

Salmo Responsorial 22(23)R- O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

2ª Leitura: 1 Coríntios 15,20-26.28 

Evangelho de Mateus 25,31-46 

“Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, ele se assentará em seu trono glorioso. 32    Todas as nações da terra serão reunidas diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.33     E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos, à sua esquerda. 34  Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35        Pois eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede, e me destes de beber; eu era forasteiro, e me recebestes em casa; 36    estava nu e me vestistes; doente, e cuidastes de mim; na prisão, e fostes visitar-me’. 37        Então os justos lhe perguntarão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede, e te demos de beber? 38        Quando foi que te vimos como forasteiro, e te recebemos em casa, sem roupa, e te vestimos? 39   Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?’ 40        Então o Rei lhes responderá: ‘Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ 41   Depois, o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome, e não me destes de comer; com sede, e não me destes de beber; 43        eu era forasteiro, e não me recebestes em casa; nu, e não me vestistes; doente e na prisão, e não fostes visitar-me. 44        E estes responderão: ‘Senhor, quando foi que te vimos com fome ou com sede, forasteiro ou nu, doente ou preso, e não te servimos?’ 45  Então, o Rei lhes responderá:‘ Em verdade, vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses mais pequenos, foi a mim que o deixastes de fazer!’ 46  E estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.

 UM REI NA CRUZ?

Jesus é rei, como ele mesmo disse a Pilatos, mas não é um rei como nós conhecemos. É um rei agregador, que reúne seus súditos como filhos e lhes dá todo o conforto possível de uma vida eterna feliz. 

Para isso, quer que livremente escolhamos seu domínio sobre nós. Sua realeza é divina, e por isso plenamente santa. Sendo infinitamente santa, não vai nos fazer mal algum nem vai também nos humilhar ou fazer qualquer coisa que nos prejudique ou magoe. 

Entretanto, muitas vezes permitimos outros tipos de reinado sobre nós, que nos escravizam, como os vícios, invejas, ambições, desejos iníquos. 

Quando nos sentimos fracos para vencermos tudo isso, recorramos a ele pela oração. A oração é o único modo verdadeiro com que nos ligamos a Deus. Viver sem a oração é como estar numa ilha isolada, sem internet, sem alimento, sem nada. Mas muitos de nós nem percebem essa ausência, essa falta de Deus. As coisas às quais estamos apegados nos cega para a verdade. 

Peçamos a Cristo Rei do Universo que reine sobre nós totalmente, sem restrições, e abandonemos o pecado, que é a corrente que nos liga aos falsos reis que nos levam não à eternidade feliz, mas ao abismo da infelicidade.