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2ª FEIRA DA 17ª SEMANA COMUM 

31/07/2023

Santo Inácio de Loyola

 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Êxodo 32,15-24.30-34

Salmo Responsorial 105 (106) R- Dai graças ao Senhor, porque ele é bom!

Evangelho Mateus 13,31-35

Jesus apresentou-lhes outra parábola ainda: “O Reino dos Céus é como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu campo. 32 Embora seja a menor de todas as sementes, quando cresce, fica maior que as outras hortaliças e torna-se um arbusto, a tal ponto que os pássaros do céu vêm fazer ninhos em seus ramos”. 33 E contou-lhes mais uma parábola: “O Reino dos Céus é como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até que tudo ficasse fermentado”. 34 Jesus falava tudo isso em parábolas às multidões. Nada lhes falava sem usar de parábolas,  35 para se cumprir o que foi dito pelo profeta: “Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo”

COMENTÁRIO:

A primeira leitura fala da adoração do bezerro de ouro no deserto. De fato, não narra apenas a idolatria dessa época, mas também da idolatria que se cometia nos séculos 9 ou 8 antes de Cristo, época em que esse relato foi escrito, e nos admoesta para não cairmos no mesmo erro em nossas idolatrias atuais do dinheiro, sexo, fama, esporte, estética etc., quando usados de forma errada e de um modo absoluto. Essa é uma tentação sempre atual: procura-se Deus nas necessidades, que geralmente são de cunho individualista, para uso e consumo próprios, mas se o abandona quando tudo vai bem. Deus, então, permite o castigo, com o intuito de nos purificar, a fim de que aprendamos a adorá-lo e a amá-lo sem interesses mesquinhos, mas também pelo amor ao próximo. 

No evangelho vemos como o Reino dos Céus já está presente mas só conseguimos começar a vê-lo se aderirmos a Jesus plenamente. Quanto mais nos santificamos, mais percebemos o crescimento dessa sementinha que é ainda é o Reino de Deus, e que só vai se revelar em sua plenitude no dia da volta de Cristo. O segredo disso tudo é a aceitação da palavra de Deus e a oração incessante, a fim de que tenhamos a graça e a força para praticá-la. Só a oração nos torna fortes para começar ou perseverar nesse caminho.


3ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM

01/08/2023

Sto. Afonso Maria de Ligório 


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Êxodo 33,7-11; 34,5b-9.28 

Salmo Responsorial 102 (103) Dai graças ao Senhor porque ele é bom!

 Evangelho Mateus 13, 36-43 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 36Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram: “Explica-nos a parábola do joio!” 37Jesus respondeu: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do homem. 38O campo é o mundo. A boa semente são os que pertencem ao reino. O joio são os que pertencem ao maligno. 39O inimigo que semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os anjos. 40Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: 41o Filho do homem enviará os seus anjos e eles retirarão do seu reino todos os que fazem outros pecar e os que praticam o mal; 42e depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali haverá choro e ranger de dentes. 43Então os justos brilharão como o sol no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos ouça”. – Palavra da salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos como Moisés faz jejum e se despoja totalmente para o seu contato com Deus. Muitas pessoas querem esse contato com Deus, mas continuam em seus pecados, não tendo nenhuma vontade concreta de mudar de vida. Diz Gálatas 6,7: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá”. Deus não se deixa enganar por palavras vazias e mentirosas. Não adianta falar a ele coisas que ele sabe que são mentiras, que não correspondem à verdade. 

Ele, entretanto, é verdadeiro e não nos engana. Jesus foi bem claro quando disse que precisaríamos pegar nossa cruz de cada dia para segui-lo. Ele carregou a cruz em nossa frente, e uma cruz muito maior do que a nossa, acrescentando-se o fato de que ele não tinha pecado algum para “pagar”, mas nós temos!

Moisés foi sincero quando reconheceu ter o povo uma cabeça dura, que não conseguia deixar de servir a Deus que o libertara da escravidão do Egito, e foi suficientemente humilde para pedir a Deus que os perdoasse e tivesse paciência para com eles. 

No evangelho Jesus explica a parábola do joio: neste mundo Deus permite que façamos o mal. Não nos obriga a fazermos o bem e nem impede que se faça o mal, a não ser em raras ocasiões, quando sua Vontade predomina e orienta a situação. Por exemplo, quando Jesus ressuscitou Lázaro, ou o filho da viúva de Nain, ou permite tantos milagres por intercessão dos santos e santas. Entretanto, quem praticar o mal vai ter que prestar contas disso a Ele, se não pedir perdão antes da morte. Mesmo perdoado, vamos nos purificar de nossos pecados perdoados no Purgatório. No paraíso só estarão os santos e os purificados pelo Purgatório. Mas nesta terra, teremos que conviver joio e trigo, bons com os maus. Sempre nos lembremos, porém, que todos nós somos um pouco joio e um pouco trigo. Só Maria não teve nenhum resquício de "joio" em sua vida, pois ela nunca pecou. 



4ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM

02/08/2023 

Sto. Eusébio de Vercelli e/ou S. Pedro J. Eymard

  

1ª Leitura: Êxodo 34, 29-35 

Salmo Responsorial 98 (99) Santo é o Senhor nosso Deus!

 Evangelho Mateus 13, 44-46 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O reino dos céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O reino dos céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”. – Palavra da salvação.

 

Comentário: 

Na primeira leitura vemos como Moisés cobria o rosto, após voltar do encontro seu com Deus, para não mostrá-lo quando estava em estado normal. É que ele ficava com o rosto resplandecente quando falava com Deus, mas isso ia aos poucos sumindo.

Nós não ficamos com o rosto resplandecente após a oração, ou seja, após termos nos encontrado com Deus, mas sentimos uma paz imensa, que nos envolve e nos impulsiona para o caminho da santidade. 

Depois de alguns minutos ou horas estamos de volta às nossas tarefas e ali muitas vezes nos esquecemos do contato com Deus e nos tornamos mais frios, menos entusiasmados. 

S. Paulo pedia que orássemos sem cessar. Isso se torna possível se estamos ligados sempre em Deus em tudo o que fizermos. Nesse caso, teremos sempre a mesma paz e o mesmo ânimo que sentimos enquanto estamos orando em momentos mais específicos.  

O evangelho completa esse nosso pensamento: quando descobrimos o grande tesouro de nossa vida, que é Deus, quando encontramos tempo de estarmos com ele em momentos fortes de oração e durante todo o dia em pensamento e na luta contra o pecado, nós nos sentimos felizes e prontos para continuarmos nossa caminhada.

Muitos santos que eram desligados da fé se converteram e perceberam que estar sempre com Deus, no contato caridoso e amoroso com os irmãos, é a única verdadeira felicidade que existe. Dinheiro algum no mundo consegue “comprar” a felicidade que obtermos gratuitamente se deixarmos o pecado e mergulharmos na bondade divina.  


5ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM 


03/08/2023

 

  

1ª Leitura: Êxodo 40, 16-21.34-38 


Salmo Responsorial 83(84)- Quão amável, ó Senhor, é a vossa casa! 


Evangelho Mateus 13, 47-53 


Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 47“O reino dos céus é ainda como uma rede lançada ao mar e que apanha peixes de todo tipo. 48Quando está cheia, os pescadores puxam a rede para a praia, sentam-se e recolhem os peixes bons em cestos e jogam fora os que não prestam. 49Assim acontecerá no fim dos tempos: os anjos virão para separar os homens maus dos que são justos 50e lançarão os maus na fornalha de fogo. E aí haverá choro e ranger de dentes. 51Compreendestes tudo isso?” Eles responderam: “Sim”. 52Então Jesus acrescentou: “Assim, pois, todo mestre da lei que se torna discípulo do reino dos céus é como um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas”. 53Quando Jesus terminou de contar essas parábolas, partiu dali. – Palavra da salvação. 


Comentário: 


Na primeira leitura, Deus se mostrava presente onde era guardada a arca, da Tenda especial que lhe fizeram. Havia todo o respeito possível e imaginável. Hoje sabemos que ele está presente na Eucaristia em todas as igrejas católicas do mundo todo. Nossas igrejas diferem das evangélicas justamente pela Eucaristia, que nós temos e eles não têm. 


O que eu gostaria de refletir hoje é que nós temos Jesus presente na Eucaristia, em nossas igrejas, mas muitos não tomam conhecimento disso. Eu vejo muitas dessas pessoas enquanto estou fazendo minha Hora Santa na capela de uma igreja do centro da cidade, de manhã. Várias pessoas entram, não ajoelham diante do sacrário, e vão diretamente a uma imagem do Sagrado Coração de Jesus nos fundos da capela do Santíssimo, que infelizmente é caminho da única porta aberta da igreja nos horários em que não há missa. Não há como eu não ver isso. Sinto pena, pois Jesus está à nossa frente, e passamos como nada ali houvesse... Como dizia Santa Teresa de Jesus, é como se a gente conversasse com a foto de alguém que está à nossa frente em carne e osso... Não seria ridículo? A pessoa está ali à nossa frente e nós estamos olhando uma foto dela e conversando com a foto. Se Jesus está presente na Eucaristia, à nossa frente, não tem sentido ficar rezando para uma imagem. Jesus está, realmente, ali ao lado, nos olhando nessa cena. 


Mesmo nas igrejas, antes da Missa, muitas pessoas entram conversando, continuam conversando e não fazem ao menos uma oração rápida para saudar o dono da casa. Que pena! 


O evangelho dispensa explicações. O Juízo Final vai ser terrível para quem desprezou as palavras de Jesus. Mas lembremo-nos que isso realmente vai ocorrer já no dia de nossa morte, em que nosso destino final será decretado. 


6ª FEIRA DA 17 ª SEMANA COMUM

04/08/2023

São João Maria Vianey

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª Leitura: Levítico 23,1.4-11.15-16.27.34b-37

Salmo Responsorial 80 (81) Exultai no Senhor, nossa força

Evangelho Mateus 13, 54-58

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos a relação das festas solenes do ano a serem observadas. Nós católicos seguimos também uma tabela de festas e solenidades durante o ano. Entretanto, todas os dias temos a Santa Missa em alguma igreja da cidade ou em várias igrejas. Acredito que não é necessário esperar pelo domingo para participarmos da Santa Missa e comungarmos, se tivermos, é claro, um tempinho para isso de manhã ou à noite.

Conheço várias pessoas que vão à missa das 7 h. numa igreja local do centro da cidade e depois saem, apressadas, para o trabalho. Vão com Deus no coração, na mente e na alma. Estão envolvidos de Jesus para começarem bem o dia.

Como nós estamos participando das ações litúrgicas de nossa comunidade? Estamos conscientes de que temos o dever e a graça de louvar e bendizer a Deus por tudo o que temos e somos? Por mais doente seja uma pessoa, deve agradecer a Deus pela vida, pois depois desta vida tão curta vem a outra, feliz e eterna! É um motivo para agradecermos a Deus em seu templo, nas celebrações que ali são feitas, sempre que pudermos. Devemos fazer isso não por obrigação, mas por alegria e porque amamos ao Senhor que nos dá a vida e nos prometeu a vida eterna!

No evangelho de hoje Jesus é renegado em sua terra, assim como fazemos hoje em dia com pessoas e coisas. Se a pinga é de outro lugar que não nossa cidade, é considerada pinga boa. Se é de nossa cidade, não presta. Se o chinelo veio da China, é bom. Se veio daqui não é bom. Se estamos comendo arroz com frango, estamos falando de pernil assado. Se estamos comendo pernil assado estamos falando de rabada com polenta. Não costumamos valorizar aquilo que temos à nossa frente. Não temos jeito mesmo! Sempre o que não temos e o que vem de longe é o que desejamos e valorizamos.

Precisamos aprender a valorizar as pessoas pelo que elas realmente são, e não pelo que vestem ou pela sua origem. Às vezes não conhecemos as qualidades nem de pessoas de nossa família. Quando seu irmão faz um café gostoso, todos elogiam e se admiram. Pudera, nunca lhe tinham dado oportunidade antes!

Outra coisa: por mais poderoso Jesus seja, ele não pode dar as graças que desejaria dar se a pessoa não tem fé. Jesus tinha poder para realizar qualquer tipo de milagre. Mas “não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé”. Uma das facetas da fé é justamente permitir que Deus possa agir em nós. 


SÁBADO DA 17ª SEMANA COMUM

05/08/2023

Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Levítico 25,1.8-17

Salmo Responsorial 66 (67) Que as nações vos glorifiquem, ó

Senhor, que todas as nações vos glorifiquem.

Evangelho Mateus 14,1-12

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do governador Herodes. 2Ele disse a seus servidores: “É João Batista, que ressuscitou dos mortos; e, por isso, os poderes miraculosos atuam nele”. 3De fato, Herodes tinha mandado prender João, amarrá-lo e colocá-lo na prisão por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4Pois João tinha dito a Herodes: “Não te é permitido tê-la como esposa”. 5Herodes queria matar João, mas tinha medo do povo, que o considerava como profeta. 6Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos e agradou tanto a Herodes, 7que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8Instigada pela mãe, ela disse: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista”. 9O rei ficou triste, mas, por causa do juramento diante dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10E mandou cortar a cabeça de João no cárcere. 11Depois a cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois foram contar tudo a Jesus. – Palavra da salvação.

 

Comentário:

Na primeira leitura vemos um preceito que, na verdade, nunca ocorreu: o Ano Jubilar a cada 50 anos, em que os escravos seriam libertados, as terras voltariam aos seus antigos donos e várias outras benfeitorias. Eles nunca praticaram isso.

Na Igreja Católica há também o Ano Santo, a cada 25 anos, mas os últimos papas abriram o Ano Santo com menor período entre eles. Nesse Ano Santo é aberta a Porta Santa, no Vaticano e nas catedrais do mundo todo, também atualmente adaptada para que em cada igreja paroquial possa ter uma porta santa. Quem passar por essa porta tendo confessado, comungado e rezado pelo Papa e pelas necessidades da Igreja lucra Indulgência Plenária.

O que eu gostaria de dizer é que não adianta lucrar a indulgência se continuamos com a mesma vida de sempre. É preciso mudar de vida, converter-se, começar a buscar a santidade. Não adianta a gente ficar buscando chifre na cabeça de cavalo. Não adianta ficar protelando a própria conversão. O tempo urge, a vida é breve, e a eternidade (feliz ou não ) é eterna. Precisamos aproveitar as oportunidades que Deus nos dá e agarrá-las fortemente. 

No Evangelho vemos como São João Batista morreu porque denunciou um adultério. E consta que Jesus elogiou João por essa e por tantas outras suas atitudes. Que dizer nos dias atuais? Quantas separações de casamentos feitos na Igreja e segundos e terceiros casamentos sem a bênção da Igreja! É um assunto muito polêmico e infelizmente não se sabe ainda como resolver. A Igreja está estudando o assunto com o foco de que geralmente muitas pessoas se casaram a primeira vez enganados, pensando que se amavam, que conheciam os cônjuges, e se prejudicaram. É bem diferente de Herodes, que largou de uma e se uniu a outra por pura luxúria. Há muitos casos na Igreja de declaração de nulidade matrimonial, que permite um segundo casamento na Igreja com outra pessoa.

O que temos que buscar é sempre a compreensão mútua, a fim de que os problemas sejam vencidos da melhor maneira possível. Mas não é fácil. Acredito que apenas com a oração incessante isso se resolva a contento.