QUARESMA-DOM.-ANOS C

ANO C – QUARESMA – DOMINGOS

4ª FEIRA DE CINZAS

 

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1ªLeitura: Joel 2,12-18 

Salmo 50(51)-R- Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos! 

2ª Leitura:2 Coríntios 5,20-6,2 

Evangelho de Mateus 6,1-6.16-18  

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1'Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. 5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa. 6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. 16Quando jejuardes, não fiqueis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade vos digo: Eles já receberam a sua recompensa. 17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que tu estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa. Palavra da Salvação.

Comentário:

Hoje começa a quaresma, tempo de penitência, de oração e de reflexão. A primeira leitura mostra que Deus ouvirá nossa oração se a fizermos de coração puro, se não nos basearmos em coisas externas e em ritos vazios. Os rituais têm o objetivo de ajudar-nos justamente a agir de coração limpo e puro, de nos aproximar de Deus. Se não tivermos sinceridade de coração, nossos ritos não vão levar a nada. 

O jejum que a Igreja pede é que deixemos hoje uma refeição principal, mas quem não pode por algum motivo fazer isso, pode substituí-lo por outra penitência, como deixar a tevê, ajudar alguém a fazer algum trabalho, visitar um doente etc. O que for economizado na alimentação poderia ser doado a algum pobre ou entregue no final da quaresma na coleta da Campanha da Fraternidade. 

Vamos fazer nossos propósitos para este tempo quaresmal? Pense numa penitência, mesmo leve, e a pratique durante o tempo quaresmal. A gente se sente em paz, leve, mais preparado (a) para receber as graças de Deus. 

No evangelho Jesus diz que essa penitência, essas orações, devem ser feitas com sinceridade e com muito amor no coração. Não devem, de jeito algum, serem feitas para que as pessoas nos elogiem. 

Nossa Senhora falou em todas as suas aparições sobre a oração e o jejum, a penitência. São as “ferramentas” que nos abrem as portas do céu e nos trazem a graça de Deus. 

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5ª FEIRA DEPOIS DAS CINZAS

 

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Leitura: /Deuteronômio 30,15-20 

Salmo 1-R- É feliz quem a Deus se confia! 

Evangelho de Lucas 9, 22-25 

Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 22'O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia.' 23Depois Jesus disse a todos: 'Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me. 24Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará. 25Com efeito, de que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro, se se perde e se destrói a si mesmo? Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos que a todos nós são propostos dois caminhos: a bênção e a maldição. Deus nos aconselha a escolhermos a bênção. Quem escolhe o pecado, escolhe a maldição. 

No evangelho Jesus diz que se quisermos a vida eterna, teremos que segui-lo no caminho da cruz, levando a nossa todos os dias. A nossa é diferente da dele, mas tem também muitas dificuldades. Ele já tomou a dianteira e abriu-nos o caminho. Cabe a nós segui-lo e, para isso, pedir sua ajuda e sua graça. Ele estará sempre ao nosso lado. 

Quem abraçar o pecado, como diz a primeira leitura, vai abraçar  a perdição, a angústia constante, o desespero. Quem abraçar a vida mais autêntica, mais santa, estará abraçando a salvação eterna. 

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6ª FEIRA APÓS AS CINZAS

 

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Leitura: Isaías 58,1-9a 

Salmo 50/51 Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido! 

Evangelho Mateus 9, 14-15  

Naquele tempo: 14Os discípulos de João aproximaram-se de Jesus e perguntaram: 'Por que razão nós e os fariseus praticamos jejuns, mas os teus discípulos não?' 15Disse-lhes Jesus: 'Por acaso, os amigos do noivo podem estar de luto enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo será tirado do meio deles. Então, sim, eles jejuarão. Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura Isaías diz que o povo está reclamando contra a falta de proteção divina, mas devolve ao povo a acusação: seus jejuns e atos rituais são apenas externos, pois enquanto fazem jejum oprimem o povo e roubam em seus negócios. 

Notem bem que aqui não se está dizendo para não fazer jejum. O que se está dizendo é que o jejum verdadeiro leva a uma conversão radical da vida, a uma caridade sem limites para com o próximo, a uma vida totalmente dedicada a Deus. Se o jejum que fazemos não levar a isso, não é um verdadeiro jejum. Quando muito é um regime para emagrecer ou apenas um ato ritual. 

 Muitos jejuam mas continuam soberbos, nervosos, irados, sem-educação, gulosos quando não estão fazendo jejum, egoístas, individualistas, avarentos etc.

Nem sempre é possível fazer jejum de alimentação. Na penitenciária, por exemplo, a alimentação é precária. Se os presos católicos e das demais religiões forem fazer jejum, podem até adoecer. Nesse caso, façam jejum dos olhos, das palavras, que são até mais difíceis do que da alimentação. Numa prisão é difícil, por exemplo, ficar sem ver tevê. É algo como que obrigatório. A tevê fica ligada desde às 5 horas da manhã até às 10 ou 11 da noite. 

No evangelho Jesus lembra que haverão dias em que os discípulos precisarão fazer jejuns, mas enquanto Jesus vivia, o tempo era de festa e de alegria. Muitas vezes nós nos sentimos ausentes de Deus, alienados da espiritualidade, o reino dos céus parece fantasia ou distante… Nesses momentos a oração e o jejum são as ferramentas mais eficazes para voltarmos a uma vida de comunhão com Deus. Nossa Senhora fala muito disso em Medjugorje. 

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SÁBADO DEPOIS DAS CINZAS

 

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1ª Leitura Isaías 58, 9b- 14 

Salmo 85(86)R- Ensinai-me os vossos caminhos e na vossa verdade andarei

Evangelho Lucas 5, 27 a 32 

 Naquele tempo: 27Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Levi, sentado na coletoria. Jesus lhe disse: 'Segue-me.' 28Levi deixou tudo, levantou-se e o seguiu. 29Depois, Levi preparou em casa um grande banquete para Jesus. Estava aí grande número de cobradores de impostos e outras pessoas sentadas à mesa com eles. 30Os fariseus e seus mestres da Lei murmuravam e diziam aos discípulos de Jesus: 'Por que vós comeis e bebeis com os cobradores de impostos e com os pecadores?' 31Jesus respondeu: 'Os que são sadios não precisam de médico, mas sim os que estão doentes. 32Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores para a conversão.' Palavra da Salvação.

Comentário:

Na primeira leitura vemos que, se praticarmos a caridade e nunca oprimirmos ou enganarmos ninguém, a nossa vida obscura tornar-se-á iluminada como a luz do meio-dia. 

Depois Isaías fala da observação do sábado, que para nós é o domingo. Sabemos hoje que não há uma prescrição tão rigorosa para o nosso domingo, mas devemos usá-lo principalmente para que possamos louvar a Deus e partilhar nosso tempo com a comunidade que frequentamos e com nossa família. 

Muitas pessoas não se encontram em família nem aos domingos. O trabalho não deve nos escravizar. Como diz o ditado, “o pouco com Deus é muito”. Há o salmo 126 que diz isso com todas as letras: Deus dá o alimento aos seus amados até quando estão dormindo. 

No evangelho vemos a conversão de Mateus e, “por tabela”, a nossa conversão. Jesus veio chamar os pecadores e nunca os evitava. 

Diz o missal cotidiano: “A iniciativa da salvação vem de Deus. O homem deve apenas aceitar e pôr-se ao seguimento de Jesus, abandonar os próprios caminhos para seguir os de Deus. O pecado (...) não constitui obstáculo, porque Jesus os perdoa. Mas é necessário que o homem reconheça o próprio pecado, reconheça estar em caminho errado, e que é preciso levantar-se e deixar tudo para começar vida nova”. 

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1º DOMINGO DA QUARESMA C

 

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1ª Leitura: Deuteronômio 26,4-10 

Salmo 90(91)-R- Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim! 

2ª Leitura: Romanos 10, 8-13 

Evangelho de Lucas 4,1-13 

"1.Cheio do Espírito Santo, voltou Jesus do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, 2.onde foi tentado pelo demônio durante quarenta dias. Durante esse tempo ele nada comeu e, terminados esses dias, teve fome. 3.Disse-lhe então o demônio: “Se és o Filho de Deus, ordena a esta pedra que se torne pão”. 4.Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra de Deus (Dt 8,3)”. 5.O demônio levou-o em seguida a um alto monte e mostrou-lhe em um só momento todos os reinos da terra, 6.e disse-lhe: “Eu te darei todo este poder e a glória desses reinos, porque me foram dados, e dou-os a quem quero. 7.Portanto, se te prostrares diante de mim, tudo será teu”. 8.Jesus disse-lhe: “Está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e a ele só servirás” (Dt 6,13). 9.O demônio levou-o ainda a Jerusalém, ao ponto mais alto do templo, e disse-lhe: “Se és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; 10.porque está escrito: Ordenou aos seus anjos a teu respeito que te guardassem. 11.E que te sustivessem em suas mãos, para não ferires o teu pé nalguma pedra” (Sl 90,11s). 12.Jesus disse: “Foi dito: Não tentarás o Senhor, teu Deus” (Dt 6,16). 13.Depois de tê-lo assim tentado de todos os modos, o demônio apartou-se dele até outra ocasião".

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como a fé dos israelitas era de extrema simplicidade. Em agradecimento e lembrança da libertação do Egito, ofereciam a Deus as primícias da terra. Na Eucaristia, centro da fé cristã, fazemos o memorial da paixão-morte-ressurreição de Jesus, nossa Páscoa, porque nos liberta não mais do Egito, como os israelitas, mas sim do pecado e da morte eterna, e nos dá todo o bem que vem do Pai. Com a Eucaristia tornamos presente, aqui e agora, a morte e ressurreição de Jesus e agradecemos ao Pai por tudo isso.

Na segunda leitura São Paulo nos alerta para não cairmos no mesmo erro que os israelitas, que recusaram Jesus. As obras só têm valor se estivermos em união com Cristo. Sem essa  união, não são obras para a vida (Missal Dominical).

No evangelho vemos um retrato de nossa vida, onde somos também tentados pelo demônio. Jesus venceu o demônio, foi igual a nós em tudo menos no pecado, e nos deu não só o exemplo, como também nos dá forças para vencermos o pecado, as tentações demoníacas e as que provêm de nossa própria concupiscência.

 

Jesus venceu o demônio pela oração e pelo jejum. Essas também devem ser as nossas armas, aliadas à confissão periódica, em que pedimos perdão de nossos pecados e nos comprometemos a não mais pecar.

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2º DOMINGO DA QUARESMA ANO C

 

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1ª Leitura: Gênesis 15,5-12.17-18 

Salmo 26(27)-R- O Senhor é minha luz e salvação 

2ª Leitura: Filipenses 3,17-4,1 

Evangelho de Lucas 9, 28b-36

 

Naquele tempo:

 

28bJesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. 29Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante. 30Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. 31Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém. 32Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele. 33E quando estes homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: 'Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias.' Pedro não sabia o que estava dizendo. 34Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem. 35Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: 'Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!' 36Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto. Palavra da Salvação. 

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura Deus faz uma aliança com Abraão, que era um homem de fé. Há a parte de Deus, que é proteção plena e total. A parte do homem é uma adesão incondicional a Deus, uma confiança total na sua palavra. Deus passa em forma de fogo no meio das vítimas que pedira a Abraão que as dispusesse num determinado modo. E Deus conclui a aliança dizendo: “Aos teus descendentes darei esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio, o Eufrates”.

Sabemos que Abraão morreu sem ter visto a promessa de Deus se cumprir. Nós também muitas vezes não percebemos a ação de Deus em nossa vida e na vida do mundo. Às vezes parece-nos que Deus é um eterno ausente. Mas é nosso engano. Deus sempre está presente como nunca. São nossos olhos que não veem, é nossa mente que não percebe os caminhos de Deus, pois eles são, muitas vezes, bem diferentes do nosso. Como diz o ditado, quando nos resolvemos a ir, Deus já está de volta.

Na segunda leitura São Paulo fala contra os que se escandalizam pelo fato de Jesus ter sido morto numa cruz. Jesus mudou o caminhar da comunidade: não é mais a circuncisão que conta, mas o Batismo, pelo qual fazemos aliança com Deus. Pelo Batismo somos santificados e, se lutarmos fiel e incansavelmente pelo triunfo do evangelho, sobretudo praticando-o, seremos transformados por Cristo, que tornará o nosso corpo “semelhante ao seu corpo glorioso”.

No Evangelho Jesus se transfigura diante de Pedro, João e Tiago, dando assim uma “amostra” do que ele seria após a ressurreição. Esses Apóstolos tiveram essa experiência de ver Jesus em sua glória, a sua Transfiguração. Ele ficou todo mudado, iluminado de maneira inexplicável, e uma voz dizia: “Este é o meu Filho, o escolhido. Escutai o que ele diz!”. Entretanto, mesmo com tudo isso há muitas pessoas que não acreditam na divindade de Jesus e interpretam de forma diferente essa experiência que os Apóstolos tiveram, como as testemunhas de Jeová e os mórmons. Não acreditam que Jesus tenha-se revelado como Deus verdadeiro além de homem verdadeiro nessa sua transfiguração. Eles são chamados “pseudocristãos”, porque parecem ser cristãos, mas na verdade não o são, pois não acreditam na Santíssima Trindade. Podem ser cristãos no modo de agir, e isso talvez seja o suficiente para agradar ao Senhor...

Para nós, cristãos, parece tranquilo dizer que Jesus é cem por cento Deus e cem por cento homem. Entretanto, se formos ver as estatísticas, há muito mais pessoas no mundo que não acreditam nisso do que nós que acreditamos. Nós, cristãos, somos apenas um terço da humanidade. Dois terços ainda não acreditam na divindade de Jesus. Por que é tão difícil assim acreditar que Jesus possa ser também Deus?

É difícil, sim, para quem não recebeu essa informação desde criança. Na verdade, é algo humanamente incompreensível. Não há como explicar isso cientificamente. É fé pura!

Quando dizemos que Jesus é Deus e homem verdadeiro, talvez estamos afirmando apenas que acreditamos naqueles que nos ensinaram isso desde criança! Mas há muitos que descobrem isso pelo também pelo coração, pelo contato com ele, mais do que pela fé. Há homens e mulheres na história que tiveram suas vidas mudadas pela fé em Jesus como Deus e homem. Um desses homens é São Paulo Apóstolo. Ele nos dá testemunho de que Jesus é tudo o que atualmente dizemos ser. Ele teve um encontro pessoal com esse Deus e homem.

O único modo nosso de contato com Deus é por meio de Jesus, por ser também homem. O único modo de abraçarmos Deus é abraçando Jesus.

A fé é um dom de Deus, mas podemos pedir-lhe esse dom. São Carlos de Foucauld, milionário, não acreditava em mais nada, até que, desiludido com tudo o que tinha e vivia, começou a fazer apenas esta oração: “Deus, se existis, que eu creia em vós”. E obteve a graça da fé. Deixou a sua riqueza para sua prima, ordenou-se sacerdote e foi viver de modo pobre entre os tuaregues do deserto do Saara, em Tamanrasset.

Isso tudo nos leva a pensar, também o quanto é necessária a pregação, a evangelização, pois naturalmente, embora possamos chegar à fé em Deus, nunca chegaremos à fé na divindade de Jesus. Só mesmo a evangelização pode nos levar ao cristianismo.

Que possamos pedir a Jesus perdão pela nossa falta de fé e talvez a de sermos cristãos um tanto acomodados. Que possamos ser mais evangelizadores. Que ao abraçar um irmão necessitado, estejamos abraçando o próprio Jesus, e, por “tabela”, o próprio Deus

 

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3º DOMINGO DA QUARESMA - C

 

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1ª Leitura: Êxodo 3,1-8a.13-15 

 

Salmo 102(103-R- O Senhor é bondoso e compassivo 

 

2ª Leitura: 1Coríntios 10,1-6.10-12 

 

Evangelho de Lucas 13,1-9 

 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas, se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás!’” – Palavra da salvação.

COMENTÁRIO;

Na primeira leitura Deus se comunica com Moisés, diz seu nome: “Eu Sou aquele que sou” e lhe envia para libertar o povo do domínio egípcio. Precisamos entender que nem sempre nos é clara a vontade de Deus a nosso respeito. O próprio Moisés precisou intuir muitas coisas que ele depois executou, por não saber claramente qual era a vontade de Deus sobre aquele assunto.

Como ficamos sabendo qual é a vontade de Deus? Pelos acontecimentos, pelos aconselhamentos de outras pessoas, pela intuição, pela certeza íntima de que você está fazendo a coisa certa.

Por isso é preciso a oração. Moisés conseguiu obter a resposta às suas dúvidas pela oração. Sua comunicação com Deus foi feita principalmente pela oração, como acontece conosco. Por isso, não se aborreça se você não sente Deus frente a frente. Procure conhecer a vontade dele por meio da bíblia, da oração, das homilias que você ouve.

Na segunda leitura São Paulo resume, em poucas palavras, os principais acontecimentos do êxodo e os aplica aos erros que os coríntios estão cometendo: idolatria e adultério, murmuração contra a vontade e os atos de Deus em favor do povo.

No evangelho, Jesus mostra que os acidentes não acontecem porque somos pecadores, mas é fruto do acaso. Entretanto, nos instrui para que estejamos sempre preparados para morrer, seja em qual idade estivermos, pois sempre deveremos estar prontos para sermos julgados.

Eu acredito que muitas vezes, quando Deus permite a morte prematura de alguém que o busca, reza e procura sempre estar de bem com ele, é porque está preservando a pessoa de algo pior que aconteceria no futuro se a pessoa continuasse viva. Ele é misericordioso e nunca permite coisas que possam nos prejudicar em relação à vida eterna. Não devemos pensar nos acontecimentos apenas nos baseando em coisas materiais, mas no que pode ser bom para a nossa vida após a morte. Esta vida é breve, mas a outra é eterna.

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4º DOMINGO DA QUARESMA

ANO C

 

 

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1ª Leitura: Josué 5,9a.10-12 

 

Salmo33(34)-R- Provai e vede quão suave é o Senhor! 

 

2ª Leitura: 2 Coríntios 5, 17-21 

 

Evangelho de Lucas 15,1-3.11-32

 

Naquele tempo: 1Os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus. 'Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles.' 3Então Jesus contou-lhes esta parábola: 11'Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: 'Pai, dá-me a parte da herança que me cabe'. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam. 17Então caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: `Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados'. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: 'Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho'. 22Mas o pai disse aos empregados: `Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu:  `É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde'. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: `Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado'. 31Então o pai lhe disse: `Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'.' Palavra da Salvação.

 

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura os israelitas chegaram à terra prometida, chefiados por Josué, e celebram a Páscoa em agradecimento e louvor a Javé. Foi mais uma das promessas que Deus fizera a Abraão e cumprira. O texto lembra que o maná, até então alimento do povo, parou de cair, pois havia agora os frutos da terra de Canaã, a que chegaram. Nós temos a Eucaristia, que é o alimento de um povo a caminho, que desaparecerá no dia em que contemplarmos o Senhor (missal dominical).

Na segunda leitura vemos como Deus nos reconciliou consigo mesmo através de Jesus Cristo. Em Cristo nós nos tornamos nova criatura. Jesus, com sua vida, morte, ressurreição, nos abriu as portas do céu. “Se alguém está em Cristo é uma criatura nova”. Pergunto: qual é a nossa reação diante desse anúncio tão confortante? Estamos nós preparados para assumir essa salvação que Deus nos dá?

No evangelho de hoje, do filho pródigo, vemos como o pai, cheio de misericórdia, perdoou o filho que abandonara o lar e abraçara a vida desregrada.

O mesmo não ocorreu com seu irmão, que ficara em casa e sempre vivera uma vida íntegra. Mas de nada adiantou essa vida honesta dele, pois não perdoou ao irmão. Isso é grave diante de Deus, ou seja, o fato de não perdoarmos.

No Pai-nosso pedimos a Deus que só perdoe os nossos pecados se estivermos perdoando aos irmãos: "perdoai os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido". Nós mesmos estamos dizendo a Deus que não nos perdoe se não perdoarmos!

Acho que a conclusão desta reflexão deve ser feita pela participação de cada um de nós, ao perdoarmos de coração aos que nos ofenderam, e, como Maria disse no dia 02 de março/2020 em Medjugorje, deixarmos para que Deus julgue os culpados. Nós não devemos e não podemos julgar ninguém!

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5º DOMINGO DA QUARESMA

 

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1ª Leitura: Isaías 43,16-21

Salmo Responsorial 125(126)R- Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!

2ª Leitura: Filipenses 3,8-14

Evangelho: João 8, 1-11

 

 Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?' 11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.' Palavra da Salvação.

 

COMENTÁRIO:

 

Na primeira leitura Isaías quer reavivar a frágil esperança dos exilados com o anúncio da libertação, que será semelhante ao êxodo, mas com uma grande novidade: “Eis que vou realizar uma coisa nova”. Se irmos além da parte histórica, poderemos ver aí um nítido significado messiânico (anúncio do Messias, que é Jesus) e escatológico (menção da vida eterna liberada a todos nós por Jesus Cristo). (Missal dominical)

 

Na segunda leitura São Paulo fala aos filipenses que por causa de Cristo ele perdera tudo, considerava-se como um lixo, mas o objetivo era ganhar Cristo e estar unido a ele, baseado não tanto simplesmente no cumprimento da lei, mas na justiça por meio da fé em Cristo, justiça essa que vem de Deus. Para conseguir isso é necessário conhecer Jesus, experimentar a força de sua ressurreição, ficar em comunhão com os seus sofrimentos, tornar-se semelhante a ele em sua morte, para ver se alcançamos a ressurreição dentre os mortos. S. Paulo diz ainda que não alcançou isso, mas corre para alcançar. Aí diz uma frase de que eu gosto muito e sobre ela gosto de refletir: “ESQUECENDO O QUE FICA PARA TRÁS, EU ME LANÇO PARA O QUE ESTÁ NA FRENTE”. E se deixarmos para trás os nossos pecados, pedindo sinceramente perdão de todos eles a Deus, se recomeçarmos uma vida nova, alcançaremos a felicidade da Vida Eterna.

 

O evangelho fala da mulher adúltera. Uma das coisas que me intrigam nesse relato é que, para haver adultério, é necessário que haja duas pessoas. Onde estava o homem desse caso? Sim, porque na lei deles, ambos deveriam ser apedrejados. Faltou aí o senso de justiça.

 

Entretanto, Jesus foi além da justiça e agiu com misericórdia. Perdoou a mulher, mas teve que usar a inteligência, a fim de não ser “enquadrado” como não cumpridor das leis. Deixou que os acusadores decidissem, mas com muita maestria: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”.

Jesus conhecia cada um dos que ali estavam e sabia de seus pecados. Talvez o próprio companheiro de adultério da mulher estivesse por ali, disfarçado, também ele com uma pedra na mão.

Muitas pessoas condenam outras facilmente, esquecendo-se de que também são pecadoras. Se quisermos perdão, também temos que perdoar.

Mas fica aqui um alerta, alerta esse que o próprio Jesus deu à pecadora: ”Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Quem deseja ser perdoado(a), deve se comprometer a não voltar a pecar. A luta deve ser uma constante em nossa vida.