N. Senhora das Dores, memória.
TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB
Primeira Leitura: Hebreus 5,7-9
Salmo Responsorial: 30(31) R- Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!
Evangelho: João 19,25-27 ou Lucas 2,33-35
Junto à cruz de Jesus, estavam de pé sua mãe e a irmã de sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27 Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” A partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu.
Naquele tempo, o pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te transpassará a alma”.
Hoje comemoramos as dores de Maria. É uma devoção que a princípio foi mais popular do que litúrgica, diz o missal cotidiano, e colocada justamente um dia após a Exaltação da Cruz.
Maria participou ativamente da vida de seu Filho, tanto das alegrias como das dores. Ela guardava tudo no coração, como diz o Evangelho, sobretudo o de Lucas, e não entendia de imediato tudo o que percebia. Ia guardando e meditando tudo no decorrer de sua vida.
Simeão, na leitura do evangelho de Lucas, lembrou-a que iria sofrer muito com aquele menino: “Uma espada transpassará a tua alma”.
No evangelho de João ela estava ali, aos pés da cruz, sofrendo terrivelmente. Quanta dor se passava em seu coração! Diz o canto da sequência, que pode ser rezado ou cantado hoje: “De pé a Mãe dolorosa, junto da cruz, lacrimosa, via Jesus que pendia” (...) “E, suspirando, chorava, e da cruz não se afastava, ao ver que o Filho morria” (...) “Faze, ó Mãe, fonte de amor, que eu sinta em mim tua dor, para contigo chorar!”.
Acredito que por maior boa vontade que tenhamos nunca cheguemos a sentir a dor que Maria sentiu ao ver seu Filho morrer daquela maneira. E ela sofreu tudo em silêncio, sem reclamar de nada. Sofreu como um lento martírio.
As sete dores de Maria são:
3- O desencontro com Jesus em Jerusalém, que foio encontrado três dias depois no Templo;
4- Quando ela viu Jesus pegando a cruz tão pesada; 5- Quando ela viu Jesus morrendo na cruz, e ainda mais, sem roupa alguma;
6- Quando ela pegou Jesus em seu colo, após a crucifixão, e viu mais de perto as Santas Chagas dele, e a do peito;
7- Quando ela viu Jesus sendo sepultado.
Hoje em dia quantas mães sofrem também a ruína de seus filhos, a perdição deles, a inconstância deles na fé... Rezemos por elas e por eles. Que Maria, a Mãe da Dores, possa confortar todas essas mães que lutam pela sobrevivência espiritual de seus filhos...