05/06/2023
São Bonifácio, bispo e mártir
"1.E começou a falar-lhes em parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre, arrendou-a a vinhateiros e ausentou-se daquela terra. 2.A seu tempo, enviou aos vinhateiros um servo, para receber deles uma parte do produto da vinha. 3.Ora, eles prenderam-no, feriram-no e reenviaram-no de mãos vazias. 4.Enviou-lhes de novo outro servo; também este feriram na cabeça e o cobriram de afrontas. 5.O senhor enviou-lhes ainda um terceiro, mas o mataram. E enviou outros mais, dos quais feriram uns e mataram outros. 6.Restava-lhe ainda seu filho único, a quem muito amava. Enviou-o também por último a ir ter com eles, dizendo: Terão respeito a meu filho!... 7.Os vinhateiros, porém, disseram uns aos outros: Este é o herdeiro! Vinde, matemo-lo e será nossa a herança! 8.Agarrando-o, mataram-no e lançaram-no fora da vinha. 9.Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá e exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outro”. 10.“Nunca lestes estas palavras da Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular. 11.Isto é obra do Senhor, e ela é admirável aos nossos olhos” (Sl 117,22s)? 12.Procuravam prendê-lo, mas temiam o povo; porque tinham entendido que a respeito deles dissera esta parábola. E, deixando-o, retiraram-se."
Comentário:
Na primeira leitura vemos como Tobit fazia muita caridade, sobretudo no sepultamento dos mortos e no alimento aos necessitados, num tempo muito hostil sob o domínio dos assírios. Para executar esses serviços ele tinha que renunciar a muitas coisas e se colocava em perigo dele também ser morto, como os que sepultava. Nos dias que se seguem vamos ver como ele será recompensado por essa caridade toda.
No evangelho Jesus mostra aos sumos sacerdotes, mestres da Lei e anciãos que eles estavam recusando o próprio Deus ao recusar as palavras e os ensinamentos de Jesus.
Seria bom refletirmos, nos tempos atuais, se não estamos também recusando ouvir a voz de Jesus transmitida pela Igreja. Muitos fazem de conta que não estão ouvindo nada, ou simplesmente se recusam, como esses homens do tempo de Jesus. O povo judeu deixou de ser o preferido, e o cristianismo se estendeu a todos os povos da terra. Será que nós, católicos, não corremos o mesmo perigo, se abandonarmos a Palavra de Deus transmitida pela Igreja?
QUINTA-FEIRA DA 9ª SEMANA COMUM
1ª. Leitura – Tobias 6,10-11;7,1.9-17;8,4-9a
Salmo. 127 (128) R- Felizes todos os que respeitam o Senhor!
Evangelho Marcos 12, 28b-34
Naquele tempo, um dos escribas aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29 Jesus respondeu: “O primeiro é este: ‘Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é um só. 30 Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força!’ 31 E o segundo mandamento é: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’! Não existe outro mandamento maior do que estes.” 32 O escriba disse a Jesus: “Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é o único, e não existe outro além dele’. 33 Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios”. 34 Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.
Comentário:
(Apenas o comentário ao evangelho. Falta o da 1ª. Leitura).
No evangelho, temos a declaração do escriba de que o amor a Deus e ao próximo são os dois mandamentos principais de quem quer servir a Deus por meio do serviço ao próximo. Jesus unifica os dois mandamentos num só. Na verdade, não há como amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o próximo, que vemos e está ao nosso lado.
Dessa forma, não é verdadeiro (a) quem diz que ama a Deus mas é uma pessoa ausente quanto ao próximo, e muitas vezes até é uma pessoa ranzinza, mesquinha, briguenta, avarenta etc.
Quanto a São José de Anchieta, o santo de hoje, ele se dedicou totalmente aos índios no início da colonização do Brasil, evitando que muitos males lhes fossem feitos. Amou ternamente a Virgem Maria, compondo nas areias da praia seu cântico, que depois passou para o papel. Ficou preso, refém, mas nunca perdeu a esperança. Também nós, por mais que nossa situação esteja confusa, tenhamos confiança nesse Deus que nos ama tanto!