25/11/2024
Sta. Catarina de Alexandria
1ª Leitura: Apocalipse 14,1-3.4b5
Salmo Responsorial 23(24R- É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
Evangelho Lucas 21,1-4
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas depositando ofertas no tesouro do templo. 2Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas. 3Diante disso, ele disse: “Em verdade vos digo que essa pobre viúva ofertou mais do que todos. 4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver”. – Palavra da salvação.
Comentário:
No missal cotidiano lemos que no Apocalipse vemos uma dramática antítese da luta do bem contra o mal. A Deus Pai contrapõe Satã. A Deus Filho, o Cristo, se contrapõe a fera do mar, que é símbolo de todo império político hostil a Cristo. Essa fera recebeu o poder de Satã. A Deus Espírito Santo contrapõe a fera da terra, símbolo da força de propaganda a serviço do estado totalitário. Jesus Cristo fundou sua Igreja, representada aqui por Jerusalém, esposa do Cordeiro, e marcou seus seguidores com os sinais sacramentais. A fera do mar também marcou com o seu sinal os próprios adeptos, aqui representada por Babilônia, a “prostituta”. Em nosso texto de hoje vemos os seguidores de Cristo. Os seguidores da fera são vistos em Apoc. 13,11-18.
Os 144 mil, aqui, é um número simbólico. Na verdade, todos quantos desejarem seguir a Cristo serão acolhidos no paraíso. Se estamos lendo esta página, é porque ainda temos tempo de recomeçar a vida e fazer parte da corte celeste...
No evangelho Jesus nos ensina que devemos partilhar o que temos com simplicidade, humildade, consciência e muito amor. Não é a quantia dada que importa, mas a intenção e o amor com que é dada.
Sobretudo, dar-se a si mesmo(a) para o outro, na caridade e na misericórdia, é a melhor forma de partilha.
26/11/2024
Beato Tiago Alberione
1ª Leitura: Apocalipse 14,14-19
Salmo Responsorial 95(96)R- O Senhor vem julgar nossa terra.
Evangelho Lucas 21,5-11
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. – Palavra da salvação
Comentário:
Final de ano, o assunto vai se achegando ao Juízo Final, como o texto de hoje do Apocalipse. Uma coisa é certa: a justiça será feita: toda a maldade cometida sobre a terra clama e pede a justiça de Deus. O julgamento é mostrado na forma clássica da colheita. O ato do juízo final deve ser de alegria para os que praticaram o bem. Enquanto vivermos devemos nos perguntar no qual “time” estamos jogando: no time dos que vão sofrer a punição ou no dos que vão ser admitidos à presença perene de Deus, no Paraíso...
No evangelho vemos que, sem a presença de Deus, nenhum reino subsiste, nenhuma de nossas ações prospera. Os acontecimentos deste mundo, sejam eles quais forem, só serão controlados e dominados se tivermos as palavras de Jesus no coração e na prática.
Todas as ações que forem feitas em nome próprio ou sem Deus, estarão condenadas ao fracasso, mais dias ou menos dias. A construção de nossa vida feita sem Deus é como uma estátua que vai ruir ao menor sopro do vento que o maligno produz.
27/11/2024
1ª Leitura: Apocalipse 15,1-4
Salmo Responsorial 97(98)R- Como são grandes e admiráveis vossas obras, ó Senhor e nosso Deus onipotente!
Evangelho Lucas 21,12-19
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Antes que essas coisas aconteçam, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e postos na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. 13Essa será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé. 14Fazei o firme propósito de não planejar com antecedência a própria defesa, 15porque eu vos darei palavras tão acertadas, que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. 16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. E eles matarão alguns de vós. 17Todos vos odiarão por causa do meu nome. 18Mas vós não perdereis um só fio de cabelo da vossa cabeça. 19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!” – Palavra da salvação.
Comentário:
São João nos fala, na primeira leitura, que todas as nações virão prostrar-se diante de Deus, porque suas justas decisões se tornaram manifestas. Quando houver os cataclismas, as catástrofes, os castigos anunciados por Maria em Medjugorje e em outras suas aparições, ou, antes, anunciadas aqui mesmo no Apocalipse, vai ser tarde demais para o arrependimento. É preciso arrepender-se e mudar de vida agora. Não dá para esperar mais. Deus é Senhor de tudo, mas é nosso Pai e nos ama. Ele nunca nos abandonará, mas é preciso buscá-lo, pedir que ele nos carregue nos ombros como o pastor carrega a ovelhinha indefesa.
Quanto ao evangelho, muitos não agem porque não se arriscam, por medo do sofrimento. É preciso se arriscar. Como diz Jesus, ele guiará nossas palavras e nossa vida se nós confiarmos nele. Isso não significa que não vamos sofrer nenhuma contrariedade, mas sim que tudo o que nos acontecer será suportável, porque Deus estará conosco.
É preferível se arriscar e sofrer as consequências do que passar a vida em branco. Eu agradeço a Deus pelas vezes em que me arrisquei, tenham elas dado certo ou não.
28/11/2024
1ª Leitura: Apocalipse 18,1-2.21-23;19,1-3.9a
Salmo Responsorial 99(100)R- São bem-aventurados os que foram convidados para a Ceia Nupcial das bodas do Cordeiro
Evangelho Lucas 21,20-28
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 20“Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. 21Então, os que estiverem na Judeia devem fugir para as montanhas; os que estiverem no meio da cidade devem afastar-se; os que estiverem no campo não entrem na cidade. 22Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que diz as Escrituras. 23Infelizes das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá uma grande calamidade na terra e ira contra este povo. 24Serão mortos pela espada e levados presos para todas as nações, e Jerusalém será pisada pelos infiéis, até que o tempo dos pagãos se complete. 25Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do homem vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando essas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima”. – Palavra da salvação.
Comentário:
O missal cotidiano diz que o trecho de hoje do Apocalipse fala sobre o juízo punitivo de Deus sobre a Roma pagã, perseguidora dos cristãos. Isso deve ser entendido de modo mais global, ou seja, do juízo punitivo de Deus sobre qualquer império político que perseguir a Igreja, em todos os tempos. Babilônia, aqui, é um nome simbólico. As lamentações são inúteis. Entretanto, ouve-se também um hino de louvor à justiça divina. E o autor salienta que os julgamentos de Deus são verdadeiros. Aa liberdade de consciência e de justiça são realidades e bens intocáveis, mesmo feridos pelos impérios absolutos e totalitários.
Em suma: quem está sempre buscando permanecer no caminho certo, indicado pela Igreja, nunca precisará ter medo de nada.
No evangelho, outra página de estilo apocalíptico. Dela, podemos apenas guardar uma coisa: estar sempre vigilante para não cair em pecado. Se a morte chegar, tem que nos encontrar preparados.
29/11/2024
1ª Leitura: Apocalipse 20,1-4.11-21,2
Salmo Responsorial 83(84)R- Eis a tenda de Deus, no meio do povo!
Evangelho Lucas 21, 29-33
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o reino de Deus está perto. 32Em verdade eu vos digo, tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar”. – Palavra da salvação.
Comentário:
O Apocalipse, como praticamente a bíblia toda, traz uma contagem de anos simbólica. Os milênios aqui ditos são simbólicos, não devem ser contados exatamente como estão. Este trecho de hoje mostra o fim da história e o início da eternidade. Mostra a ressurreição final de todos os que aqui viveram, em todos os tempos, desde o primeiro ser humano criado.
Entretanto, o Apocalipse, na verdade, não mostra tanto o final dos tempos, mas os dias de hoje, em que a luta sempre é árdua, entre o bem e o mal. “O triunfo da Igreja perseguida não está na promessa de que tais provas cessarão (e então virá o prêmio), mas na garantia de que estes sofrimentos já são a vitória” (missal cotidiano). Estamos desde já construindo um novo céu e uma nova terra.
No evangelho, continua o estilo apocalíptico, e repito o que eu disse ontem: o principal é estarmos sempre preparados para a morte, que pode vir em qualquer tempo de nossa vida. Mesmo o ateu pode discernir a existência de Deus mediante a beleza e a excelência da criação.
Jesus conclui o trecho de hoje dizendo que suas palavras jamais passarão. Tudo o que existe vai passar, é passageiro, termina, morre, acaba. Só as palavras de Jesus não vão passar. Elas nos podem trazer a vida eterna no paraíso, se cumpridas. E se fraquejarmos no caminho, saibamos que Jesus não vai desistir assim tão fácil de nós. Ele pagou por nós um grande preço, ou seja, a sua própria vida. Ele quer resgatar o que lhe pertence, ou seja, nós todos. Ele nos perdoará, se estivermos dispostos a recomeçar a caminhada para o céu.
26/11/2022
Primeira Leitura: Apocalipse 22,1-7
Salmo Responsorial: 94(95)R- Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!
Evangelho: Lucas 21,34-36
Naquele tempo, Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficar sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Palavra de Salvação.
COMENTÁRIO:
No Apocalipse, o autor usa as imagens comuns daquele tempo para mostrar os bens mais preciosos para eles. Se vivesse atualmente, as imagens seriam diferentes. Numa terra árida, deserta como era o ambiente em que o livro foi escrito e lido, nada é mais desejável do que água fresca e plantas, um oásis. Percebemos, pois, que esse último trecho do Apocalipse se articula com o primeiro trecho do Gênesis, ao início da história. Lá há uma fonte que se polui, aqui um rio (o Espírito) que salva. Lá há uma árvore cujos frutos se corrompem; aqui, uma árvore da vida e da eternidade. Lá, a busca e a corrida do homem pela felicidade. Aqui, a resposta à imensa saudade pela perda da amizade de Deus. Lá, o homem procura a alegria. Aqui, a alegria e o amor penetram no homem (missal cotidiano).
O paraíso é uma realidade: “Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles “.
No evangelho, sempre a mesma admoestação: não é o juízo final que virá agora, mas o nosso julgamento particular, já que todos morreremos talvez bem antes do juízo final. Ninguém sabe quando virá o julgamento final. Só Deus. Cabe a nós estarmos sempre preparados, como se o Juízo Final fosse daqui a uma hora.