QUARTA-6TP

4ª FEIRA DA 6ª SEMANA DA PÁSCOA 

08/05/2024

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Primeira Leitura: Atos 17,15.22-18,1 

Salmo Responsorial: 148 R- Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

Evangelho: João 16,12-15  

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará. 14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso disse que o que ele receberá e vos anunciará é meu”. – Palavra da salvação.

Comentário:

 

Na primeira leitura vemos como Paulo não conseguiu um bom resultado de sua pregação. Ele, mais tarde, atribuiu isso justamente por ter usado a sabedoria humana em detrimento à divina. Em 1ª Coríntios 2,4-5 ele disse que não iria mais pregar baseado na sabedoria dele, mas na divina. 

Acho isso muito bom para nós, que às vezes queremos mostrar toda a nossa sabedoria. A de Deus é mais eficaz. Mantendo-nos humildes em nosso trabalho, seja ele qual for, sempre atribuindo o sucesso à graça de Deus e não unicamente em nossas forças, seremos mais felizes e os resultados serão bem melhores. Quando somos humildes, deixamos Deus agir e tudo acontece de forma mais eficaz. 

No evangelho tenho um comentário muito bom feito pelo Pe. Fernando Cardoso sobre a vinda do Espírito Santo: 

1ª etapa: os ensinamentos de Jesus

2ª etapa: a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos

3ª etapa: a vinda do Espírito Santo sobre nós

4ª etapa: a compreensão que o Espírito Santo dá a todos os que leem com amor e sinceridade a palavra de Deus, depois da explicação que a Igreja dá. 

Em cada época, a cada um de nós, o Espírito Santo age de modo inefável. É preciso acolher sua inspiração e a condução que ele faz de nossa vida, se o permitirmos. 

É o que ocorreu com Paulo. Somente depois que ele deixou que o Espírito Santo agisse é que as coisas começaram a deslanchar. 

Sei de um caso em que dois bancários trabalhavam num mesmo setor, como chefes, um de manhã e outro à tarde. O da tarde tinha seu trabalho mais deslanchado que o da manhã. O segredo era que o da tarde todos os dias oferecia seu trabalho a Deus, e pedia sua proteção no Mosteiro de São Bento, que ficava ao lado do Banco em que trabalhavam. Inclusive ele saía tomar o café da tarde e aproveitava para participar por um pouco de tempo das vésperas que os monges cantavam. 

Peçamos sempre a inspiração do Espírito Santo em todas as nossas atividades, sempre nos colocando humildemente em nosso lugar, que é zero à esquerda, se Deus não nos ajudar.