QUARTA-5TP

4ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA PÁSCOA 

01/05/2024

São José Operário 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Primeira Leitura: Gn 1,26-2,3 (Cl 3,14-15.17.23-24) 

Sl 89 (90) R- Ó Senhor, fazei dar frutos o labor de nossas mãos! 

Evangelho: Mateus 13,54-58 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé. – Palavra da salvação.

 

COMENTÁRIO:

Hoje comemoramos a memória de São José Operário. Para as pessoas que conheciam a Sagrada Família, Jesus era considerado filho dele. Por isso é que o evangelho diz que as pessoas ficavam escandalizadas por causa da sabedoria e dos milagres de Jesus. Na verdade era desculpa para desmerecer os seus milagres, pois o texto lembra que Jesus não fez ali muitos milagres porque eles não tinham fé "no simples carpinteiro filho de José".

José aceitou a gravidez de Maria como obra do Espírito Santo, obra de Deus. Ele acreditou que estava acontecendo algo grandioso ali naquele lugar e naquele tempo. Ele aceitou Maria, Jesus, e o educou como se fosse seu próprio filho.

Foi em 1955 que o Papa Pio XII instituiu a festa de S. José Operário, para dar um protetor aos trabalhadores e  um sentido cristão à já comemorada "festa do trabalho".

Com São José aprendemos a humildade, a aceitação da vontade de Deus, o silêncio tão fértil, coisa que falta tanto nesta altura da humanidade, o zelo paterno, a castidade, a caridade, o amor e fidelidade ao trabalho como elemento principal do equilíbrio humano e uma série de outras virtudes.

Na primeira leitura, do livro do Gênesis, vemos a criação do homem segundo a imagem e semelhança de Deus, e a entrega a ele de toda a criação, para que, pelo trabalho, pudesse desenvolver e adaptar para o seu uso e utilidade tudo o que fosse necessário e obter o sustento de sua vida.

Infelizmente a ganância de Adão e Eva e a ganância de tantos seres humanos atuais causam tantas injustiças sociais. Enquanto muitos têm demais, outros mais numerosos têm de menos, e até a falta do necessário para viver.

Numa outra leitura alternativa, Colossenses 3, 14-24, S. Paulo diz que tudo  o que fizermos por palavras ou obras, seja feito em nome de Jesus e feito de coração, como para o Senhor e não para outras pessoas. Isto nos ensina que não devemos trabalhar por obrigação, com raiva, com revolta. Devemos procurar unir o útil ao agradável e cristianizar o melhor que podemos nosso ambiente de trabalho e o nosso trabalho. Infelizmente nisso também há muitas exceções, por conta da insalubridade de certos trabalhos e a constante e enorme falta de condições não oferecidas pelo empregador, tendo em vista a fome insaciável dos lucros. Fazer tudo por amor, como diz S. Paulo, torna mais alegre nossa vida e nos dá muita paz.