19/02/2025
Leitura: Gênesis 8,6-13.20-22
Salmo 115(116b) R- Oferto ao Senhor um sacrifício de louvor
Evangelho de Marcos 8,22-26
Naquele tempo: 22Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. 23Jesus pegou o cego pela mão, levou-o para fora do povoado, cuspiu nos olhos dele, colocou as mãos sobre ele, e perguntou: 'Estás vendo alguma coisa?' 24O homem levantou os olhos e disse: 'Estou vendo os homens. Eles parecem árvores que andam.' 25Então Jesus colocou de novo as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez. 26Jesus mandou o homem ir para casa, e lhe disse: 'Não entres no povoado!' Palavra da Salvação.
Comentário:
Na primeira leitura vemos o final do dilúvio, em que Noé agradece a Deus por ter salvo sua vida e a de sua família. Deus se agradou pela oferenda e prometeu que não iria mais amaldiçoar a terra por causa dos desmandos humanos. Isso é um dado importante na leitura, pois significa que iria vigorar as leis normais da criação. Diz o missal cotidiano: “O pecado do homem não impedirá a criação de evoluir para atingir o fim que Deus lhe havia designado”.
Na verdade, na Mesopotâmia havia algumas narrações muito antigas sobre o dilúvio em comum com a narração bíblica. A diferença entre elas e a bíblia é que na Mesopotâmia se achava que o dilúvio tinha sido causado apenas pelo capricho dos deuses, ao passo que para a Bíblia, a causa foi um severo castigo da corrupção humana, associado à misericórdia divina.
No evangelho, Jesus dá a entender que a fé pode chegar a nós em etapas, em que cada vez mais nos aprofundamos no relacionamento com Deus. É o caso do cego, que não foi curado num só gesto, mas em etapas.
Em nosso caminhar nesta vida vamos conhecendo aos poucos a grandiosidade da obra da criação e é preciso que nos convençamos de que o pecado não compensa. A luta contra ele nos traz a proteção divina sobre tudo o que diz respeito à nossa caminhada para uma vida feliz no céu. Muitas dessas coisas aprendemos com o tempo, depois de muitas "cabeçadas" dadas na vida.