6ª FEIRA DA 4ª SEMANA COMUM
TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB
Salmo 26 (27) R- O Senhor é minha luz e salvação!
Evangelho de Marcos 6,14-29
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 14o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado muito conhecido. Alguns diziam: “João Batista ressuscitou dos mortos. Por isso os poderes agem nesse homem”. 15Outros diziam: “É Elias”. Outros ainda diziam: “É um profeta como um dos profetas”. 16Ouvindo isso, Herodes disse: “Ele é João Batista. Eu mandei cortar a cabeça dele, mas ele ressuscitou!” 17Herodes tinha mandado prender João e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou, dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. – Palavra da salvação.
Na primeira leitura o autor começa falando sobre o amor fraterno, incluindo principalmente a hospitalidade, os prisioneiros, dos que são maltratados. Depois fala sobre o matrimônio e termina a lista lembrando que o amor ao dinheiro não deve inspirar a nossa conduta. Devemos nos contentar com o que temos, pois o próprio Deus nos disse que nunca nos deixaria nem nos abandonaria. Confirma o fato de que “O Senhor é meu auxílio, jamais temerei; que poderá fazer-me o homem”? Termina o texto dizendo que Jesus Cristo é o mesmo, ontem e hoje e por toda a eternidade. Isso implica que mesmo que tenhamos que fazer mudanças em nossas vidas, há coisas, como os ensinamentos de Jesus, que nunca vão mudar porque encontram o seu fundamento último é Jesus Cristo, que é sempre o mesmo e, assim sendo, sempre vai honrar sua promessa de nos fazer felizes se praticarmos aquilo que ele nos ensinou, que é, aliás, o caminho para nossa felicidade.
No evangelho vemos a bem conhecida história da morte de João Batista. Herodes gostava de João Batista, mas não teve coragem de quebrar um juramento e, assim, salvar a sua vida. Um juramento não pode valer mais do que uma vida.
Ademais, ele quis calar a voz de João, que condenava o seu relacionamento com Herodíades, sua cunhada. O problema é que o esposo dela ainda estava vivo, de modo que tanto Herodes quanto Herodíades cometiam adultério.
Pergunto como aplicar esse fato aos dias de hoje! As pessoas vivem em adultério normalmente, como se Deus não fosse cobrar isso delas. São João Batista morreu pelo fato de ter condenado um adultério, e Jesus não discordou de sua atitude; antes, elogiou-o. Isso quer dizer que ainda hoje Jesus continua a desagradar-se diante dos adultérios. Não podemos simplesmente aceitar como novidade e ficarmos em pecado.
O problema é grave e difícil de resolver. A Igreja tem feito sínodos sobre o assunto, mas na prática a coisa se torna quase insolúvel. O que se faz comumente é apelar para a misericórdia de Deus e estudar caso a caso para ver se o casamento anterior não teria sido nulo, a fim de que se possa casar na Igreja no segundo casamento.