SÁBADO-27TC

Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil

12/10/2024

Solenidade. 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Primeira Leitura: Ester 5,1b-2;7,2b-3

Salmo Responsorial: 44(45)R- Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: que o Rei se encante com vossa beleza!

Evangelho: João 2,1-11 (Bodas de Caná) 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. 2Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. 3Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. 4Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isso a mim? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. 6Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros. 7Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. 8Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram. 9O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. 10O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo o mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora!” 11Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. – Palavra da salvação.

Comentário:

Dia em que comemoramos a aparição de forma insólita da imagem de Maria enegrecida pelas águas do rio Paraíba. 

Ninguém iria fazer uma imagem negra de Maria, pois os negros, na época eram escravos. Foi preciso, pois, uma intervenção divina para que se encontrasse essa imagem que as águas do rio e o tempo enegreceram. 

A devoção a N. Sra. Aparecida foi um impulso formidável para a erradicação da escravatura no Brasil. A princesa Isabel era devota de N. Sra. Aparecida. A imagem começou a ganhar espaço no meio em que se encontrava por causa dos inúmeros milagres que começaram a acontecer.

Mas gostaria de fazer uma ressalva: todas essas invocações que fazemos, como N. Sra. Aparecida, N. Sra. de Fátima, da Salete, de Guadalupe, de Medjugorje, de Garabandal etc., são formas diferentes de chamarmos uma única N. Senhora, a mãe de Jesus. 

Não tem sentido, pois, o que vejo em igrejas por aí, no final do terço, quando se invocam vários desses títulos de Maria como se fossem pessoas diferentes. Isso não deveria ocorrer. Se entra uma pessoa não habituada com isso, dá impressão que são várias “santas” diferentes, ao passo que todos se referem a uma mesma pessoa, Maria. 

A sugestão que dou é que se escolha uma só invocação cada dia, ou, se se quiser lembrar vários títulos de Maria, poder-se-ia falar assim: Ó Maria, que aparecestes em Fátima, em Salete, em Guadalupe, que sois chamada com o título de Aparecida, da Ponte, da Penha, rogai por nós... A ladainha de N. Senhora não entra nesse caso, pois mostra claramente que estamos exaltando as várias qualidades e virtudes de Maria, uma só, a Mãe de Jesus. 

No evangelho, por meio de Maria Jesus começa sua vida pública com algo festivo: transforma 600 litros de água em 600 litros de vinho de primeira qualidade. Além da alegria do banquete celeste, esse vinho também nos lembra que beber um pouquinho não é pecado nem proibido, pode até fazer bem para a saúde (a não ser que a pessoa seja alcoólatra ou não possa beber álcool).  Em Timóteo 5,23 S. Paulo manda Timóteo tomar um pouco de vinho por causa de sua saúde... 

Maria é nossa mãe e nos ama muito, muito mais do que imaginamos. São maravilhosas as palavras que ela transmite nas aparições em Medjugorje. Ela se preocupa muito conosco e quer que todos encontremos Jesus em nossas vidas, e sugere cinco coisas, que chamam lá de “pedrinhas”, como as com que Davi venceu o gigante Golias: Jejum, oração, confissão mensal, missa e bíblia. 

Maria soube como ninguém aceitar a vontade de Deus em sua vida e a dar-se plenamente a Ele. Ninguém amou mais do que Maria. Ela foi o primeiro sacrário aqui na terra. Deus, que a criou, se fez seu filho. Mas ela sempre conservou sua humildade: “ele olhou a insignificância de sua serva...”