SEGUNDA-23TC
2ª FEIRA DA 23 ª SEMANA COMUM
09/09/2024
São Pedro Claver
1ª Leitura: 1 Coríntios5,1-8
Salmo Responsorial 5-R- Na vossa justiça guiai-me, Senhor!
Evangelho Lucas 6,6-11
Aconteceu num dia de sábado que Jesus entrou na sinagoga, e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para verem se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: “Levanta-te, e fica aqui no meio“. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: ”Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca”? Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus.
Comentário:
Na primeira leitura S. Paulo mostra aos coríntios que não podem admitir tranquilamente que um pecador público, no caso um homem que convive maritalmente com a própria madrasta, participe da comunidade como se nada estivesse acontecendo.
Precisamos, sim, acolher os pecadores arrependidos, que buscam a conversão, buscam o recomeço de uma nova vida, mas não podemos compactuar com o pecado, conviver com ele como se não fosse pecado. Amar o pecador, sim, mas abominar o pecado. Essa deve ser a nossa atitude.
No evangelho o que me chama a atenção é o olhar de indignação que Jesus lançou sobre os que ali estavam. É um olhar majestoso, próprio de quem sente compaixão pela cegueira de quem deveria acolher suas palavras.
Que nós não imitemos a cegueira espiritual deles, mas nos envolvamos com o que Jesus nos ensinou, a fim de que possamos participar eternamente das maravilhas a nós prometidas por Jesus se o obedecêssemos. Apegar-se a leis e preceitos de modo exagerado pode nos levar a pecar por falta de amor, de misericórdia.
O amor ao próximo vale mais do que qualquer preceito, quando esse preceito é simples norma de organização. No caso do Evangelho de hoje, Jesus quer mostrar aos mestres da lei e aos fariseus que curar o homem doente era mais importante do que violar ou não a lei do sábado que, aliás, era muito exagerada naquele tempo. O sábado (atualmente o nosso domingo) é um dia de descanso, de lazer, de descontração, e não um dia de tormento.