4ª FEIRA DA 20 ª SEMANA COMUM
TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB
1ª Leitura: Juízes 9,6-15
Salmo Responsorial 20(21)R- Ó Senhor, em vossa força o rei se alegra
Evangelho Mateus 20,1-16ª
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O reino dos céus é como a história do patrão que saiu de madrugada para contratar trabalhadores para a sua vinha. 2Combinou com os trabalhadores uma moeda de prata por dia e os mandou para a vinha. 3Às nove horas da manhã, o patrão saiu de novo, viu outros que estavam na praça, desocupados, 4e lhes disse: ‘Ide também vós para a minha vinha! E eu vos pagarei o que for justo’. 5E eles foram. O patrão saiu de novo ao meio-dia e às três horas da tarde e fez a mesma coisa. 6Saindo outra vez pelas cinco horas da tarde, encontrou outros que estavam na praça e lhes disse: ‘Por que estais aí o dia inteiro desocupados?’ 7Eles responderam: ‘Porque ninguém nos contratou’. O patrão lhes disse: ‘Ide vós também para a minha vinha’. 8Quando chegou a tarde, o patrão disse ao administrador: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes uma diária a todos, começando pelos últimos até os primeiros!’ 9Vieram os que tinham sido contratados às cinco da tarde e cada um recebeu uma moeda de prata. 10Em seguida, vieram os que foram contratados primeiro e pensavam que iam receber mais. Porém cada um deles também recebeu uma moeda de prata. 11Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: 12‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’. 13Então o patrão disse a um deles: ‘Amigo, eu não fui injusto contigo. Não combinamos uma moeda de prata? 14Toma o que é teu e volta para casa! Eu quero dar a este que foi contratado por último o mesmo que dei a ti. 15Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com aquilo que me pertence? Ou estás com inveja, porque estou sendo bom?’ 16Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”. – Palavra da salvação.
Na primeira leitura vemos como o povo quer para si um rei, à maneira dos povos vizinhos pagãos. Até então ele era orientado pelos juízes, em íntima relação com Deus. Na verdade, Deus era o rei deles. Os juízes que existiram foram apenas promotores da vontade de Deus. O ato de se impor um rei ao povo não agradava aos mais sábios, que predisseram o domínio do rei sobre o povo, comparado com um espinheiro, ou seja, que não dá frutos nem folhas (sombra), mas apenas espinhos, que poderiam aqui simbolizar o exercício de um poder absoluto e tirânico, a cobrança de impostos pesados para sustentar o seu luxo e daí pra frente. O reinado de Abimelec não deu certo e ele foi morto. O reinado foi instituído apenas três séculos depois, com o rei Saul.
A mensagem que vejo aqui é que sem Deus nada dá certo. Deus é o nosso criador e nos conhece profundamente. Só ele sabe o que é melhor para nós. Ouvi-lo e segui-lo é uma atitude sábia, que nos leva à vida feliz na eternidade.
No evangelho Jesus ensina a misericórdia de Deus sobre todos nós, independentemente da época de nossa vida que passamos a buscá-lo. Se pedirmos perdão, mesmo que seja pouco antes da morte, ele nos perdoará. Quem se converter no final da vida vai gozar do paraíso tanto quanto aqueles que são cristãos desde que nasceram. A intensidade de felicidade que vamos ter no céu talvez dependa da intensidade de amor e de comunhão que tenhamos aqui na terra. Isso é ideia minha: se eu estiver no céu ao lado de Santa Teresinha, por exemplo, estaremos juntos, mas o céu que ela está vivendo é muito superior ao que estou vivendo, pois seu amor foi muito maior do que o meu o é. Mas isso é apenas conjectura minha.
Para não errarmos na compreensão das palavras de Jesus, tratemos de nos empenhar na própria santificação desde agora, para que não haja problemas mais tarde.