SÁBADO- 19TC

SÁBADO DA 19 ª SEMANA COMUM

17/08/2024 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Ezequiel 18,1-10.13b.30-32 

Salmo Responsorial 50(51)R-Ó Senhor, criai em mim, um coração que seja puro!

Evangelho Mateus 19,13-15

13-  Naquele momento, levaram crianças a Jesus, para que impusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração. Os discípulos, porém, as repreenderam. 14   Jesus disse: “Deixai as crianças, e não as impeçais de virem a mim; porque a pessoas assim é que pertence o Reino dos Céus”. 15  E depois de impor as mãos sobre elas, ele partiu dali.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como Deus instrui o profeta sobre a retribuição ou o castigo para quem faz o bem ou o mal. Havia uma crença de que Deus castigava o erro de uma pessoa até a terceira geração dela. Nessa leitura, ele deixa bem claro que cada um é responsável pelo que faz.

É incrível como muitos têm a mania de achar que algo não dá certo por culpa de outras pessoas.  Poucas são as pessoas que refletem sobre os próprios atos e tenta descobrir se tal coisa não deu certo por causa de seus próprios erros, enganos e desacertos. Há sempre a tendência de se procurar um “bode expiatório”. É sempre preciso se perguntar, ante algo que não deu certo: “Será que foi erro meu? Vou tentar descobrir no quê eu errei...”

Há também a tendência de se culpar Deus, ou o governo, ou a sociedade, ou os “nossos tempos” pelas coisas que não dão certo, ou mesmo o “destino”.  A conversão e a ação de justiça e caridade, diz o missal cotidiano, devem ser pessoais e isso nunca é um ato individualista. É encarar a realidade dos fatos. Se fui eu quem errei, devo refazer a coisa, se puder, ou pedir ajuda. Se foi o outro, em vez de criticá-lo e deixá-lo amargurado, devemos ajuda-lo a sair dessa com dignidade.  Se for necessário haver alguma punição, que seja baseada na justiça verdadeira e na recuperação da pessoa, e não de sua destruição.

No evangelho Jesus procura mostrar ao povo da época que as crianças são importantes na sociedade, pois elas é que vão viver neste mundo e comandá-lo. Naquele tempo a criança era considerada zero à esquerda, ou seja, não tinha valor algum. Jesus tenta ensinar que elas são, sim, importantes na sociedade.

Por extensão, os pequeninos e os marginalizados, os desprezados, tanto como as crianças, devem também serem recebidos na comunidade cristã. Ninguém pode ser desprezado (a), seja adulto, ou criança, ou pobre, ou simples, ou marginalizado etc. Não devemos desprezar ninguém.