SEXTA-19TC

6ª FEIRA DA 19 ª SEMANA COMUM 

16/08/2024

Santo Estêvão da Hungria

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


1ª Leitura: Ezequiel 16,59-63

Salmo Responsorial Is. 12-R- Acalmou-se a vossa ia e, enfim, me consolastes.

Evangelho Mateus 19,3-12

3 Alguns fariseus aproximaram-se de Jesus e, para experimentá-lo, perguntaram: “É permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo?” 4 Ele respondeu: “Nunca lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher 5 e disse: ‘Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois formarão uma só carne’? 6   De modo que eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe”. 7 Perguntaram: “Como então Moisés mandou dar atestado de divórcio e despedir a mulher?” 8   Jesus respondeu: “Moisés permitiu despedir a mulher, por causa da dureza do vosso coração. Mas não foi assim desde o princípio. 9   Ora, eu vos digo: quem despede sua mulher – fora o caso de união ilícita – e se casa com outra, comete adultério”. 10 Os discípulos disseram-lhe: “Se a situação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar-se”. 11   Ele respondeu: “Nem todos são capazes de entender isso, mas só aqueles a quem é concedido. 12   De fato, existem eunucos que nasceram assim do ventre materno; outros foram feitos eunucos por mão humana; outros ainda, tornaram-se eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder entender, entenda”.


COMENTÁRIO:

Deus está sempre pronto a nos perdoar e deseja que tenhamos uma conversão definitiva, um “retorno” a ele sem novas fugas. Daí em diante seremos sinais, instrumentos de seu amor redentor, como aconteceu com tantos santos e santas que eram pecadores e depois se converteram.

Sempre há esperança para nós de ganharmos o paraíso, enquanto vivermos. Só com nossa morte perdemos o poder de escolher, de mudar de vida. Enquanto há vida em nosso corpo, nossa alma poderá se beneficiar do perdão. É preciso, pois, que resolvamos nos converter logo, antes que a vida termine. Depois não dá mais para reclamar. É como a garantia de algo que compramos. Acabou a garantia, acabou o serviço gratuito.

No evangelho Jesus nos lembra que na vida eterna não teremos as mesmas condições materiais que temos aqui. Lá não nos casamos, não somos dados em casamento, não teremos filhos.

Jesus deixa bem clara a importância do matrimônio e a preparação que temos que ter para assumi-lo. O adultério é uma praga que corrói o coração humano e o impede de continuar a vida conjugal com o cônjuge. Para que isso não aconteça, diz o missal cotidiano: “É preciso rejeitar o divórcio e o adultério até à raiz, às aspirações mais íntimas e inconfessáveis, conservando livres o olhar e o coração”.

Lembro que São João Batista morreu por denunciar o adultério de Herodes com Herodíades. Isso é algo sério. Jesus termina seu discurso mostrando que há pessoas que renunciam ao casamento para o bem da comunidade, para estar a serviço das pessoas. Entretanto, esse é um assunto delicado. É preciso para que haja vocação para se deixar o matrimônio em busca de uma vida consagrada ou sacerdotal. Nem todos são chamados a isso. Entretanto, é verdade, que para o casamento é preciso também ter vocação. Nem todos os que contraem matrimônio aceitam essa verdade. Preferem arriscar... e acontece a separação.

Certa vez um casal muito jovem insistiu em se casar. Eu percebi que não ia dar certo e quase implorei para a mãe da moça pedir mais um tempo para eles decidirem ou não pelo casamento. Não houve jeito. Fiz esse casamento um tanto contrariado, pois estava bem claro que não ia dar certo, pelo que eu conhecia tanto dele quanto dela. Não deu outra: separaram-se um mês depois. A mãe veio, chorando, pedir-me desculpas por não ter-me ouvido...

É preciso uma preparação melhor para o casamento. Acho que há muito pega-pega e pouca conversa entre os namorados de hoje. O conhecimento entre ele e ela deve ser muito profundo, pois estão planejando viver a vida toda juntos... Será que todos os que se casam se conhecem mesmo, realmente se aceitam? Estão sabendo os defeitos e as qualidades dos(as) respectivos (as) noivos (as)?