QUINTA-18TC

5ª FEIRA DA 18 ª SEMANA COMUM

08/08/2024

São Domingos

(Dia dos párocos) 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB  

1ª Leitura: Jeremias 31,31-34

Salmo Responsorial 50 (51) Ó Senhor, criai em mim um coração que seja puro! 

Evangelho Mateus 16, 13-23


 Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”. 20Jesus, então, ordenou aos discípulos que não dissessem a ninguém que ele era o Messias. 21Jesus começou a mostrar aos seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” – Palavra da salvação

 

COMENTÁRIO:

 

A primeira leitura mostra o profeta transmitindo aos exilados palavras de conforto provindas de Deus, como uma nova aliança: “imprimirei minha lei em suas entranhas, e hei de inscrevê-la em seu coração; serei seu Deus e eles serão meu povo. (...) Todos me conhecerão(...). Perdoarei sua maldade, e não mais lembrarei o seu pecado”. 

Como dá para perceber, não só nesse texto, mas em toda a bíblia, Deus quer o nosso bem e sempre está pronto a nos perdoar e a nos receber de volta. Nem sempre as pessoas sabem disso, ou creem nisso. É preciso confiar na misericórdia divina. Por pior que tenha sido o nosso pecado, se pedirmos perdão com fé e resolução de não mais pecar, seremos perdoados.

 

No evangelho se subentende que Israel não é mais a planta de Deus (cap. 15,13) e o discípulo deve abandoná-la (15,14). Aliás, o próprio Jesus a abandona (16,4b). Entretanto, não se concebe um Messias sem um povo. Aí entra o trecho de hoje, em que Jesus anuncia esse seu novo povo fundado sobre a Rocha que, depois de sua morte e ressurreição, será Pedro, a quem dá as chaves, já comentadas na primeira leitura (Missal dominical). 

 

Podemos refletir hoje sobre como está nossa confiança na Igreja. Há muitas pessoas e organizações desmerecendo e até negando a legitimidade da eleição do nosso querido Papa Francisco. Eu acho isso um absurdo. Ele foi eleito legitimamente e hoje é ele quem está com o “poder das chaves”. Se aquela mulher que comentei na primeira leitura chegara toda poderosa com as chaves do departamento nas mãos, e eu tive que esperá-la, muito mais devemos respeitar o cargo que o Papa Francisco ocupa na Igreja, rezar por ele e acatar suas palavras. Ele é o nosso Papa, e Jesus dirige a Igreja por meio dele.

 

A segunda parte do Evangelho mostra como os discípulos estavam ignorando a verdadeira missão de Jesus. Seu reino não é desse mundo. Ele não vai tomar o poder de Herodes, o de César. Ele vai, contrariamente a tudo o que os Apóstolos imaginavam, sofrer e morrer, e depois disso vencer a morte, ressuscitar. O reino que Jesus veio trazer à terra é um reino eterno, em que seremos imortais. Quem se opuser a isto, como Pedro o fez no trecho de hoje, está indo por um caminho errado.