SEGUNDA-14TC

2ª FEIRA DA 14ª SEMANA COMUM

08/07/2024 

Sto. Agostinho Zhao Rong e companheiros mártires.

  

1ª Leitura: Oseias 2,16.17b-18.21-22

Salmo Responsorial 144 (145)R- Misericórdia e piedade é o Senhor  

Evangelho Mateus 9,18-26 

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele e disse: “Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela, e ela viverá”. 19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21Ela pensava consigo: “Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada”. 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: “Coragem, filha! A tua fé te salvou”. E a mulher ficou curada a partir daquele instante. 23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada 24e disse: “Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo”. E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região. – Palavra da salvação

 

Comentário:

Nas primeira leitura o que me chama a atenção é a declaração de amor que Deus faz com Israel, mesmo depois de traído (culto a Baal). "Eis que eu a vou seduzir, levando-a à solidão, onde lhe falarei ao coração".

O deserto é o lugar propício para a escuta de Deus, porque não há ruídos externos. No nosso dia a dia nos entupimos de barulho. Talvez seja para não ouvirmos a voz do nosso coração e a de Deus, falando ao nosso coração.

O deserto, o silêncio, é o lugar da conversão, da oração, do entendimento de nós próprios e da grandiosa misericórdia divina.

Quantas vezes nós achamos que Deus está ausente quando isto ou aquilo nos acontece! No entanto, depois que as coisas acabam melhorando justamente por causa daqueles problemas que enfrentamos, achando que estávamos sozinhos, sem Deus, mas no final da história, acabamos envergonhados, percebendo que as coisas deram certo justamente porque Deus estava trabalhando conosco imperceptivelmente. O pior é quando não conseguimos perceber essa presença invisível de Deus em nossa vida! 

Quando vamos entender que Deus nos ama infinitamente, que nos quer por todo o restante da eternidade? 

Como podemos ser tão apegados às coisas visíveis e sentimos tanta dificuldade para acreditarmos nesse amor de Deus por nós? Não seria isso uma adoração moderna aos "Baals" da vida atual?

Ele é sábio e sabe que às vezes precisamos de uns trancos para sermos ligados nele e nessa felicidade que nos quer oferecer. Só que temos que mostrar que confiamos nele. E é aí que precisamos de toda a fé que podemos achar em nosso coração e é nesse ponto, também, que o maligno entra no jogo.

O evangelho mostra essa fé arraigada na verdadeira esperança mostrada pela hemorroíssa e pelo pai da menina falecida. A fé foi tanta que a mulher se curou e a menina simplesmente foi ressuscitada!  E no caso da hemorroíssa, ela fez algo impensável naquele tempo: sendo considerada impura por causa da doença, tocou em Jesus. No caso, ele também ficaria impuro. Mas deu-se o contrário: em vez dele ficar impuro, foi ela quem se purificou.

Se confiarmos plenamente em Deus, se lhe entregarmos nossa vida, tudo vai acontecer de bom, se não agora, mais tarde. Ele nos leva ao deserto e nos fala ao coração. Cabe a nós deixarmos os ruídos do mundo e acolhermos sua palavra. Em todo o tempo de nossa aflição ele vai nos sustentar com sua mão, quer “saibamos que ele está aqui” ou não.