SEGUNDA-FEIRA DA 12ª SEMANA COMUM
Primeira Leitura: Gênesis 12,1-9
Salmo Responsorial 32(33)-R- Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
Naquele tempo Jesus disse: “Não julgueis, e não sereis julgados. 2 Pois com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós. 3 Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho? 4 Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5 Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Na primeira leitura Deus diz a Abraão para deixar a sua pátria e partir para a terra que ele mostrar. Prometeu a Abraão que faria dele um grande povo e o abençoaria muito. Abraão obedece a Deus e parte de sua terra com tudo o que possuía. Seu sobrinho Ló (ou Lot) foi com ele. Deus lhes deu a terra de Canaã.
Abraão confiou plenamente em Deus. O projeto de Deus para a humanidade requer homens e mulheres que, como Abraão, se arrisquem, mesmo sabendo que vão ter que renunciar a coisas que nunca mais vão retomar, como ocorreu com ele. Se a pessoa não se arrisca talvez viva uma vidinha tranquila, sem problemas.... mas eu pergunto: valeu a pena?
Muitos se arriscam e sofrem incompreensões, calúnias, sofrimentos, mas, se não desistirem e confiarem em Deus, suas vidas vão ser refeitas e eles podem viver o restante delas com muita paz no coração e com a certeza de que são amados por Deus e por ele vão ser recompensados com o paraíso.
No evangelho de hoje Jesus nos admoesta que não podemos julgar os outros, pois seremos julgados com os mesmos critérios que usamos para o julgamento.
Muitas vezes nós ficamos tão preocupados em julgar os demais que não vemos os nossos próprios defeitos e vamos acabar nos perdendo para a vida eterna.
Se formos mais humildes e tentarmos perceber os nossos defeitos e corrigirmo-nos para não mais pecar, vamos nos capacitar para ver que muitas coisas que os outros fazem eles o fazem sem tanta consciência de que estão erradas ou fora de lugar ou fora de propósito.
Julgar é diferente de mostrar os erros para que as pessoas se corrijam. Muitos não diferenciam uma coisa da outra. Quando as pessoas subordinadas a nós têm que ser corrigidas, devemos fazer isso, mas com muita caridade e cuidado para não dizer coisas que não existem.
Julgar é achar que as pessoas fazem isto ou aquilo por maldade ou malícia ou má intenção. Nunca sabemos ao certo o que move as pessoas a fazerem isto ou aquilo. Enfim, sempre podemos conversar com as pessoas sobre as atitudes que parecem inconvenientes, mas nunca devemos julgar.