QUINTA-11TC

5ª FEIRA DA 11ª SEMANA COMUM 

20/06/2024 

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

1ª. Leitura – Eclesiástico 48,1-15

Salmo 96(97)R- Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

Evangelho Mateus 6,7-15

 

7  Quando orardes, não useis de muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras. 8 Não sejais como eles, pois o vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes. 9 Vós, portanto, orai assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10 venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, como no céu, assim também na terra. 11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12 Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos que nos devem. 13 E não nos introduzas em tentação, mas livra-nos do Maligno. 14 De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15 Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas. 


Comentário: 

Hoje Jesus fala sobre a oração. Multiplicar as palavras sem refletir no que está dizendo ou achar que por multiplicar as palavras é que Deus vai nos ouvir, é engano nosso. Vejam bem que Jesus não critica uma oração como o Rosário, por exemplo, se o rezarmos bem. No Rosário, enquanto vamos repetindo as Ave-marias como num mantra, vamos refletindo sobre o mistério que estamos rezando. 

O Pai-nosso em Mateus tem sete petições: as 3 primeiras em relação a Deus(vers. 9 e 10) e as quatro últimas em relação a nós mesmos e ao próximo (vers. 11 a 13). É preciso notar também que nós colocamos uma condição para que Deus nos perdoe: que nós perdoemos também aos que nos ofenderam. 

Lembro também que o poder da oração não está nas palavras que dizemos, mas em nossas condições diante de Deus. Se estivermos lutando contra o pecado, qualquer palavra de louvor ou súplica que lhe fizermos será ouvida e aceita. Por mais bonitas que sejam as palavras, se não tivermos um coração humilde e que anseia pela santidade, dificilmente a oração vai fazer efeito. 

Na primeira leitura, contada hoje pelo Eclesiástico, vemos como Elias foi " arrebatado" ao céu e Eliseu ficou em seu lugar. Há muito folclore nessas narrativas. Eliseu foi, realmente, um sucessor de Elias, inclusive nos milagres. Mas o que podemos refletir é que o nosso trabalho, tanto na Igreja como o comum de nossa profissão, vai ser continuado após a nossa morte por outras pessoas e talvez até de modo melhor do que nós temos feito. Por isso, não podemos lidar mesquinhamente com esse assunto: ser sempre humildes para aceitar alguma crítica construtiva a respeito daquilo que fazemos. Outra coisa é não nos compararmos a ninguém. Cada um é o que é diante de Deus.