SEGUNDA-5Q

2ª FEIRA DA 5ª SEMANA DA QUARESMA

18/03/202

São Cirilo de Jerusalém

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Leitura: Daniel 13, 1-9.15-17.19-30.33-62

Salmo Responsorial 22(23)-R- Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.  

Evangelho: João 8, 1-11 


 Naquele tempo: 1Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. 3Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Colocando-a no meio deles, 4disseram a Jesus: 'Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. 5Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?' 6Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: 'Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.' 8E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão. 9E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio do povo. 10Então Jesus se levantou e disse: 'Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou ?' 11Ela respondeu: 'Ninguém, Senhor.' Então Jesus lhe disse: 'Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais.' Palavra da Salvação.

Comentário:

Uma das coisas que me intrigam nesse relato é que, para haver adultério, é necessário que haja duas pessoas. Onde estava o homem desse caso? Sim, porque na lei deles, ambos deveriam ser apedrejados. Faltou aí o senso de justiça. 

Entretanto, Jesus foi além da justiça e agiu com misericórdia. Perdoou a mulher, mas teve que usar a inteligência, a fim de não ser “enquadrado” como não cumpridor das leis. Deixou que os acusadores decidissem, mas com muita maestria: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”.

Jesus conhecia cada um dos que ali estavam e sabia de seus pecados. Talvez o próprio companheiro de adultério da mulher estivesse por ali, disfarçado, também ele com uma pedra na mão. 

Muitas pessoas condenam outras facilmente, esquecendo-se de que também são pecadoras. Se quisermos perdão, também temos que perdoar. 

Mas fica aqui um alerta, alerta esse que o próprio Jesus deu à pecadora: "Eu também não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”. Quem deseja ser perdoado(a), deve se comprometer a não voltar a pecar. A luta deve ser uma constante em nossa vida. 

A primeira leitura fala da casta Suzana, que quase foi apedrejada sem culpa alguma. Há muita gente que é condenada de modo superficial, sem nenhuma prova. Conheci várias pessoas que passaram por isso. É horrível! Mas nós também às vezes temos o ímpeto de querer condenar sem pensar nas consequências funestas que isso pode acarretar. 

A mensagem de hoje poderia ser não julgar para não ser julgado, não condenar para não ser condenado, amar para ser amado. Devemos ter misericórdia, como também queremos que nos tratem com misericórdia.