QUARTA-4Q

4ª FEIRA DA 4ª SEMANA DA QUARESMA

13/03/2024

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Leitura: Isaías 49, 8-15

Salmo Responsorial 144(145)R- Misericórdia e piedade é o Senhor.

Evangelho: João 5, 17-30 

17      Jesus, porém, deu-lhes esta resposta: “Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho”. 18          Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, pois, além de violar o sábado, chamava a Deus de Pai, fazendo-se assim igual a Deus. 19          Jesus então deu-lhes esta resposta: “Em verdade, em verdade, vos digo: o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz igualmente. 20      O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. 21      Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer. 22 Na verdade, o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho o poder de julgar, 23        para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. 24     Em verdade, em verdade, vos digo: quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna e não vai a julgamento, mas passou da morte para a vida. 25     Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora, e é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. 26      Pois assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. 27          Além disso, deu-lhe o poder de julgar, pois ele é o Filho do Homem. 28 Não fiqueis admirados com isso, pois vem a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão sua voz, 29         e sairão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, ressuscitarão para a condenação. 30     Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Julgo segundo o que eu escuto, e o meu julgamento é justo, porque procuro fazer não a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

COMENTÁRIO:

Na primeira leitura vemos como que uma carta de amor de Deus para com o seu povo. Ele nunca nos abandona, e quer que sejamos felizes. Ele nos aponta o caminho da felicidade, mas muitas vezes não o seguimos e culpamos a ele. Eis um trecho: “Disse Sião: “O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim!” Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti”. 

Que linda declaração de amor! Deus nos ama com um amor infinito. E tudo o que ele quer é que nós sigamos suas orientações. Foi ele quem nos criou e sabe de que modo “funcionamos”. Suas orientações são o único caminho que nos leva à felicidade. E para sermos felizes, basta que nos coloquemos diante dele e deixemos que ele nos guie e nos corrija quando necessário. 

No evangelho podemos resumir com o versículo 21: “Assim como o Pai ressuscita os mortos e lhes dá a vida, o Filho também dá a vida a quem ele quer”. Ora, o Pai quer ressuscitar a todos nós, não para a perdição e para o inferno, mas para o paraíso. O problema somos nós mesmos: quando recusamos viver como ele nos orientou por meio de Jesus, nós mesmos nos distanciamos da felicidade eterna. Ele não pode nos obrigar a estarmos com ele. Se existe aí uma separação, esta não é provocada por Deus, mas por nós mesmos. Essa é a tristeza da coisa. Para não incorrermos nisso, aceitemos a ação de Deus em nossa vida. Ele permite coisas de que não gostamos, mas tudo o que ele permite é para que possamos estar com ele no paraíso.