TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB
1ª Leitura: Eclesiastes 1,2;2,21-23
Salmo Responsorial 89(90)- Vós fostes, ó Senhor, um refúgio para nós
2ª Leitura: Colossenses 3,1-5.9-11
Evangelho de Lucas 12,13-21
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 13alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que reparta a herança comigo”. 14Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de julgar ou de dividir vossos bens?” 15E disse-lhes: “Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de bens”. 16E contou-lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande colheita. 17Ele pensava consigo mesmo: ‘O que vou fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Então resolveu: ‘Já sei o que fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo, junto com os meus bens. 19Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ 20Mas Deus lhe disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem ficará o que tu acumulaste?’ 21Assim acontece com quem ajunta tesouros para si mesmo, mas não é rico diante de Deus”. – Palavra da salvação
O assunto de hoje é a falsa segurança que colocamos nos bens materiais. Acredito que todos sabem disso, mas assim mesmo continuam a basear suas vidas em coisas materiais. As três leituras falam disso hoje.
Na primeira leitura vemos aquela famosa frase: “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.” O que pode fazer o homem com toda a riqueza que ele acumula? Ele vai morrer e deixar tudo na terra.
Na segunda leitura vemos o que S. Paulo disse: “se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres”.
No evangelho de hoje Jesus conta a parábola do lavrador ambicioso, que ia morrer naquele mesmo dia em que planejava aumentar seus celeiros para guardar mais trigo.
O que mais eu poderia lhes dizer? Cada um examine sua vida e veja como está lidando com o que tem. É muito importante viver de modo modesto e ajudar a quem necessita. A quem partilha nunca faltará nada, garante Jesus no Sermão da Montanha. E isso é pura verdade. Muitas pessoas o atestam e dão testemunho disso. O dinheiro e os bens são uma grande ilusão. Ajudam a vida, mas devem ser apenas isso: Ajudar-nos a viver melhor, mas sempre com o coração ligado em Deus e no seu Reino, a única coisa existente verdadeiramente real e que vale a pena.
REFLEXÃO VICENTINA DO LIVRO MISSÕES: SABER CUIDAR
Páginas 142 a 146 – 31 de julho de 2022 – 18º domingo comum
Como vicentinos, sabemos que Deus tem um plano para cada um de nós. É necessário que rezemos para conhecer esse plano e vivamos para alcançá-lo. Sinceramente, não conheço ninguém que seja infeliz porque põe seus planos e ações nas mãos de Deus, mas conheço muitas pessoas que não são felizes porque confiam apenas no que a “terra” valoriza.
Nesta vida há três formas principais de mortificação: 1- não vivermos na vaidade; 2- é importante mantermos nossa mente nas coisas de Deus; 3- devemos dar à riqueza material o seu valor real, não sendo, portanto, avarentos.
Devemos dar aos bens o seu devido valor e não ser avarentos. Essa terceira forma de viver a mortificação é complementar às duas anteriores. Jesus é muito rigoroso com os ricos! E os apóstolos, na Igreja primitiva, recolhiam os bens dos que possuíam em benefício da comunidade, especialmente dos que não possuíam e passavam necessidade. A questão é muito simples: todos os bens devem ser destinados à coletividade e ao bem comum. Não devem estar a serviço do enriquecimento de alguns, mas favorecerem o bem de todos, salvando da morte os pobres e resgatando-lhes a dignidade perdida.
Jesus pede que não queiramos o que não nos pertente, nem que sejamos escravos do ter sem medida. Quando alguém pergunta a ele, no trecho de hoje do Evangelho: “Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança comigo”, ele reage duramente. E conta a parábola do homem rico que pensava que o seu dinheiro o faria imortal. Nem os bens materiais nem a vida nos pertencem: ambos são dons de Deus.
Não devemos nos escravizar a nada: nem ao trabalho, nem ao estudo, nem às nossas capacidades. Devemos permanecer livres, a fim de podermos melhor construir a justiça onde trabalhamos, vivemos, estudamos.
1- Qual é a mensagem dos textos bíblicos de hoje para a nossa vida e a nossa missão vicentina?
2- Onde depositamos nossa confiança: nos bens materiais ou em Deus?
3- Somos solidários aos pobres, ofertando a eles o que temos e o que somos?