462) DDS - PROTEÇÃO AUDITIVA

DDS Proteção Auditiva

Caso esteja em busca de um DDS sobre proteção auditiva para instruir e conscientizar os funcionários da empresa, essa é a opção perfeita!

SUMÁRIO

O que é considerado Ruído?

O que fazer para promover a proteção auditiva?

Como utilizar o protetor auricular tipo plug

Como utilizar o protetor auricular de espuma moldável

Como utilizar o protetor auricular abafador

Principais danos causados devido a exposição ao ruído

Treinamento feito na obra pelo Dr. Rodrigo Saldanha, médico Coordenador e Eng. Geotécnico e de Segurança do Trabalho Luiz Antonio Naresi Júnior sobre proteção auditiva e a importânica da utilização do EPI. 

Data 01/07/2024 

Conteúdo Programático

Introdução;

Porque proteção auditiva;

Como funciona o aparelho auditivo;

Doenças do sistema auditivo relacionadas ao trabalho;

O sistema auditivo, o som, o ruído e as interações com os indivíduos;

Efeitos do ruído à saúde do Exposto, PAIR trauma acústica, mudança temporária do limiar auditivo;

Agentes químicos e perdas da audição;

Medidas de controle do ruído;

Avaliação da exposição, seleção e distribuição dos protetores auditivos, limpeza, higienização, armazenamento e manutenção;

Exposição e contaminação, os limites de tolerância para o ruído;

Os testes audiométricos;

Recomendações para a seleção e uso;

Colocação e uso corretos;

Indicações de manutenção e higienização;

Qualidade da vedação dos protetores tipo inserção moldável e pré-moldados;

Durabilidade e substituição dos protetores auditivos.

O que é considerado Ruído?

A audição é um dos sentidos mais utilizados durante a vida em diversos ambientes e inclusive no trabalho, onde devido aos processos operacionais, o uso de máquinas e ferramentas pode ocorrer a exposição excessiva ao ruído.

E com isso, resultar problemas à saúde dos funcionários, desde desconfortos físicos, dores de cabeça ou ouvidos, até a perda parcial ou total da audição, destacando a necessidade de estabelecer alguns cuidados.


Ruído Ambiental: um risco à qualidade de vida

O ruído é definido como um som indesejável, sendo normalmente o resultado de atividades humanas do dia-a-dia.

A diferença entre som e ruído reside apenas na percepção subjetiva das pessoas, pois ambos constituem o mesmo fenômeno físico. O cérebro reconhece as vibrações sonoras que entram pelo ouvido e dão ao ser humano uma sensação que caracteriza a percepção daquele som ou ruído, que pode ser variável, envolvendo o fator psicológico de tolerância de cada indivíduo.

A poluição sonora ocorre quando num determinado ambiente o som altera a condição normal de audição. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) a poluição sonora hoje é considerada como o terceiro problema ambiental que afeta o maior número de pessoas no mundo, atrás apenas da poluição do ar e da água.

Os efeitos negativos relacionados ao ruído incluem perda da audição, estresse, irritabilidade, hipertensão, perda do sono, fadiga, falta de concentração, distúrbios digestivos, baixa produtividade, deterioração da qualidade de vida e redução de oportunidades de repouso.

É fundamental ressaltar que o nível do ruído não é o único parâmetro que causa problemas a saúde humana, o tempo ao qual a pessoa fica exposta a esse ruído também é relevante. A Norma Regulamentadora 15 dispõe sobre atividades e operações insalubres, onde descreve as atividades e operacionais e agentes insalubres, incluindo o ruído, e define seus limites de tolerância. Tal norma trás recomendações, onde os tempos máximos de exposição diária permissíveis para variados níveis de ruído contínuos.

Uma excelente maneira de se combater o poluente – ruído – é através de leis, normas, e em especial do desenvolvimento da consciência dos envolvidos – população, governo, políticos, juristas, trabalhadores – na solução do problema. A maior dificuldade é que a própria população afetada tem dificuldade na avaliação deste poluente, por desconhecimento sobre o assunto e por sua passividade frente a poluição sonora, dizendo-se “acostumada ao barulho”.

No que diz respeito às legislações relacionadas ao ruído, na esfera federal, a Resolução CONAMA 01/90 dispõe sobre os critérios de padrão da emissão de ruídos em diferente locais e suas respectivas fontes de ruído. Esta resolução relaciona a normas a serem seguidas para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de reclamações, e ainda dispõem sobre os métodos para a medição do ruído.

Atualmente, as grandes cidades brasileiras, em sua maioria, possuem leis quanto ao ruído que visam regulamentar a questão da poluição sonora urbana. Seguindo nesta linha, o município de Campo Grande/MS possui a Lei n° 2909/92, sendo que esta posteriormente alterada pela Lei Complementar n° 8/96. Tal Lei fixa os níveis máximos de ruído permitidos em diversas áreas da cidade de Campo Grande de acordo com as respectivas atividades (comercial, residencial, industrial, etc), bem como as penalidades a serem aplicadas caso os níveis máximos permitidos não sejam respeitados.

Visto os prejuízos que o ruído acarreta à saúde humana e que pode ser considerado uma contravenção penal, este tipo de poluição deve ser considerada e devidamente avaliada. Esta avaliação se aplica a todas as empresas geradoras de poluição sonora ou que: busquem a licenciamento ambiental; obrigadas por força de legislação específica; para processos de certificação ambiental (ISO 14000 e outros); ou para subsidiar programas de melhoria ambiental.

O que fazer para promover a proteção auditiva?

Para promover a proteção auditiva, as empresas ou instituições devem estabelecer medidas administrativas ou de organização do trabalho, bem como a utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) e EPI, proporcionando a correta atenuação ou controle da exposição ao ruído.

Vale destacar, a realização dos exames médicos do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) são fundamentais para a prevenção e o acompanhamento da saúde dos trabalhadores.

Além disso, o estabelecimento de medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) aos empregados e empregadores.

Como utilizar o protetor auricular tipo plug

A forma de inserção do protetor auricular tipo plug no ouvido é fundamental para a sua eficácia, por isso, para colocá-lo corretamente siga as seguintes instruções:

Passe a mão por cima da cabeça de forma diagonal, onde a mão direita deverá alcançar a orelha esquerda e vice-versa;

Ao passar a mão pela cabeça, puxe a ponta da orelha para trás a fim de abrir mais o canal auditivo;

Abra um pouco a boca para regular a pressão interna do ouvido; e

Insira o protetor auricular tipo plug no ouvido.

Além disso, antes de usar é preciso ter atenção com a higiene, começando pela limpeza das mãos e do próprio equipamento.

Uma dica para evitar contaminações auditivas é fazer um nó em um dos lados no cordão do protetor auricular e sempre utilizar no mesmo lado, evitando assim a contaminação do outro ouvido.

Como utilizar o protetor auricular de espuma moldável

O protetor de espuma moldável, também é muito utilizado visto o seu conforto e eficácia na proteção contra a exposição ao ruído.

Antes de colocá-lo, lave corretamente as mãos para evitar contaminações. Porém, não lave os protetores auditivos de espuma, se os protetores estiverem sujos, substitua por um novo par.

Após isso, basta seguir com a seguintes instruções:

Com as mãos limpas, aperte e role o protetor entre os dedos até obter o melhor diâmetro possível;

Para facilitar, puxe a orelha para cima e para trás, como na instrução do tipo plug, citado anteriormente; e

Abra um pouco a boca para regular a pressão interna do ouvido, pois o acúmulo de pressão pode atrapalhar o uso;

Insira o protetor no canal auditivo.

Destacando que este protetor auricular de espuma é descartável, o que requer a necessidade para correta eliminação após o uso. Assim como, a aquisição de um novo sempre que for iniciada a jornada de trabalho.

Como utilizar o protetor auricular abafador

Os protetores do tipo abafador são bastante utilizados visto o seu conforto e eficiência na proteção contra a exposição ao ruído. Porém, para sua eficácia é necessário utilizá-lo corretamente, de acordo com a seguinte recomendação:

Caso haja adornos, como brincos e piercings devem ser retirados e se houver cabelos longos, prenda-os para evitar que fios fiquem na região da orelha e se houver barba, recomenda-se que seja feita prevenindo que pelos atrapalhem a correta vedação;

Com as mãos limpas, alinhe a altura das conchas de acordo com a haste que deve passar no topo da cabeça, conforme a posição das orelhas e coloque-o de maneira confortável;

Verifique se a vedação está satisfatória, sem qualquer interferência de cabelo, pelos, haste de óculos e outros; e

Lembre-se que as orelhas devem ficar acomodadas dentro do círculo da concha e nunca pressionadas, visto que isso impactará na correta vedação.

Com o cuidado de sempre manter as conchas em posição vertical, evitando deixar a haste no pescoço ou qualquer outra posição que inviabilize a atenuação e ocasione danos à saúde dos trabalhadores. Além disso, o transporte desse EPI não deve ser feito preso no tronco, ombros, pernas e outros locais que geram danos ao produto.

A forma de limpeza e manutenção do abafador também é importante e necessária, com o seguinte procedimento:

Com as mãos limpas, desencaixe as almofadas do abafador;

Retire a espuma pré-moldada da concha, com cuidado para evitar danos ao material;

Utilize um pano limpo e previamente umedecido com água e sabão neutro para passar na parte interna da concha;

Faça o mesmo com a espuma, porém, com o pano mais seco, evitando encharcar o material, lembrado que a espuma interna não deve ser lavada, onde jatos de ar de baixa pressão também podem ser utilizados;

Lave as hastes e parte externa do abafador com água corrente e sabão, onde álcool e substâncias corrosivas não devem ser utilizadas;

Deixe-o secar à sombra naturalmente; e

Após limpeza e secagem completa, a montagem do equipamento poderá ser feita e estará pronto para uso.

Com o lembrete de que se o equipamento apresentar qualquer desgaste que impossibilite a sua funcionalidade ou contenha partes sujas que não possam ser limpas ou substituídas, o mesmo deve ser inutilizado, requerendo troca imediata.

Principais danos causados devido a exposição ao ruído

Quando as medidas de proteção são inadequadas ou ineficazes, a perda auditiva pode ocorrer e isso traz uma série de problemas para o cotidiano do indivíduo, como:

Dificuldade de comunicação;

Irritabilidade e stress;

Problemas para a concentração;

Insônia;

Dores de cabeça frequentes;

Hipertensão;

Redução da produtividade;

Má digestão e desconfortos gástricos.

Por isso, não descuide e preze pela audição no exercício da função. Pois, a perda auditiva impactará em diversos setores, reduzindo a qualidade de vida e o bem-estar, portanto vamos manter o cuidado com esse sentido tão importante, não é mesmo?

Assim, lembre-se da necessidade de sempre usar corretamente os equipamentos de proteção e de repassar as informações aprendidas neste DDS para os outros colegas de trabalho. Visto que, isso irá promover uma melhor segurança e saúde aos trabalhadores.