394) O que é e como evitar riscos no transporte de container e carga

PLANO DE RIGGING SENDO CONFIRMADO NA PRÁTICA

IÇAMENTO DE GRANDES ESTRUTURAS POR MEIO DO PLANO RIGGING 

A SIMPLICIDADE DE FAZER O CERTO 

 Luiz Antonio Naresi – Junior – naresi@naresi.com

LAN CONSULTORIA

Resumo

Este estudo teve por objetivo determinar e analisar o processo de levantamento (içamento) e transporte de Cargas e Descarga em Caminhão Munck para a Progeo Engenharia Ltda, utilizando o Plano de Rigging como ferramenta de acompanhamento e controle desta operação, garantindo maior eficiência, organização dos recursos e segurança dos envolvidos. Para isso, foi coletado dados referentes ao local e o equipamento a ser içado, realizando cálculos referente a variáveis prescritas em normas regulamentadoras pela experiência pessoal de 30 anos trabalhando com guindastes em obras pesadas de engenharia e experiencia pessoal. Os resultados obtidos foi que qualquer operação de movimentação de carga sem um plano de Rigging bem executado, pode gerar atrasos e riscos no içamento, podendo ocorrer quedas dos materiais içados ou até mesmo o tombamento do guindaste, e com isso, danos materiais e até mesmo fatalidades, inclusive processo civil e criminal. Nesse caso, cabe à empresa sempre que for um içamento de alto risco, solicitar que um planejamento seja feito por profissionais qualificados, sanando assim uma grande porcentagem de risco na atividade a ser executada.

Palavras-Chave: Plano de Rigging. Içamento e movimentação de carga. Plano de movimentação de carga.

1. Introdução

Nas obras de serviços especiais, as atividades de transporte e levantamento de cargas pesadas fazem parte das operações de rotina relacionadas a manutenção e montagem de equipamentos, que se encontram em locais de difícil acesso ou possuem um peso extremamente elevado. Tão importantes quanto rigorosas, essas atividades necessitam de muita atenção e experiência por parte da equipe que as planeja e executa, tornando um processo confiável, eficiente e seguro.

Em todas as empresas especializaas de engenharia os processos e instalações de transporte de carga tem se tornado algo fundamental para o sucesso de suas operações, resultando em maiores ganhos de produtividade. Com o aumento da integralização e entrelaçamento dos processos de produção, os métodos e sistemas de movimentação de cargas, externas e internas das indústrias, devem atuar de forma eficiente, pois são decisivos ao cumprimento de prazos, regulamentações e melhorias estratégicas da empresa.

O presente trabalho surge do processo de levantamento (içamento) e transporte de qualquer equipamento da empresa que possa ter risco na sua carga e descarga comprovando ao nosso cliente a máxima de segurança, preocupado com a carga e descarga de nossos equipamentos especializados como perfuratrizes, container, sondas, em nossa sede em Belo Horizonte e com a distribuição por todo o Brasil. O local de destino geralmentes obras emeregenciais onde o cliente precisa da obra  ecom isso a exigencia de segurança torna-se um fator limitador face a necessidade da exigencia normativa ou as veses simplismente interna do cliente. O exemplo que iremos fazer agora é com equipamentos e materiais foi o deposito de materiais do próprio complexo, devido a localização do rotor e seu dimensionamento, tal como peso, foi necessário definir métodos que garantisse maior eficiência e segurança na operação, utilizando-se ainda da ferramenta de análise Plano de Rigging.

O Plano de Rigging tem a finalidade de planejar e simular a operação de movimentação por meio do estudo da carga a ser içada, equipamento e acessórios a serem utilizados, condições de solo e influencias que podem influenciar na operação a ser realizada.

A necessidade da adoção desse procedimento, não se dá pelo fato de que o Plano de Rigging não ser uma exigência legal nas empresas, mas por apontar um auto de infração a falta do mesmo em pericias realizadas em acidentes de trabalho, no que tange o levantamento de cargas podem virar um transtorno.

Neste ideia é determinar e analisar o processo de levantamento (içamento) e transporte de carga até 1.500 kg de equipamentos de sondagem, sondas, hastes e container utilizando o mesmo plano até esta máxima carga fixada sem ter necessariamente que fazer vários planos desde que seja seguido estritamente na obra ciente do lema “O papel das coisas e as coisas de papel” , numa alusão a um querido e crítico amigo que sempre alerta, não e porque fazemos o plano de rigging que necessáriamente ele ser´´a utilizado, desde que a equipe da obra além dos responsáveis de fato e de direito sejão treiandos e participem ativamente da participação do plano seja engenheiros, gestores, técnicos de segurança, encarregados, líderes de frente das atividades, desde o planejamento até a realização do determinado no Plano de Rigging.

O Plano de Rigging como ferramenta de acompanhamento e controle desta operação, garantindo maior eficiência, organização dos recursos e segurança dos envolvidos com a finalidade de fato de dar garantia de segurança e proporcionar um controle de qualidade no içamento e permitir uma fiscalização mais eficiente por parte dos clientes.

2. Revisão Bibliográfica

A revisão bibliográfica abordada neste Trabalho de rotina na Progeo Engenharia tem o objetivo de apresentar uma conceitualização da operação de içamento e movimentação de cargas, assim como seu planejamento e normas necessárias para execução de fato não somente no carregamento da sede da empresa como até o campo nas frentes de serviços de nossas obras. Os conhecimentos mais específicos quanto aos métodos utilizados para elaboração do plano de Rigging será abordado em conjunto com o tópico que apresenta os procedimentos metodológicos utilizados e formas de treinamentos e aprendizados adquiridos e proficiência ao longo dos anos.

2.1 A Movimentação de materiais e equipamentos

A Progeo tem buscado constantemente adotar procedimentos que visam a sua melhor eficiência e reduzir seus custos operacionais, uma destas abordagens é o encurtamento das distancias percorridas dos equipamentos transportados da sede até a execução dos serviços especializados de engenharia, ou mesmo de equipamentos que necessitam de tratamento especial, tanto pelo seu valor monetário, uma descarga acidental pode ocasioanr prejuízos tanto materiais quanto pessoais, por isso o cuidado em coletar corretamente nos locais com sistemas adequados de carregamento ou acondicionamento das cargas, necessitando assim de um sistema eficiente de movimentação entre a carga a frente de serviço (Naresi 2022).

Ao realizar a análise dos sistemas e métodos de movimentação e armazenagem de materiais ou equipamento em uma empresa, pode influenciar diretamente na sua estrutura de custos, assim como, proporcionar operações mais eficientes e seguras minimizando os riscos.

A tendencia com a  mecanização dos processos de movimentação de cargas, nclusive de forma remota hoje já é um progresso real de investimento que  estimulou a Progeo no progresso de aquisição de equipamentos remotos de controle remoto com operado atuando de forma visual eficiente e fora da área de risco durante o processo de carga e descarga dos equipamentos e  corrobora que as atividades contidas a um processo produtivo estão ligadas a uma movimentação de cargas interna e externa ou seja, de forma continua ou descontinua, acaba

influenciando diretamente nos resultados da empresa, visto que a não aceitação de um plano de rigging pelo cliente acaba tornando custos parados não previstos em nossos contratos.

A crescente especialidade na movimentação de cargas nos diversos locais da empresa, sendo elas dos setores de mineração, portuário, comércio e da indústria, tem aumentado direta ou indiretamente o crescimento econômico, isso por exigir equipamentos e métodos cada vez mais específicos com grande aplicação dos conhecimentos relacionados com as engenharias (NASSAR, 2004).

2.2 Planejamento de içamento e transporte de carga

O plano de movimentação de carga, ou também conhecido como Plano de Rigging, consiste em planejamento formal da movimentação de cargas utilizando-se de guindastes móveis ou fixo, buscando otimizar os recursos aplicados na operação (acessórios, equipamentos.e outros) evitando acidentes e perdas de tempo. Este documento indica por meio de cálculos do estudo da carga a ser içada (levantada), dos acessórios, das máquinas, condições do solo e vento, as melhores soluções para realizar o içamento e transporte de forma segura e eficiente (NR 12, 2010).

O Plano de Rigging deve ser elaborado antes do início da operação de içamento e transporte do material ou equipamento, seguindo normas vigentes para tal atividade. Este documento deve apresentar diagramas e desenhos relativos à carga que será transportada; programação de embarque; detalhamento do embarque (sua programação); cronograma; com o propósito de orientar toda a operação, seja ela de armazenagem, fabricação, entre outros (BELLEI, 2008).

Para a concepção do plano, é necessário considerar as características do ambiente de onde a carga será recolhido e local a ser armazenado, isso envolve as características do edifício, condições locais, mão de obra envolvida, equipamentos disponíveis. Já os prazos das atividades como montagem, desmontagem, transporte do equipamento se faz necessário analisar, descriminado ainda os custos da operação (PINHO, 2005).

Comumente algumas organizações apresentam dificuldades em definir parâmetros e critérios técnicos que justifique a necessidade da elaboração do plano de Rigging, por existir diversos métodos para realização dos índices e diagramas necessários, assim como a natureza da operação, podendo ser desde uma simples descarga até uma operação mais complexa, elevando o seu grau de risco e contemplando mais guindastes.

Em tese, o plano de Riggind pode ser elaborado para qualquer tipo de serviço que necessita o içamento de carga.

Independente dos métodos, o planejamento de içamento e transporte de carga deve incluir uma memória de cálculo, demonstrativos das fases de içamento, estabelecimento de indicadores críticas e folgas previstas relacionadas as interferências.

Para esse estudo, foram considerados os seguintes itens para elaboração do plano:

Configuração do guindaste;

Capacidade bruta do guindaste;

Velocidade do vento;

Força na sapata;

Porcentagem de utilização do guindaste;

Layout completo da operação;

Relação de eslingas e acessórios;

Identificação do guindaste.

2.3 Plano de Movimentação e suas normas legais

Atualmente, não existe no Brasil uma NR (Norma reguladora) voltada somente para as atividades de movimentação e transporte de cargas, definindo atribuições e responsabilidades para as empresas e profissionais responsáveis (envolvidos) em tais operações.

Portanto, é de responsabilidade da empresa ou terceirizada que fará a execução das operações de içamento e transporte o fornecimento de plataformas, escadas e acesso, cabos guia, corrimãos, passarelas e demais EPIs (equipamentos de proteção individual) para a equipe, conforme previsto em normas reguladoras (MIT, 2019). São elas:

Normas Regulamentadoras:

o NR-6: Equipamento de proteção individual – EPI;

o NR-11: Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais;

o NR-12: Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos;

o NR-18: Condições e meio ambiente de trabalho da indústria e comércio;

o NR-35: Trabalho em altura;

Normas Petrobras:

o N-1965: Movimentação de carga com guindaste terrestre;

o N-2869: Segurança em movimentação de cargas;

Norma Transpetro:

o PE-3N0-00209: Segurança em Serviço de Movimentação e Elevação de Cargas;

Normas Brasileiras:

o NBR ISSO 4309: Guindastes-Cabo de Aço – Critério de Inspeção e Descarte;

o NBR 8400 – Cálculo de equipamento para levantamento e movimentação de carga.

Conforme Souza (2018, pág. 33), para a realização de operações iguais a esta, é exigido:

A análise de risco das atividades, além do planejamento, organização e a execução, considerando como trabalho em altura, toda atividade executada acima de 2,00m do nível inferior onde haja risco de queda, devendo o trabalhador utilizar EPI tais como cinto de segurança tipo paraquedista, dotado de dispositivo para conexão em sistema de ancoragem, talabarte e o dispositivo trava-quedas fixados acima do nível da cintura do trabalhador.

A análise de risco deve considerar:

Local em que os serviços serão executados e seu entorno;

Isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

Os sistemas de pontos de ancoragem;

As condições meteorológicas adversas;

Risco de queda de materiais e ferramentas;

As condições impeditivas;

Os riscos adicionais;

As situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros;

A forma de supervisão.

Quanto a possíveis acidentes, a norma que orienta as empresas, assim como cuidados preventivos relacionados à segurança, para esse tipo de operação é a NR 11 (MIT, 2019) – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

3. Procedimento Metodológico

Os métodos adotados nesse Trabalho de Conclusão de Curso, consiste em determinar parâmetros necessários para execução do içamento e transporte de um rotor localizado na Termoelétrica Jorge Lacerda, mais especificadamente na UTLC.

Configurando-se em um estudo de caso, que conforme Yin (2001), trata-se de uma estratégia de pesquisa que compreende em um método que abrange tudo em abordagens especificas de coletas e análise de dados. Este método é útil quando o fenômeno a ser estudado é amplo e complexo e não pode ser estudado fora do contexto onde ocorre naturalmente, visto que objetiva conhecer detalhadamente o processo de transportes e içamentos dos equipamentos envolvidos.


3.1 Coleta e Tratamento dos Dados


Os dados para o planejamento e execução do içamento e transporte do rotor do gerador foi considerado da sala de máquinas da Unidade 7 – UTLC e transportado até ao deposito de materiais do complexo Termelétrico Jorge Lacerda, situada na Avenida Paulo Santos Melo, nº 555, Centro do Município de Capivari de Baixo/SC.

Os dados coletados foram utilizados para determinar informações necessárias para a operação de içamento e transporte, considerando os seguintes componentes:

O equipamento içamento;

Manilhas, esticadores e lingas sendo usados;

O peso de carga;

Centro de gravidade da levantada;

Capacidade do guindaste e gráficos de equipamento;

Altura, largura e comprimento da carga;

Condições atmosféricas e ambientais quando o processo for realizado;

Bordas e cantos da carga. É importante avaliar toda a geometria do item sendo levantado;

Ângulos das lingadas;

Fator de ângulo de carga;

Capacidade de carga do piso;

Como ajustar a carga usando boas práticas de rigging;

Identificação e certificação dos pontos de fixação e carga possam suportar por força criada pela fixação de lingadas;

Segurança da zona de trabalho;

Analise dos riscos, determinando as consequências resultantes de colisão, perturbação ou queda da carga.

3.1.1 Definição das lingas

As lingas se trata de um conjunto composto por cabos, correntes, cintas e acessórios. É o que promove a interligação entre o equipamento de movimentação de carga e a própria carga (PETROBRAS N-2170).

Para o cálculo das lingas foi utilizado o peso total e parcial máximo da carga, sendo acrescido os acessórios para o levantamento, como os moitões, balanças e manilhas que estão suspenso na ponta da lança de uma máquina durante uma operação de movimentação de carga (PETROBRAS N-1965).

Calculando-se:

Cabo=peso especifico do cabo X comprimento do cabo X número de passada

Cinta= peso da cinta X quantidade de cintas

Peso moitão= tabela do guindaste

Peso total das lingas= cabo + cinta + moitão


Executando estes cálculos, foi possível determinar o peso total das lingas que foram considerados para determinar o peso total do içamento.

3.1.2 Taxa de utilização do guindaste


Com os dados colhidos no local onde a operação foi realizada como a altura que a lança do guindaste teve que abrir, assim como seu raio, seguindo a NBR-1965, foi necessário realizar

 

uma relação entre a distância entre o centro de giro da máquina com a vertical que passa pela ponta da lança e o centro da massa de carga suspensa.

Com isso, se utilizou da Tabela 1, que demonstrar às operações a capacidade estimada de içamento, determinando assim, a taxa de utilização da capacidade máxima de operação (TAMASAUSKAS, 2000).

Tabela 1 – Tabela de carga de içamento da lança principal (Kg)

RAIO (m) Patolas totalmente estendidas, operação na traseira e nos lados

RAIO (m) 11.8 m 15.95 m 20.1 m 28.4 m 36.7 m 45 m

3.0 75000 54000 3000 3.0

3.5 70000 54000 43000 3.5

4.0 62000 54000 43000 30000 4.0

4.5 56000 48000 43000 30000 4.5

5.0 51000 45000 41000 30000 5.0

5.5 47000 42000 38500 29000 5.5

6.0 41500 39000 36500 27500 16000 6.0

6.5 36000 35000 34000 26000 16000 6.5

7.0 32000 30500 31000 25000 16000 7.0

7.5 28000 27500 27000 23500 15000 7.5

8.0 25000 24500 24000 22000 15000 11000 8.0

9.0 19000 20000 20000 19500 15000 11000 8.5

10.0 16500 17000 16000 14000 11000 9.0

11.0 13500 14000 13600 13000 10500 9.5

12.0 11500 12000 12000 12000 10000 10.0

14.0 8500 9000 10000 9000 11.0

16.0 6000 6800 7800 8000 12.0

18.0 5000 6000 6500 14.0

Fonte: Manual do guindaste STC75.

Desta forma pode-se calcular o percentual de utilização do guindaste:

𝑷𝒆𝒔𝒐 𝒅𝒂 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒕𝒊𝒄𝒂

Onde:

𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒖𝒕𝒊𝒍𝒊𝒛𝒂çã𝒐 = 𝒄𝒂𝒑𝒂𝒄𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒈𝒖𝒊𝒏𝒅𝒂𝒔𝒕𝒆

Raio operacional – distância entre o centro de giro do guindaste e a peça a ser içada.

Altura da lança – altura em que a lança irá operar conforme as configurações.

Peso da carga estática – total do peso da carga, já incluindo o peso da linga.

O percentual sobre a taxa de utilização é necessário ainda multiplicar o seu resultado por cem, para assim obter o percentual.

3.1.3 Determinação dos esforços das sapatas

Este cálculo tem o propósito de estimar o esforço que cada sapata que fixa o guindaste no solo exercerá. Para isso, foi determinado a Hipotenusa resultante da distância da sapata, sendo coletado as medidas A e B (em metros) como ilustrado na Figura 1.

Figura 1 – Variáveis para cálculo das sapatas Fonte: Langui, 2000.

Determinado as medidas A e B apresentados na Figura 1, calculou-se:

𝑯𝒓 =  𝟐√𝑩² + 𝑨² (1)

𝑪𝒔 = 𝑪𝒃𝒓 𝒙 𝑹𝑶 + 𝑷𝑮+𝑪𝑨 (2)

𝑯𝒓 𝑵𝑺

Onde:

Hr – Hipotenusa resultante

A – Medida paralela entre o centro de giro do guindaste e a sapata

B – Medida entre os extremos das sapatas opostas (b) dividido por 2

Cs – É a carga total na sapata que encontraremos

Cbr – Capacidade nas configurações conforme tabela de carga

RO – Raio de operação, sendo a distância entre o centro de giro do guindaste e a peça a ser içada.

 

Hr – Hipotenusa resultante é a distância entre o centro de giro do guindaste e a extremidade da sapata aberta.

PG – Peso do guindaste coletado no manual.

CA – Contra peso adicional colocado na parte oposta da lança para compensar e equiparar no pese da carga, porém nessa configuração não foi preciso adicionar o contrapeso.

Ns – Número de sapatas que irão ser acionadas para operação.


Assim, configurou-se a carga resultante nas sapatas do guindaste que foi utilizado para a operação.


3.1.4 Cálculo do esforço no solo


O guindaste em operação transmite forças consideráveis ao solo, através das sapatas originadas pelo peso do guindaste, contrapeso e pela carga bruta. O solo tem que suportar essas forças com segurança (NETO, 2017).

Para isso foi necessário determinar a resistência do solo por meio de sondagens, utilizando-se instrumentos de ensaios no local realizado a operação de içamento e transporte do rotor.

Assim, fora calculado:

Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 = 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑨 𝒙 𝑳𝒂𝒅𝒐 𝑩 (1)


𝑷𝒓𝒆𝒔𝒔ã𝒐 𝒏𝒐 𝒔𝒐𝒍𝒐 = 𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒏𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂

Á𝒓𝒆𝒂 𝒅𝒂 𝒔𝒂𝒑𝒂𝒕𝒂 (2)

Onde:

Área da sapata – área atuante da sapata no momento do patolamento.

Lado (A) e Lado (B) – medida da base da sapata que será aplicada ao solo.

Carga na sapata – dado coletado na conta anterior.

Resistencia do solo – resistência específica do solo no local do içamento (lajota mais solo compactado).

Com os resultados dos cálculos pode-se verificar a resistência do solo no local do içamento, certificando que não iria ocorrer o afundamento das patolas do guindaste e possível tombamento.

3.1.5 Estimativa do vento

Para se definir a estimativa de vento calcula-se (NETO, 2017):

𝐴𝑊𝑅 = 𝐶 𝑥 𝐿 (1)

𝑭 = 𝑷 𝒙 𝑨𝑾𝒁

𝑨𝑾𝑹 (2)

Onde:

AWR – Área exposta do vento

C – Comprimento da peça

L – Altura ou diâmetro da peça

F – Força atuante na carga

Com os resultados de AWR, é lançado no diagrama 1 na capacidade de carga do guindaste “m” na escala vertical conforme pode ser visto na Figura 2.

Figura 2 – Diagrama sobre a força do vento Fonte: Langui, 2000.

Com a definição do AWR no diagrama da Figura 2, obtém se o valor na escala horizontal AWZ. Se a área máxima exposta ao vento AWZ for maior que a área real da carga AWR considerando o vento máximo permitido encontrado do guindaste, como vento máximo permitido, se AWZ for menor que AWR prossegue com a operação, desconsiderando ainda os cálculos, utilizando o valor “v” como vento máximo permitido.

4. Resultados e Análises

Neste tópico será apresentado os resultados referentes aos cálculos realizados seguindo as normas vigentes para planejamento e execução das operações de içamento e transporte de carga.

4.1 Apresentação do Rotor e Dados do Local

A peça a ser içada trata-se de um rotor do gerador da Unidade 7 – UTLC do complexo termoelétrico Jorge Lacerda, especificadamente localizado na sala de máquinas, tendo um peso aproximado de 42 toneladas, com comprimento de 11m (onze metros) e diâmetro de 1m (um metro, conforme pode ser observado na Figura 3.

Figura 3 – Rotor do Gerador Já sendo içado. Fonte: Os autores, 2019.

Atualmente esta peça é usada para testes elétricos pela equipe técnica de eletricistas do complexo, especificamente da área dos turbos alternadores.

A transferência de local do rotor foi solicitada pelo Engenheiro de Manutenção Franco Wronski Comeli, devido a necessidade de limpeza e preparação do local (onde se localizava o rotor) para revisões agendadas na Unidade 7 – UTLC.

4.2 Escolha e Definições dos Equipamentos

Conforme a necessidade de capacidade de carga, a empresa não possuía equipamentos adequados par ao içamento, sendo necessário a locação dos equipamentos e serviços operacionais da empresa FAM Guindastes, o equipamento escolhido conforme a Tabela 1 foi o SANY STC 75. Esse modelo de guindaste permite uma extensão de seu alcance, variando o volume de carga e a altura que pode erguê-la, utilizados na operação de içamento e remoções especiais de grande porte e complexas (DICKIE, 2000).

Figura 4 – Guindaste Sany STC75. Fonte: FAM Guindastes, 2019.

Com a coleta de dados, definiu-se para os cálculos da taxa de utilização do guindaste, o Raio Operacional de 5,5m (cinco virgula cinco metros), Altura da lança de 10,59m (dez virgula cinquenta e nove metros). Foi determinado um peso da carga estática de 42.959,46kg (quarenta e dois mil, novecentos e cinquenta e nove virgula quarenta e sei quilos) e a capacidade do guindaste para as configurações do içamento de 47.000kg (quarenta e sete mil quilos).

Com isso, se verifica a capacidade do guindaste, conforme o raio de operação e abertura de lança para obter a taxa de utilização do guindaste conforme sua configuração no ato do içamento, necessário para parâmetros de segurança, que neste caso se alcançou uma taxa de

91%. Na grande parte das empresas, é padrão considerar uma taxa de 85% a 95% de utilização, considerando sempre uma contingência para se evitar problemas na execução do içamento.

Conforme apresentado anteriormente, o peso total das lingas (959,46kg) considerou o peso do moitão de 800kg (oitocentos quilos), Diâmetros do cabo, Peso específico cabo de 1,41kg/m (um virgula quarenta e um quilos por metro), Comprimento do cabo que será utilizado medindo 10,59m (dez virgula cinquenta e nove metros), número de passadas do cabo a ser adotada de 8 (oito) e o peso das cintas sendo no total de duas com o peso de 20kg (vinte quilos) cada.

Determinou-se então, a necessidade de quatro passadas de cabo de aço no guindaste, a utilização de duas cintas de fibra sintética tipo jiboia anelar e mais um moitão. Calcular o peso destes equipamentos considerados agregados do guindaste, especifica o peso que irá agregar no içamento em conjunto com o peso do rotor. Isso trata maiores garantia quanto a não exceder a capacidade de carga que o guindaste está configurado.

Já para indicar o esforço nas sapatas que fixaram o guindaste no solo, se considerou a capacidade do guindaste e o peso do próprio, determinada por meio da Tabela 1 (47.000kg), utilizando outros dados como o raio de operação de 550cm (quinhentos e cinquenta centímetros), hipotenusa resultante de 390,51cm (trezentos e noventa vírgula cinquenta e um centímetros), nenhum contra peso adicional e o número de 4 (quatro) sapatas. Se obteve uma medida A de 300cm (trezentos centímetros) e medida B de 250cm (duzentos e cinquenta centímetros), resultando assim uma carga estimada na sapata de 77.445,07kg (setenta e sete mil quatrocentos e quarenta e cinco virgula sete quilos).

Desta forma, se especificou a pressão no solo de 3,95kg/cm² (três virgula noventa e cinco quilos por centímetro quadrado. Ainda, deve-se considerar a resistência do solo, que neste caso foi de 4kg/cm² (quatro quilos por centímetro quadrado), pois cada solo possui um fator de resistência. Com essa informação pode-se indicar se o solo iria suportar o peso de toda a operação de içamento, não afundando as sapatas do guindaste, podendo ocasionar a queda do mesmo.

Para a construção do diagrama de estimativa de vento, foi coletado os dados de comprimento de carga de 11m (onze metros), altura ou diâmetro de 1m (um metro), área exposta do vento de 11m (onze metros). Observe a constituição do diagrama na Figura 5.

Figura 5 – Diagrama para a estimativa do vento utilizado no dia da operação. Fonte: Os autores, 2019.

Na Figura 5, observa-se que os efeitos do vento no momento do içamento não prejudicou a execução do içamento e transporte do rotor.

4.3 Concepção do Plano de Rigging

Com os dados obtidos diante do estudo do local e do equipamento a ser movimentado, diante dos cálculos executados, todas informações foram exportadas para o Plano de Movimentação de Carga, ou Plano de Rigging, para que assim os profissionais pudessem ter um melhor entendimento do que seria executado, conforme a Figura 6.

Figura 6 – Instrumento para exportação dos cálculos para o Plano de Rigging. Fonte: Os autores, 2019.

Para formalização do planejado para a operação de içamento do roto, foi realizado uma auditoria (conferencia) e autorizado formalmente pelo profissional responsável da empresa solicitante. A Figura 7, apresenta o Plano de Rigging que foi autorizado.

Figura 7 – Plano de Rigging Autorizado. Fonte: Dos autores, 2019.

Com os cálculos definidos e apresentados no Plano de Rigging, e a autorização do mesmo, a operação de içamento e transporte do rotor já podia ser executada.

4.4 Execução do Içamento e Transporte do Rotor

Para o início da operação, o veiculo que foi utilizado no transporte do rotor teve que adentrar na sala de máquinas da UTLC, local onde se encontrava o rotor que seria transportado, conforme pode ser observado na Figura 8.

Figura 8 – Veiculo utilizado para o transporte do rotor Fonte: Os autores, 2019.

Essa atividade exigiu que a empresa contratada equipasse o veiculo com um suporte de apoio do eixo, sendo feita sob medida para execução desta operação.

Além disto, com o proposito de assegurar que a carga não iria se movimentar em cima do veículo, soldas entre o suporte de apoio do eixo e a plataforma da carreta foram feitas, conforme a Figura 9.

Figura 9 – Solda no suporte do eixo Fonte: Os autores, 2019.

Antes da execução do plano de movimentação, foi feito as ultimas verificações quanto ao comprimento do veiculo e do rotor, este já alocado no veículo, como ilustrado na Figura 10.

Figura 10 – Verificação das medidas já com o rotor no veiculo Fonte: Os autores, 2019.

A Figura 11, mostra o momento em que colaboradores da empresa parceira que estavam envolvidos, começaram a retirada da solda do suporte de apoio do eixo, colocado a cinta na peça e no moitão do guindaste, para que enfim seja executado a operação.

Figura 11 – Retirada da solda entre o suporte de apoio e a carreta. Fonte: Dos autores, 2019.

Após, aferiu-se um checklist do guindaste efetuado, guindaste patolado, peça amarrada, solda retirada, o içamento é iniciado conforme a Figura 12 abaixo.

Figura 12 – Içamento do rotor Fonte: Os Autores, 2019.

Procedimento escolhido foi de içar a peça e retirar a carreta, evitando assim ter que mexer muito no guindaste tornando ainda menos perigoso o içamento conforme na Figura 13.

Figura 13 - Rotor içado e retirada da carreta Fonte: Dos autores, 2019.

Na Figura 14, pode-se observar o inicio da finalização de toda a operação, com a alocação do rotor no local estabelecido previamente por meio do plano de movimentação.

 

Com a alocação do rotor no local planejado, foi finalizado toda a operação com a retirada das cintas, entre outros equipamentos que auxiliaram toda a operação. Mostrando eficiência no cumprimento do que se foi planejado, e maior segurança por meio dos cálculos estimados.

5. Conclusões

Qualquer operação de movimentação de carga sem um plano de Rigging bem executado, pode gerar atrasos e riscos no içamento, podendo ocorrer quedas dos materiais içados ou até mesmo o tombamento do guindaste, e com isso, danos materiais e até mesmo fatalidades.

O plano de Rigging assegura que a movimentação seja feita com segurança e agilidade, tornando algo de grande risco em uma situação segura e sana todas dúvidas decorrentes na execução do serviço, proporcionando maior autonomia aos trabalhadores envolvidos para que assim possam analisar determinadas situações adversar sobre o içamento e não as executar de formas incorretas.

Também se observou que para um plano de Rigging ser bem executado, todos envolvidos na movimentação tem que possuir treinamentos e conhecimentos do que estão fazendo.

E de modo geral, um vasto conhecimento de todos os cálculos efetuados para a um planejamento de içamento e transporte de carga, observando que não é apenas escolher um guindaste e uma lingada e sair içando sem saber o que está fazendo, possui cálculos relevantes para assegurar que não haja sobrecarga de cada material utilizado, assegurando na segurança de todos envolvidos.

Nesse caso, cabe à empresa sempre que for um içamento de alto risco, solicitar que um planejamento seja feito por profissionais qualificados, sanando assim uma grande porcentagem de risco na atividade a ser executada.

Desenvolvimento de Plano de Rigging

Atuante no mercado de movimentação de cargas especiais, vem desenvolvendo planos de Rigging para dimensionar a necessidade de cada cliente, detalhando passo a passo a movimentação das cargas em análise, com a ideia de prever e antecipar as situações delicadas, facilitando a busca de soluções e a melhor alternativa dentro das normas de segurança aplicáveis.

Equipamentos

Tecnicamente, existe uma grande variedade de equipamentos como: guindastes industriais, guindastes telescópicos sobre pneus, guindautos (munck), carretas, acessórios e ferramentais de Remoção Técnica para melhor atender as diversas necessidades.

ESPECIALISTAS NO PLANEJAMENTO DE IÇAMENTOS DE CARGAS

O Plano de Rigging é o nome dado ao processo de planejamento para atividades de içamentos de cargas, nossos colaboradores são profissionais especializados para planejar tais atividades garantindo assim total segurança na movimentação e içamento de qualquer tipo de carga. Através de cálculos, desenhos, análises e pesquisas de campo, definimos quais guindastes e equipamentos utilizaremos.

Um bom planejamento e atividades preliminares de análise são elementos essenciais para que o processo de plano de rigging seja um sucesso, nossa empresa conta com engenheiros e riggers qualificados que realizão excelentes planos de rigging por todo território nacional.

PROCESSO DE PLANO DE RIGGING

A equipe de rigging realiza uma visita técnica ao local de içamento para coletar informações e dimensionar o equipamento correto a ser usado.

Em seguida, iniciamos a fase de criação do plano de rigging, onde são feitos baterias de testes demonstrativos das condições que serão abordadas no trabalho, como por exemplo, resistência do solo, fatores de riscos a segurança, material de amarração e o melhor guindaste com caracteristicas de operações ideais.

A seguir, com todas as informações reunidas, utilizamos a plataforma CAD, para fazer um desenho da área do projeto de plano de rigging, demonstrando tudo que irá ser realizado na operação.

Após utilização do CAD, os engenheiro e riggers da fazem uma total revisão do desenho, constando se está perfeito o planejamento e por último geram a ART(Anotação de Responsabilidade Técnica) para iniciar o içamento junto ao plano de rigging.

Os riscos no transporte de container é uma das principais preocupações no escoamento de mercadorias para exportação e a chegada de produtos importados, tendo em vista que essa modalidade de transporte é bastante usada quando há uma grande quantidade de itens em um lote ou quando as dimensões da carga justificam usar esse tipo de proteção.

Dada a sua importância, preparamos este conteúdo para demonstrar como funciona na prática e o que as empresas podem fazer para evitar os principais riscos no transporte de container. 

Transporte de container:

Você já deve ter visto nas estradas brasileiras veículos que levavam um container. Esse é o caminhão que é usado por empresas de transporte especializadas na movimentação de cargas para o comércio internacional.

A criação desse equipamento foi essencial para estimular o comércio entre países, pois representa uma forma segura e confiável de alocar os produtos. A sua aplicação também é bastante flexível, uma vez que podem ser embarcados desde produtos agrícolas até máquinas e equipamentos.

Os tipos de contêineres mais usados são de 20 e 40 pés de comprimento, o que equivale a aproximadamente 6 e 12 metros, respectivamente. Essas são as opções mais utilizadas, contudo existem modelos que podem chegar a 45 ou 53 pés, sendo 13 e 16 metros, respectivamente

O transporte marítimo depende do armazenamento em container para manter os lotes em um mesmo ambiente fechado, o que reduz as chances de extravio. Essa também é uma embalagem que fornece proteção adequada em todas as etapas do transporte.

Além disso, essa forma de alocação das cargas melhora a ocupação do espaço, uma vez que eles podem ser empilhados conforme a necessidade. Os contêineres também simplificam o trabalho das autoridades portuárias quando há necessidade de inspecionar e fiscalizar as mercadorias.

Como aumentar a segurança evitando riscos no transporte de container:

Recomendações de acordo com a nossa experiência no ramo logístico para ajudar você a minimizar os principais riscos operacionais.

Treine a equipe de operação

O gestor logístico deve estar sempre atento a dois possíveis incidentes: acidentes de trabalho e danos às mercadorias. Por isso, faz sentido implementar procedimentos operacionais que a equipe de armazém deve seguir rigorosamente.

Assim, é possível embarcar os pedidos com o intuito de:

preservar a integridade física da carga;

otimizar o aproveitamento do compartimento de carga;

facilitar as etapas de carga e descarga.

Todas essas iniciativas são essenciais para criar um ambiente mais seguro e evitar prejuízos decorrentes de acidentes.

Escolha transportadoras especializadas

Devido a sua aplicação no comércio internacional, é fundamental fechar parcerias com transportadoras que conheçam as particularidades da importação e da exportação de mercadorias.

Essa medida garante que a legislação pertinente será seguida em todos os processos e a experiência ajuda a aumentar o nível confiabilidade. Por fim, a prática contribui para melhorar a qualidade do processo logístico e favorece o relacionamento com os clientes.

Use o método de amarração adequado

Um dos principais riscos do transporte de mercadorias são avarias que danificam a carga. Esse é um problema que afeta o relacionamento com o cliente. Por isso, a nossa recomendação é usar um método seguro de amarração para prender a carga e evitar sacudidas durante o trajeto.

Os cuidados com o riscos do transporte de container são os pilares do processo de exportação e importação e geram vantagens para as transportadoras. Ao seguir as nossas recomendações, a empresa ganha em termos de agilidade e economia nas atividades logísticas. Por isso, conte com as nossas dicas para implementar as melhorias necessárias.