21) Impermeabilização de paredes e lajes de concreto armado ou cobertura
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS
As patologias mais observadas são manifestadas nas pinturas, dentre as quais são citadas:
1) Eflorescências:
São manchas esbranquiçadas que surgem na pintura, provocada pela lixiviação dos sais solúveis das argamassas e alvenarias. Os principais sais solúveis presentes na alvenaria e argamassa de revestimentos podem ser classificados como os carbonatos(cálcio magnésio, potássio, sódio), hidróxidos de cálcio, sulfatos(cálcio, magnésio, potássio, sódio), cloretos(cálcio, magnésio) e
nitratos(potássio, sódio, amônia).
EFLORESCÊNCIA: COMO RESOLVER ESSE PROBLEMA NA CASA DO SEU CLIENTE
Para tratar a eflorescência é preciso verificar produtos que possam limpar o local e reaplicar o impermeabilizante
O excesso de umidade em um imóvel pode causar diversas patologias, tais como: manchas e bolhas na parede, trincas e goteiras, marcas de bolor, infiltração de água e também a eflorescência, que é uma passagem de umidade através de infiltração pelo concreto e argamassa, o que acaba gerando a patologia que é formada por soluções cristalinas de cor branca que aparece na superfície do revestimento, como paredes, tetos e pisos.
Além das patologias, o excesso de umidade, também causa diversos problemas de saúde, principalmente, respiratórios. Para evitar tais complicações e gastos desnecessários com manutenção é fundamental realizar a impermeabilização correta de ambientes expostos à umidade. De acordo com Marco Antônio de Carvalho, engenheiro civil da Dinâmica Engenharia, “isso acontece, principalmente, onde se tem impermeabilização e onde se concentra umidade como piscinas. Quando o nível da água sobe, ela vai passar por aquela espessura de argamassa, então, naquele lugar onde a água vai passar pelos materiais compostos e componentes químicos do cimento, gera tais sinais esbranquiçados que esteticamente não ficam bons e que também vão comprometer a estrutura”, aponta. Portanto a aplicação de impermeabilizantes é extremamente importante e recomendada para:
– Piscinas, fontes e tanques de água;
– Boxes de banho, lavabo e áreas próximas a banheiras;
– Banheiros e lavanderias industriais, comerciais e residenciais;
– Ofurôs e banheiras de hidromassagem;
– Cozinhas e áreas de processamento de alimentos;
– Terraços e sacadas construídos sobre vãos livres;
– Marquises e fachadas;
– Saunas (quando utilizadas em conjunto com uma barreira a vapor).
Para evitar o problema com o surgimento de eflorescência é recomendado que se utilize cimentos mais resistentes, como o CPIII e o CPIV – que possuem menor reserva alcalina em função do alto teor de pozolana, o que acaba diminuindo as chances da eflorescência aparecer.
“Além disso, depois de feito o acabamento e revestimento de cerâmica, aplicar algum produto impermeabilizante por cima a fim de tratar o rejunte para que ele consiga reter o máximo possível alguma eventual permeabilidade de água por essa argamassa”, orienta Carvalho.
No caso da eflorescência já ter aparecido, deve-se realizar a limpeza com ácido acético em paredes e fachadas e observar o nível de água e se ele é recorrente. A fim de eliminar a causa, deve-se corrigir com um dreno, no caso de piscinas.
2) Desagregamento:
Caracteriza-se pela destruição da pintura que se esfarela, destacando-se da superfície,podendo inclusive, destacar com parte do reboco. Normalmente é causado pela reação química dos sais lixiviados, pela ação da água que ataca as tintas ou adesivos de revestimentos.
3) Saponificação:
Manifesta-se pelo aparecimento de manchas na superfície pintada, freqüentemente, provocando o destacamento ou degradação das pinturas, notadamente as do tipo PVA, de menor resistência. A saponificação também ocorre, devido a alta alcalinidade do substrato, que pode ter se manifestado pela, eflorescência dos sais altamente alcalinos.
4) Bolhas:
O maior poder impermeabilizante, de alguns tipos de tintas e adesivos de revestimentos, dificultam a dissipação do vapor de água ou a própria água encontrada no substrato, podendo provocar o deslocamento e formação de bolhas nas pinturas ou revestimentos. Normalmente ocorrem em tintas alquídicas(esmaltes, óleo), epóxi, hypalon, bem como perda de propriedades adesivas de colas de revestimentos de papéis, vinílicos,laminados, etc.
Causas - O surgimento pode acontecer quando se faz o uso de massa corrida em ambientes externos tornando propícia a absorção de umidade. Repinturas sobre paredes que não se tenha extraído toda a poeira ou reaplicar uma tinta sobre uma outra de má qualidade sem a devida preparação das paredes. Tudo isso, pode influenciar no aparecimento das bolhas.
Como corrigir ? - Para aplicações externas com massa corrida, deve ser feita a total e completa remoção por raspagem, aplicando sobre a superfície um Fundo Preparador de Parede e, após a secagem, ser feita uma nova aplicação com Massa Acrílica e repintura.
Para paredes empoeiradas, remover a tinta, realizar a limpeza da superfície e repintar. Caso o problema seja a tinta aplicada sobre outra de má qualidade, remover toda a tinta e realizar o sistema correto de pintura.
5) Bolor:
A absorção ou presença de umidade nas tintas, notadamente dos tipos PVA, em função das resinas e aditivos da formulação(espessantes, plastificantes, etc.), proporcionam condições adequadas para o surgimento e crescimento de colônias de fungos e bactérias, notadamente em ambientes pouco ventilados e luminosos. Exemplo comum pode ser observado nos tetos de banheiros. Destacamento É provocado pela reação dos sais das eflorescências lixiviados até a interface das pinturas, prejudicando sua aderência. O desenvolvimento de bolor ou mofo em edificações é ocorrência comum em climas tropicais. O bolor está associado a existência de alto teor de umidade no componente atacado e no meio ambiente, podendo interferir na salubridade e habitabilidade da edificação. Também pode ocorrer o emboloramento em paredes com umidade provocada por vazamentos ou infiltrações.
O que são - Aparecimento de manchas escurecidas e exalação de odores fortes.
Causas - É causado em ambientes que apresenta excessiva umidade e com frequente mudança de temperatura (úmido e/ou quente), onde pouca iluminação favorece o desenvolvimento dos microorganismos, que se nutrem na superfície onde se proliferaram.
Como corrigir? - Lavar a superfície contaminada com esponja embebida de solução de água sanitária diluída 1:2 em água potável. Repintar.
6) Fungos:
Os fungos tem seu desenvolvimento bastante afetado pelas condições ambientais, notadamente pela umidade e temperatura. Sua manifestação ocorre em ambientes com elevado teor de umidade ou ambiente com elevada umidade relativa do ar (acima de 75%). Desenvolvem-se bem entre temperaturas de 10 a 35º C. Estas condições ambientais são genéricos, pois mesmo fora destes referenciais, podem ocorrer emboloramento, dependendo da espécie de fungos considerada.
Tirar as manchas da parede
As manchas da parede provocadas pela humidade aparecem devido a várias causas como infiltrações, isolamento térmico deficiente, falta de ventilação ou por uso inadequado do espaço. É urgente tirar estas manchas da parede e remover o bolor e fungos que provocam maus cheiros e prejudicam a saúde.
Antes de pintar com a tinta é fundamental resolver as causas do aparecimento das manchas de bolor e fungos. Aconselhamos a pintura com tinta de silicato ou tinta de cal.
Sintomas como asma, irritação no nariz, nariz obstruído,ardor nos olhos, comichão na pele, tosse e dor de garganta são açlguns dos sintomas de saúde que se manifestam devido aos fungos da parede.
1º Lavar a parede:
Lavar bem a área da parede contaminada.
Lave com a solução composta pelos seguintes ingredientes: Em 2 litros de água quente adicione 150 ml de vinagre branco e 10 ml de detergente de ph neutro. Esfregar a parede com um pano embebido na solução anterior até sair toda as manchas. Lavar com água limpa e deixar secar.
Nunca usar Lìxivia
2º Preparar a parede:
Para uma pintura com sucesso a parede poderá ser tratada com borax (sais de boro). Adicionar 1 kg de borax em 10 litros de água e pintar a parede com pincel ou com um pulverizador. Aconselha-se a pintar toda a parede onde aparecem as manchas para uma pintura posterior uniforme. Rendimento de 45 m2 por cada kg de borax dissolvido. Após a secagem, deve passar uma escova macia para retirar qualquer tipo de pó ou sais.
Nota: as tintas plastificadas repelentes à água e não absorventes devem ser removidas pois não conseguem reter os sais de boro e não permitem uma pintura posterior de qualidade.
3º Aplicação:
Aplicar um primário apropriado para a tinta escolhida ( primário especial para paredes branco de silicato ou o primário de cal.
Pintar a parede com tinta de silicato ou tinta de cal que devido à sua alcalinidade combatem com mais eficácia novos surgimentos de bolor e mofo.
7) DESCASCAMENTO EM ALVENARIA
Causas - O descascamento acontece quando a tinta é aplicada sobre superfície empoeirada ou sobre parte soltas, tais como caiação, reboco novo não lixado.
Como corrigir? - Remover as partes soltas através de uma raspagem para depois aplicar um Fundo Preparador de Parede e repintar.
8) ENRRUGAMENTO
Causas - Este problema ocorre quando a camada de esmalte é muito espessa devido a uma aplicação excessiva do produto, seja em uma demão ou em sucessivas demãos em que a primeira não foi convenientemente seca. Pode também surgir superfície enrugada quando a secagem é feita sob sol intenso.
Como corrigir? - Remover a tinta enrugada do substrato por raspagem e depois limpá-lo com solvente aguarrás, deixar secar, aplicar Fundo Sintético Nivelador e repintar.
9) CRATERAS
Causas - Este problema ocorre devido à presença de óleo, graxa ou água na superfície a ser pintada, e também quando a tinta é diluída com materiais não recomendados como gasolina, querosene, etc.
Como corrigir? - Remover toda a tinta aplicada através de espátula e/ou escova de aço e removedor apropriado; limpar toda a superfície com Aguarás a fim de eliminar vestígios de removedor. Deixar secar e pintar.