428) Micro Estacas e Estacas Aluvial Anker

Microestacas

Microestacas e Estacas Alluvial Anker são fundações moldadas no local, nas quais se utiliza equipamento de rotopercussão revestidos ou não para aplicação da armação especial e na sequencia a  injeção sob pressão para se fazer a moldagem do fuste e ao mesmo tempo injetando o bulbo e o entorno do maciço se necessário.

Depois de se fazer a perfuração, a instalação do tubo no furo e a injeção da bainha, é iniciada a injeção ponto-a-ponto e em estágios múltiplos, com obturador duplo através das válvulas-manchete exatamente como se fosse um tirante porém na posição vertical.

A microestaca é armada com tubo de aço ao longo de todo o seu comprimento.

Foto - Solotrat

Micro estacas injetadas executadas com tirantes e bits perdido na ponta

Estacas Alluvial Anker

A perfuração é feita com o próprio tubo que dispõe de ponta perfurante, sendo a injeção feita numa única fase, através da própria haste de perfuração. 

Esta injeção também pode ser feita durante a perfuração, utilizando-se o fluido cimentante como elemento de refrigeração da ferramenta de corte e retirada do material cortado (lama de perfuração).

Ao final da perfuração, a estaca alluvial anker já com o tubo de aço instalado ao longo do seu comprimento, pode receber um capitel de concreto armado, de placa de aço, ou bloco de concreto armado assentado sobre sua cabeça, garantindo a transferência das cargas para a estaca.

No caso dos capiteis, é lançada uma camada de brita e geogrelha entre as estacas. Estas estacas são ideais para fundações em solos argilosos moles.

Sequência Executiva

Não provocam vibrações nem deslocamentos no terreno. A presença do tubo metálico garante ótimas resistências à compressão, flexão, cisalhamento e flambagem. Provocam mínima perturbação do maciço. Alta rapidez de execução.

Consumo estimado de dois sacos de cimento por metro linear. Este consumo pode variar de acordo com o tipo de solo e condições locais de trabalho. A ancoragem estaca-solo é obtida pela perfuração e injeção simultânea, através de ferramenta que executa o fuste de alta aderência com diâmetro duplicado.

Após atingir a cota de fundo, a estaca está concluída. Os tubos de aço utilizados geralmente possuem diâmetro de 3’’ e são do tipo Schedule sem costura. Para bases das torres eólicas são utilizadas ainda armadura complementar em aço, com diâmetros variáveis de acordo com a carga das estacas.

1) Durante a execução e isntalação da estaca, simultaneamente e feita a injeção de calda de cimento que além de funcionar como um sistema de lubrificação e refrigeração da ferramenta de perfuração paredeida com um tricone de asas invertido faz a retirada do material escavado preenchendo como a calda.

2) Ente os capiteis de apoio para a fundação e colocado um aterro de brita e em seguida e colocado uma geogrelha, seguido a um aterro de transição, que funciona como um dissipador de tensões;

3) Para a garantia da formação da estacae do buldo de injeção de maior diâmetro, nos últimos 3,00 m (tres metros) a injeção de calda de cimentodeve ser mais demorada.

4) A quantidade de consumo de cimentos por metro linear varia dependendo das condições geológicas do terreno mais em média consome 2 sacos / metro linear de estaca.

Características Técnicas

A ROCSOLO com a longa experiência na execução de microestaca tubular pelo sistema convencional e conhecendo suas limitações, desenvolveu e depositou patente no INPI, um sistema de microestaca tubular que é feito em operação única, sem perfurar o solo com água, o que no caso de areias pouco compactas e solos colapsáveis gera deformações e carregamento de finos, durante a perfuração.

Este sistema conhecido com o nome de Alluvial Anker, é auto perfurante com o tubo dotado de aletas e com injeção simultânea com nata de cimento (que é também o fluido de perfuração), promove a estaca com diâmetro definido pela rotação das aletas, sendo o tubo a própria armação principal da estaca, desde a superfície até a ponta da estaca, isto em poucos minutos. 

Foto: Solotrat

No congresso COBRANSEG 2022 com Engenheiro João Duarte Guimarães Filho e Eng. Emerson Ananias

Curriculo de João Duarte Guimarães Filho

1963 - Engenheiro geotécnico do laboratório de solos da PUC/RJ pela Sondotecnica;

1964 - Engenheiro geotécnico da RODIO - Especialista em injeções de consolidação de calota do túnel do GUANDÚ;

1969 - Concreto Projetado e ancoragens de coquilha injetados no túnel 6 - Sistema Cantareira;

1970 - Fundou a ESTE Engenharia e Serviços Técnicos Especiais, e com Horst Ekchmidt da Themag, aprendeu os princípios do NATM;

1971 a 1974 - Participou da Coloquium Geomecanic de SALZBURG;

1972 - Imigrantes I, trecho serra, enfilagens injetadas com manchetes e ancoragens nos túneis em saprolitos e solos;

1974 a 1976 - Ferrovia do Aço - ancoragens em filitos gráfiticos e arenitos com baixa cimentação, enfilagens e injeções;

1976 - Junto com a Themag, trouxe ao Brasil o Prof. L. V. Rabcewicz para realização das palestras sobre NATM;

1978 a 1980 - Galeiras de drenagem e injeção em Itaipú Guri e várias grandes barragens;

1980 a 1990 - Injeções, drenagens e concreto projetado nos túneis dos metrôs de SP, RJ e Brasília;

1984 - Injeções químicas, drenagens e ancoragens a 375m e 500m de profundidade na mina de Potássio - SE;

1990 - Animateur do Shotcrete WG da ITA Health and Safety EG;

1992 - Recebeu o prêmio Manoel Rocha da ABMS;

2001 - Desenvolveu e patenteou o sistema Drainpack® para impermeabilização de túneis do Rodoanel sendo utilizado até hoje;

2003 - Congelamento em shaft em argila mole - SP;

2006 - Homenagem com placa de platina da ABMS e CBT "por sua contribuição em túneis do Brasil";

Desde 1971 até a presente data, coordena a empresa citada com relevância nas fundações das grandes barragens, como ITAIPU e GURI (Venezuela) entre diversas outras.

Registrou no INPI 21 patentes de processos e sistemas de tratamento de solos instáveis.

Mencionado como integrante do PIONEIROS DA ENGENHARIA da revista o Empreiteiro, edição 40 anos (03/2002).

Entrevista na Revista Fundações & Obras Geotécnicas (Ano 2 nº 15).

Artigo publicado na Revista Fundações * Obras Geotécnicas (Ano 4 nº 41).