108) TERRAPLENAGEM NO FUNDO DE LAGOA COM ESGOTAMENTO DE ÁGUA

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108) TERRAPLENAGEM NO FUNDO DE LAGOA COM ESGOTAMENTO DE ÁGUA

Parque Jornalista Eduardo Couri - Barragem Santa Lúcia

Vista da Lagoa

 De lugar degradado a referência de lazer e integração entre moradores de classes média e alta e de vilas e favelas, o Parque Jornalista Eduardo Couri, mais conhecido como Barragem Santa Lúcia, foi implantado em 1996 e possui uma área aproximada de 86 mil metros quadrados.

Endereço: Avenida Arthur Bernardes, s/nº - São Bento

Sua vegetação é composta por árvores ornamentais como palmeiras, guapuruvu, mirindibas, paus-doces, paineiras, quaresmeiras, entre outras. 

 

Visão geral 

Aglomerado Santa Lúcia:

O Aglomerado Santa Lúcia, localizado na região centro-sul de Belo Horizonte, é formado por quatro vilas: Vila Estrela, Vila Santa Rita de Cássia (Morro do Papagaio), Barragem Santa Lúcia e Vila São Bento (conhecida como Vila Esperança, Vila Carrapato ou Bicão). Conhecido popularmente como Morro do Papagaio em função das muitas crianças e jovens que subiam para o alto do morro para soltar papagaios, o aglomerado surgiu no inicio do século 20. A ocupação se intensificou a partir da década de 40, quando muitas pessoas do interior vieram morar na capital. O aglomerado era ainda maior territorialmente, mas algumas famílias foram retiradas da região para ceder à construção do bairro São Bento. Não há registros com relação à data precisa da formação do Aglomerado Santa Lúcia.

Segundo José Pedro Moreira, residente na comunidade há 60 anos, o terreno onde está situado o aglomerado pertencia a três fazendeiros “Doutor Mário, senhor Anastácio e Família Diomar”. As casas só podiam ser construídas à noite, porque o local era vigiado por um órgão da prefeitura chamado X-Bel, que barrava a ocupação no local. 

José Pedro Moreira conta que onde hoje é a lagoa da barragem existia um espaço de cerâmica e um brejão onde moravam algumas poucas famílias. Na época houve muitos conflitos entre os moradores e a polícia, mas os proprietários antigos abandonaram o local permitindo a ocupação. No início não existiam ruas, somente trilhas feitas pelos tropeiros que circulavam pela área. De acordo com moradores mais antigos, um desses tropeiros era o Senhor Guido, que criava bois no local onde hoje é conhecido como Praça do Boi. 

Ainda segundo José Pedro Moreira até a década de 80 o governo não oferecia o mínimo de infra-estrutura à comunidade. O processo de urbanização foi iniciado na década de sessenta quando foram instalados três chafarizes, quando não existia esgoto, rede elétrica, assistência medica e transporte. 

A fazendinha, importante patrimônio histórico, situado à Avenida Arthur Bernardes, é um dos raros vestígios coloniais na Capital. O imóvel pertence à Izabel Rocha de Magalhães, uma das moradoras mais antigas do aglomerado. Segundo dona Izabel a fazendinha possuía um manancial de águas, composto pelos córregos Cercadinho, Leitão e Ferrugem, que formavam uma lagoa que hoje é chamada Lagoa da Barragem Santa Lúcia. De acordo com pesquisa feita pelo Projeto Memória, em 1894, parte da fazenda Cercadinho, foi desapropriada para a construção de uma área verde além da capital, denominada “Colônia Afonso Pena”. A partir de 1929 já há registros de ocupações no aglomerado.

Em 1992 um grupo de moradores do Aglomerado Santa Lúcia, por meio da União Comunitária da Barragem Santa Lúcia, solicitou junto ao Conselho do Patrimônio Histórico de Belo Horizonte o tombamento da Casa da Fazendinha. O objetivo era que o casarão fosse transformado em centro cultural.

A iniciativa dos moradores de recorrer ao poder público para reclamar o reconhecimento de um patrimônio de valor cultural e histórico para uma comunidade de favela foi algo inédito na cidade. A documentação organizada na ocasião do processo de tombamento mostra a importância que ele tem na história de constituição da comunidade.

Um diagnóstico da Escola de Arquitetura da UFMG reconhece o valor patrimonial do imóvel, vinculando-o à história do Aglomerado: “Este trabalho (a restauração do casarão) torna-se de extrema importância como único registro deste exemplo arquitetônico que marca o início da ocupação da área onde está situado.” 

Quem falou isso?

Durante muitos anos a casa foi esquecida pela história oficial da cidade e mesmo após o tombamento ainda não teve uma restauração adequada que corresponda ao seu valor cultural. 

A partir da década de 80 algumas melhorias foram realizadas através do PRODECOM, Programa de Desenvolvimento de Comunidades e nos anos 90 com as reivindicações conquistadas no Orçamento Participativo.

De acordo com a pesquisa do Projeto Memória a lagoa que fica no início do Aglomerado foi criada pelo extinto Departamento Nacional contra a seca em 1954. A construção da barragem foi finalizada no início da década de 70, e a canalização de seus afluentes possibilitou a infra-estrutura necessária para a formação dos bairros ao entorno.

Atualmente as vilas do Aglomerado Santa Lúcia estão quase totalmente urbanizadas, exceto a Vila São Bento que é uma ocupação recente. O Aglomerado Santa Lúcia conta com escolas, creches, transporte coletivo, postos médicos e policiais. A comunidade é atendida por vários programas sociais, dentre eles o Fica Vivo, da Secretaria de Defesa Social e também do BH Cidadania que oferece oficinas culturais para os moradores da comunidade. 

Durante o ano são realizadas algumas festas no Aglomerado como festas juninas organizadas pelo Arraial do Sabuco Duro grupo de quadrilha da comunidade. O carnaval e o dia da consciência negra também são festejados e a passagem de ano é comemorada com a queima de fogos na Barragem Santa Lúcia. O Aglomerado tem uma boa referência cultural com artistas conhecidos na cidade, entre eles o grupo de teatro do Beco, o artista plástico Pelé, grupos musicais de Rap e Samba e blocos de carnaval e batucada.

Barragem Santa Lúcia: pescaria farta em plena zona Sul de BH

 

Até parece história de pescador. Mas, na verdade, aconteceu na barragem Santa Lúcia, na zona Sul de Belo Horizonte. Em sete horas, apenas um grupo de moradores do aglomerado vizinho retirou da represa mais de 100 quilos de peixes.

A barragem começou a ser esvaziada no fim de abril, para obras de desassoreamento. Com a água batendo na canela, ela passou a ser “invadida” por pescadores desde segunda-feira.

Às 18h30 de terça-feira, o comerciante Agnaldo Aniceto da Silva, de 42 anos, e quatro amigos dele não se intimidaram com a água fria e entraram na barragem munidos de redes. A pescaria terminou por volta de 1h30 de quarta.

“Pegamos mais de 40 traíras e duas carpas grandes, além de muitas tilápias. Foram mais de cem quilos de peixe. Tivemos de usar um carrinho de supermercado para carregar”, contou Agnaldo.

Como troféu, o comerciante exibia uma carpa de 9,5 quilos e 80 centímetros, o maior peixe retirado da represa. O feito rendeu a Agnaldo o título de “rei da pescaria” na barragem Santa Lúcia. “Já dei peixe para os outros, vendi e tem gente telefonando para pedir. A notícia foi parar na internet”, brincou.

Na tarde de quarta-feira, Carlos Roberto Gomes da Silva, de 19 anos, tentava fisgar o pescado no anzol. “Ainda tem muito peixe aí dentro, mas é mais fácil pegar com rede”, disse.

Apesar de já ter lotado o congelador da casa onde mora, com vista para a barragem, Agnaldo pretendia entrar novamente na represa. “É uma distração. Além disso, se a gente deixar os peixes lá, eles vão morrer por causa da falta d’água”.

Consumo impróprio

Responsável pela administração do Parque Jornalista Eduardo Couri, do qual a barragem faz parte, a Fundação de Parques Municipais informou que os peixes são impróprios para o consumo.

Embora não tenha feito análises na água e nos peixes, a fundação reconhece a possibilidade de contaminação por esgoto. Segundo a assessoria, foram colocadas placas alertando sobre a proibição da pesca, mas elas foram retiradas.

O alerta, no entanto, foi negado por pescadores e moradores do aglomerado. “Nada foi avisado sobre a contaminação”, afirma o ajudante-geral Flaviano Mesquita, de 46 anos.

Pista no entorno da Barragem Santa Lúcia, com trajeto de 800m, com pequeno trecho de subida leve. Policiamento razoável, o que não significa ser um bom local para o uso de equipamentos como Mps Players, principalmente à noite. Possui boa área para estacionamento, banheiros e locais para compra de bebidas.

Fase final do rebaixamento da terraplenagem do fundo da lagoa para melhoria do fluxo da retenção da água de chuva na região antes das comportas serem novamente abertas

AUTOR

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

Luiz Antonio Naresi Júnior é engenheiro civil com ênfase na área de Saneamento, possui pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, Analista Ambiental pela UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), e em Engenharia Geotécnica pela UNICID (Universidade Cidade de São Paulo). É especialista em obras de Fundação Profunda, Contenções de Encosta, Obras de Artes Especiais, Projetos de Contenção, Infraestrutura Ferroviária e Rodoviária. Atualmente é sócio da ABMS (Associação Brasileira de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica),diretor do Clube de Engenharia de Juiz de Fora (MG) desde 2005, participa como voluntario pela ABMS como apoio a defesa civil de Belo Horizonte, consultor, comercial e assessor da diretoria da Empresa Progeo Engenharia Ltda. 

LAN CONSULTORIA DE FUNDAÇÕES PESADAS E GEOTECNIA - RPA

Especialista em Fundação Pesada e Geotecnia

LUIZ ANTONIO NARESI JUNIOR

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