448) SERRA DA MESA - MINHAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NA OBRA E AMIGOS FORMADOS

Motivado pelo amigo e Eng.João Bosco Moreira do Carmo pelo linkdin faço esta homenagem para ele e aos amigos que formamos na obra de Serra da Mesa das lembranças e dos desafios vivedos e das experiancias vivedas ensta grandiosa obra

Meu nome é Luiz Antonio Naresi Júnior é gostaria de contar um pouco da oportunidade de viver como engenheiro que atuei trabalhando em campo fazendo obras com coordenador da Geobrás em campo como engenheiro de produção e responsável técnico coordenando uma equipe de funcionários atendendo uma equipe extremamente exigente multidisciplenar de profissinais da atuando como empreiteiro na Camargo Corrêa e Furnas que ao mesmo tempo que cobrava as normas técnicas e aprendia  de escola de professores das quais aproveitava para interagir de forma harmonica e sugar ao máximo todo conehcimento possível aproveitando daquele momento aos melhores energias e filtrando as partes negativas. 

Entre as obras de grande porte onde atuamos citamos a hidrelétrica de Serra da Mesa, rio Tocantins, Minaçu, estado de Goias.

Segundo Eng. Eduardo Carlos Krueger:

  "Trata se da construção de hidrelétrica totalmente subterrânea com três grupos geradores de 400MW, cada um, totalizando 1200MW.

Inicialmente vamos comentar o maciço rochoso onde a usina está encravada:

- A usina encontra-se inclusa num batólito, maciço rochoso de grande proporção, constituído de hornblenda, biotita, granitos e gnaisses. Possuía descontinuidades, como esfoliações, apenas na superfície, até poucos metros de profundidade. No maciço propriamente dito apresentavam-se poucas descontinuidades, fechadas, com contato rocha com rocha, bastante são, sem mudança de coloração. O maciço rochoso era bastante homogêneo.

Para a obtenção daquele excelente resultado contribuíram diversos fatores, apresentados a seguir:

- O Planejamento Executivo Básico de escavação subterrânea da usina, foi pensado, desenvolvido e proposto pelo eng Bruno Grandonico, engenheiro de origem italiana, de família com longa tradição tuneleira;

- O serviço de escavação subterrânea foi liderado pelo engenheiro francês Pierre Pellegri, originário da Ilha de Córsica, com grande experiência executiva de escavação subterrânea;

- Apoio da supervisão da Camargo Corrêa, liderada na obra, pelo eng Mauricio Santana e cobertura da sede da Empresa, reconhecendo a experiência e qualidade técnica do eng Pierre Pellegri,

- Área de engenharia da obra, com menção especial ao eng Pascoal Benvindo Dias, que contribuiu no desenvolvimento de equipamentos especiais de escavação de poços;

- Área de manutenção de equipamentos e industrial da obra, que construiu os equipamentos especiais projetados, com menção especial aos engs Muro Anastácio e Luis Francisco,

- Área administrativa da obra, que deu total apoio na contratação de mão e obra de boa qualidade;

- Área de Segurança do Trabalho, que acompanhava todas as operações de escavação e controlava constantemente a qualidade do ar. A escavação dos diversos poços de projeto e entre rebaixos das cavernas, continha a constante preocupação com a qualidade do ar no trabalho; 

- Área Comunitária da obra, que proporcionou para todos colaboradores, boas condições de alojamento, alimentação e entretimento, fora da hora de trabalho. A obra se encontrava em região isolada a cerca de 40km das cidades mais próximas;

- Área administrativa organizou um programa regular e de apoio eficiente, de visita à família;

- Forte apoio técnico da topografia, a qualquer hora, e dia da semana, com menção especial ao topógrafo Sr. Paulo Pilenghi;

- Colaboração dos técnicos na elaboração dos Planos de Fogo, com menção especial aos técnicos Sr. José Flávio Mendes Silveira e o Sr. José Raimundo Pinheiro;

- Britanite, que foi a fornecedora de explosivos para as escavações, e mobilizou um excelente técnico, conhecido por Batatinha, que acompanhou o trabalho de elaboração dos planos de fogo e aplicação dos explosivos;

- Colaboração constante da engenharia, dia e noite, no acompanhamento das vibrações do maciço rochoso, nas detonações;

- Apoio da produção, de carga e transporte do material escavado, com carregadeiras CAT 988 e caminhões CAT 769, que em alguns locais tinham dificuldade de manobrar, devido ao seu tamanho. A coordenação da operação dos equipamentos de escavação da usina era dirigida pelo Enc. Geral Sr. Machado;

- Fiscalização de Furnas, que, além de suas atribuições de controle de projeto e cumprimento de cronogramas, exerceu forte influência na qualidade dos serviços, como se fossem construtores. Furnas contribuiu de forma muito positiva para o sucesso da qualidade obtida.

- Eng Pierre tinha um bom atributo de liderança e formou boa equipe de encarregados, operadores e técnicos

- Forte presença física no trabalho do Eng Pierre, iniciava sua jornada diária, pelas 6,0 h da manhã e se recolhia, depois do turno da noite estar operando, às 20,0h ou 21,0h.

- A obra formou um excelente conjunto de trabalhadores, em todos os níveis, engajados em um ambiente colaborativo e motivado.

Vamos enumerar alguns cuidados físicos tomados durante os trabalhos de escavação:

- Havia grande preocupação de toda supervisão, tanto da construtora, como da fiscalização, com a qualidade, evitando o aparecimento de irregularidades e evitando ao máximo os overbreaks;

- O Início da escavação de cada túnel era cercado de cuidados na abertura do túnel piloto, de comprimento de cada avanço, da carga de explosivo, e depois, no seu alargamento e alinhamento perimetral da escavação;

- Cada novo avanço na escavação de abóbada ou de rebaixo era acompanhado pela topografia, fiscalização e encarregado da produção, para evitar desalinhamentos na perfuração. Para facilitar o desenvolvimento dos trabalhos, a topografia preparava gabaritos, com a inclinação correta da perfuratriz.

- Para a marcação topográfica dos pontos dos furos, de cada avanço com o Boomer, foram feitos outros gabaritos, com marcação sobre folha de plástico transparente, e que era montado sobre um tripé regulável, em uma posição correta de distância e nível. O dispositivo foi desenvolvido pela topografia da obra. Foi uma antecipação do que atualmente é executado por computador.

- Cada novo avanço tinha igualmente controle do projeto de plano de fogo, elaborado pela área técnica da obra, acompanhado pelo técnico da Britanite, e aprovado, pela produção e fiscalização, para minimizar o overbreak;

- Na abertura do túnel piloto da abóbada do Túnel de Fuga tomou-se o cuidado de deslocá-lo lateralmente, ida e volta, a cada novo avanço, para evitar o alinhamento da furação, que poderia provocar abalos no maciço rochoso.  

- Havia um rigoroso acompanhamento de vibração do maciço rochoso com um sismógrafo de Engenharia ABEM Terraloc Mark 3, da Atlas Copco, de propriedade de Furnas Centrais Elétricas, acoplado a quatro conjuntos de geofones triortogonais.  

- No início dos trabalhos de escavação foram realizadas detonações de teste, na Chaminé de Equilíbrio, piso El 353,60m.

Os dados recolhidos do controle de vibração, durante a execução da escavação, foram tratados estatisticamente, e definidos parâmetros, de limite de vibrações, para o maciço rochoso, e para as estruturas de concreto.

Para o maciço rochoso foi calculado o limite de velocidade da partícula de 70cm/s a 90cm/s.

Para o concreto foram calculadas velocidades 5cm/s, para o concreto de 4 horas e até 12cm/s, para concretos com mais de 12 dias.

O conjunto de fatores citados acima resultaram em um trabalho de qualidade excelente, difícil de ser encontrado em obras semelhantes"

Abaixo algumas fotos tiradas do momentos que passei em Serra da Mesa como Engenheiro Residente Gestor do Contrato.

Como prova da excelência da qualidade obtida naquela obra apresentamos algumas fotos a seguir

Gilmar Mendes , naresi e Jesias Dantas

Controle de Calda no Furo de Tirantes 

Eng. Weldson Belo Castrro meu colega de faculdade da UFJF responsável pelo momento das obras da Tmada dàgua

Engº Faig, fiscal de concret de Furnas, que fiscalizava os serviços do Engº Weldson da Camargo Corrêaque era o fiscal da Geobrâs que era fiscalizado pelo Sro. Gilmar Bezerra de Menezes efetivamente no campo.

Engº Narei (Geobrâs) acompanhando as atividades de injeção dos tirantes e ensaios de perda d´água da paredes da tomada d´água

Engº Roberto, Engº Claudio Noronha, Supervisor Miguel Lopez da Camago Corrêa com Engº  Naresi da Geobrás em reunião de Planejamento onde planejavamos sistematicamente as atividades da semana com objeticos e metas em função da mão de obra locada e equipamentos disponíveis nas frentes de serviço para atendermos o cronograma da obra das diversas frentes de servoço.

Geobrás , Camargo Corrêa e Furnas unidos em busca da melhor metodologia executiva para elaboração da execução do plano de protenção dos tirantes do canal de adução, com Engº Luiz Fornasaro, Engº Luiz Antonio Naresi Júnior, Srº Pinheiro, Srº José Carlo, Srº Milton, Engº Faig, Srº Giorgio Maciantelio, Enº Elias Herman, Engº Caudio Noronha.