301) ENTENDENDO A GEOLOGIA PARA TREINAMENTO DE PREVENÇÃO DE RISCOS EM ESTABILIZAÇÃO DE TALUDE
PROGEO ENGENHARIA LTDA - TREINAMENTO PRESENCIAL E VIRTUAL MULTIPLICADOR DE BOAS PRÁTICAS E CONCEITOS QUANTO AOS RISCOS DE SE TRABAHAR COM TALUDES.
Prof: Eng. Luiz Antonio Naresi Júnior
Mais de 28 anos com experiencia de obras geotécnicas.
Eng. Civil - UFJF
Engenheiro Geotécnico Especialista formado pelo INBEC - Universidade de São Paulo
Engenheiro de Segurança do Trabalho - Universidade Federa de Juiz de Fora
Pós Graduado em Análise Ambiental pela Universidade Federal de Juiz de Fora
Pós Graduado em Engenharia Ferroviária - Infraestrutura, Concessão e Operação.
Técnica de Segurança: Graciene da Silva Freitas
Exemplo de escorregamento em taludes
Superfície de ruptura
Como aproveitar melor as reuniões presenciais ou "on line" :
1) Cuide da sua aparência;
2) Teste sua conexão;
3) Coloque o microfone no mudo;
4) Mantenha o foco na reunião;
5) Escolha um ambiente adequado para a videoconferência;
6) Entra na reunião no horário certo e estabelecido;
7) Poupe seu tempo e o dos colegas;
8) Desligue o celular, caso esteja aguardando uma ligação importante coloque no modo silencioso e tenha bom senso
9) Mantenha o foco na pessoa que estiver fazendo o treinamento e quando quiser falar solicite a palavra;
10) Esclareça suas dúvidas mesmo que apareçam obvias;
11) Aproveite para aprender e absorver conhecimento genuino sem ter de decorar;
1) Objetivo do Treinamento
Estabelecer requisitos de Saúde e Segurança, visando eliminar, controlar e minimizar, o risco de acidentes decorrentes de desabamento de taludes, durante os trabalhos de correção na sua execução.
Assegurar que os taludes sejam projetados, construídos, aprovados e gerenciados em acordo com padrões e normas de projetos aceitos e reconhecidos internacionalmente pelos órgãos competentes, bem como, mantidos dentro de padrões pré-estabelecidos.
Assegurar a proteção dos trabalhadores orientando os principais riscos nas atividades de contenção, capacitando os mesmos a identificar os riscos inerentes aos trabalhos diários nas atividades que envolver terraplenagem e contenção de encosta.
TRABALHOS EM TALUDES EM CAVA DE MINERAÇÃO PARA PERMITIR O TRABALHO SEGURO ABAIXO DA CAVA OBTENDO MINERIO MAIS PURO - FOTO Naresi Jr.
2) Aplicação do Treinamento na Prática :
Em projetos de contenção de encosta, construção de estruturas próximas a taludes rodoviários e ferroviários, inspeções técnicas em sinistros de taludes rompidos e estruturas de contenção onde existe a necessidade de manutenção de patologias, manutenção e recuperação de taludes de cortes e de aterros, pilhas de quaisquer materiais, inspeção em taludes de barragens incorporando as obras de contenção em desníveis de terra criados ou existentes nas obras.
Inseção em Talude de aterro Rodoviário com ruptura de bueiro e sobrecarga hidráulica e formação de trincas.
Foto: Naresi Jr.
3) Noções de primeiros Socorros:
Noções Básicas em Primeiros Socorros
Independente da idade, acidentes ocorrem e é importante saber agir corretamente em situações de emergências, O conhecimento de noções básicas em primeiros socorros não deve ser restrito a profissionais de saúde e engenheiros de segurança do trabalho, mas devem ensonar e englobar todas as pessoas treinando as mesma a capacidade de socorrer o próximo seja um trabalhador ou até mesmo um membro da família. Seja procedimentos para cuidar de queimaduras, fraturas, cortes ou condições mais graves, os primeiros socorros tem grande impacto na preservação da saúde, e em alguns casos da vida, do acidentado. O curso de Noções Básicas em Primeiros Socorros aborda métodos e técnicas para cada tipo de acidente, como a Manobra Heimlich, identificação de sinais vitais e mais.
Conhecimentos básicos :
Primeiros socorros temos de ser treinados a identificar em caso de emergência
Sinais vitais
Pulso
Respiração
Pressão arterial
TREINAMENTO DE PRIMEIROS SOCORROS E OUTROS IMPORTANTES INERENTE E PERTINENTES A ATIVIDA
4) Prevenção de Riscos em Estabilização de Taludes
4.1 - Conceitos Gerais
Talue natural e talude artificial (Talude de Corte, trabalhado e reconfiguradopelo homem na busca de uma melhor condição de estabilidade)
4.1.1 Talude :
Atualmente um dos grandes problemas vivenciados pela população brasileira é a instabilidade de encostas seja ela nos grandes centros urbanos, como nos taludes rodoviários e ferroviários, que vem provocando acidentes catastróficos colocando, patrimônio das empresas, impedindo o escoamento da produção entre as cidades e para a importação e exportação,
inclusive colocando em risco de vidas podendo até mesmo causar acidentes quando o deslizamento afetar propriedades próximas e pessoas que estiverem passando durante um evento de desliamento geológico geotécnico, seja ele vindo de cima para baixo ou rompendo o próprio talude do corpo estradal rodoviário ou ferroviário.
Qualquer superfície inclinada que delimita uma massa de solo, rocha ou outro material qualquer (minério, estéril, sinter feed, escória, granulado, resíduos sólidos, etc).
Talude em Ferrovia após reconfiguração e tratamento
Durante os períodos de chuvosos com elevado índice pluviométrico, têm se tornado verdadeiros tormentos para a população, principalmente das cidades serranas com afloramentos rochosos e com muitos taludes e até mesmo em locais onde ocorre o crescimento desordenado das cidades, onde a população devido a falta ou inexistência dos controles de mapeamento de riscos seja ele do município, do estado ou da federação, passam a desenvolver as suas construções em áreas de riscos e locais não apropriados e nem aprovados pelos órgãos municipais, sendo de difícil solução a curto prazo o remanejamento das comunidades afetadas ou em áreas de risco.
Taludes em solo e taludes mistos em solo / rocha (Tratamentos e avaliações de risco necessárias) - Foto Naresi
4.1.1 Risco Geotécnico :
LUGAR ONDE NÃO SE DEVE CONSTRUIR UMA EDIFICAÇÃO
São nestes períodos de chuvosos, onde existe grande precipitação em curto espaço de tempo que as as encostas e os taludes ficam mais suscetíveis a escorregamentos, devido ao aumento do excesso de poro-pressão que reduz a resistência do solo ao cisalhamento, somando ao encharcamento provocado pelo acumulo de água causado direto pela precipitação fluvial e o aumento do nível do lençol freático.
RISCO DE ROLAMENTO DE BLOCOS E MORTE NA RODOVIA APÓS CHUVAS
Com a ocupação humana desordenada e a realização de obras em áreas de risco em taludes de encostas íngremes, cada vez mais morro acima,consideradas de alto risco e no entorno de suas proximidades vêm sendo ocupadas de forma desordenada e quase sempre sem controle, o que torna o problema da estabilidade de taludes e obras de contenção cada dia mais importante de ser tratado e divulgado junto a sociedade, criando processos de mapeamento das áreas de risco e buscando executar e priorizar as obras de contenção como já tem sido feitos em alguns municípios do Brasil afetados por este problema com apoio do estado e da federação e com um trabalho junto as redes sociais, agremiações, corpo de bombeiro, defesa civil, universidade e empresas de consultoria especializadas em engenharia geotécnica para que comece haver uma conscientização do poder público e da população da importância da ocupação ordenada e preservação das áreas naturais sem a degradação e ocupação desordenadas das encostas e dos taludes.
Escorregamento é um movimento de massa que ocorre em encostas, devido
principalmente as intempéries, falta de dispositivos de drenagem, falta de manutenção de dispositivos de drenagem existentes, cortes sem critério e controle sem que seja feito qualquer levantamento prévio das condições de geologia e da topografia do talude bem como suas condições de segurança junto a seus fatores de segurança normativos previstos pela engenharia geotécnica e devido ao acumulo de água e aumento de poro-pressões.
Treinamento na obra e DDS Especial de Segurança - Taludes Ingremes
4.2) Tipos de Taludes e Encostas
4.2.1) Taludes Naturais ou Encostas
São superfícies naturais e inclinadas do terreno formadas pela natureza, sem interferência humana.
Talude em encosta em com edificação - Foto Naresi
PROCESSO DE MOVIMENTAÇÃO DE MASSA
Os processos de transporte de matéria solidada dinâmica superficial do nosso planeta podem ser subdivididos em movimentos gravitacionais de massa, definidos como todos aqueles que são induzidos pela aceleração gravitacional, e em movimentos de transporte de massa, onde o material movimentado é transportado por um meio qualquer, como água, gelo ou ar.
Critérios básicos para a classificação dos movimentos gravitacionais de massa, ou, escorregamentos:
Cinemática do movimento: Definida pela relação entre a massa em movimentação e o terreno estável (velocidade, direção e sequência dos deslocamentos);
Tipo do material: Solo, rocha, detritos, depósitos, etc. Destacando a sua estrutura, textura e conteúdo de água;
Geometria: Tamanho e forma das massas mobilizadas.
Os movimentos gravitacionais de massa relacionados às encostas são agrupados em quatro classes de processos:
*Rastejos (creep);
*Escorregamentos (slides);
*Quedas (falls);
*Corridas (flow).
Os fatores que atuam na deflagração dos escorregamentos estão relacionados com os processos de escorregamentos e envolvem uma série contínua de eventos de causa e efeito que resultam na ruptura de materiais terrestres (solo, e, ou, rocha), quando as solicitações são maiores que a resistência dos terrenos.
Foto taude natural em paredão rochoso no parque nacional de Ibitipoca - Minas Gerais - Brasil
fonte: 118.1) O que é TALUDE ?
Exemplo de Trabalho em Talude para aplicação de tela metálica e chumbadores contra a queda de Rocha
Trabalho em corda dupla em talude corte de rocha com objetivo de proteção de estabilização com aplicação de chumbadores de aço diâmetro
4.2.2) Taludes Artificiais
São superfícies produzidas por aterros ou modificadas por obras
Conformação de talude para estabilidade na entrada do túnel de adução de barragem
A ideia do retaludamento e melhorar o fator de segurança do talude, melhorando a sua geometria e deitando o talude numa nova configuração onde o talude passa a ter um fator de segurança mais estável desejável de 1,5 que preserva vidas humanas e o patrimônio, somado a novas condições de drenagem e de banquetas e ate mesmo sendo complementado com soluções de engrenharia geotécnica tais como solo grampeado, concreto projetado e aplicação de telas metálicas dentre outras.
Esta contenção pode ser utilizada em todos os tipos de solo ou rochas, sendo comumente empregada para a contenção de taludes com risco de deslizamentos.
Esse tipo de contenção tem sido cada vez mais utilizada por partir do princípio da utilização apenas do solo como matéria prima. A eficácia e simplicidade dessa contenção tem aumentado o seu emprego.
Usado, normalmente, como proteção superficial e controle de drenagem, diminuindo as inundações, beneficiando o escoamento de água e inibindo as erosões.
Esses serviços devem ser realizados obedecendo às regras e às técnicas para não causar maiores danos ao meio ambiente, além de evitar acidentes futuros.
Essas soluções servem para apoiar decisões que permitem a escolha do tipo de obra e serviço que melhor se adeque à estabilização da encosta.
Apresentam também como objetivo estimular a criatividade para adaptação e/ou modificação total ou parcial das técnicas apresentadas, diante das características geotécnicas encontradas, dos recursos e mão-de-obra disponíveis e de outros fatores condicionantes.
A drenagem, o esgotamento sanitário e o lixo nos morros são abordados nos capítulos que seguem, uma vez que são elementos de relevantes para a manutenção da estabilidade das encostas.
Trabalho de retaludamento com apoio de andaimes para perfuração.
Retaludamento de encosta e taludes com a finalidade de melhorar o fator de segurança aumentando o mesmo para pelo menos 1,5 garantindo a estabilidade após cálculos geológicos e geotecnicos através de metodos de estabilidades de cunhas de ruptura.
Retaludamento de taludes
Taledes de fundação de Barragens
4.2.3) Estabilização de Taludes
Estabilização de taludes com solo grampeado verde
Técnica tem apelo mais sustentável por combinar chumbadores enterrados à cobertura com vegetação. Outras vantagens são baixo custo, fácil execução e uso de equipamentos leves
O solo grampeado verde é uma técnica para melhoria de solos com aplicações que podem ir da contenção de emboques de túneis e taludes rodoferroviários a subsolos de edificações e remediações de deslizamentos. A solução utiliza chumbadores metálicos e revestimento composto por mantas e vegetação. Pode ser utilizada para uso em maciços a serem cortados (que não apresentem estabilidade suficiente) e em taludes rompidos em acidentes. Trata-se de uma variação da técnica de solo grampeado que vem sendo utilizada desde meados da década de 1970.
VANTAGENS
O solo grampeado verde é indicado sempre que a inclinação do talude permitir o desenvolvimento das gramíneas
“O solo grampeado verde é indicado sempre que a inclinação do talude permitir o desenvolvimento das gramíneas”, a solução apresenta uma série de vantagens em relação às técnicas similares de reforço normalmente utilizadas, caso das cortinas atirantadas. Entre elas estão o baixo custo; a facilidade de execução; o uso de equipamentos leves, que permite a execução da técnica em lugares de difícil acesso; e a flexibilidade, uma vez que permite grande adaptação do projeto às condições geométricas do talude. O aspecto visual e o apelo sustentável são outros fatores que despertam o interesse por essa solução.
PROJETOS DE CONTENÇÃO
A estabilização de taludes com solo grampeado deve ser sempre precedida de um projeto geológico-geotécnico, o qual definirá a quantidade, as dimensões e o espaçamento dos chumbadores, que podem ser distribuídos em malha quadrada ou em formato de pé de galinha. O projeto é subsidiado, por sua vez, por uma campanha de sondagem prévia para mapeamento das características do solo.
A execução começa com perfurações no solo para instalação dos chumbadores ou grampos, dotados de mangueiras especiais de injeção. Dependendo das dimensões do furo e da área de trabalho, é possível optar por perfuratrizes tipo sonda ou perfuratrizes manuais. Quando a condição de trabalho permite alta produtividade, são utilizadas carretas perfuratrizes sobre esteiras.
"É importante que haja intervenção sempre que for constatada alguma anomalia na obra ou movimentação de terra"
ASCENÇÃO ENTRE BERMAS DE TALUDE PARA VERIFICAÇÃO DOS CHUMBADORES
Uma vez inseridos os chumbadores, iniciam-se as injeções de calda de cimento sob pressão e de forma setorizada, melhorando as condições geológicas do terreno. Para finalizar é feito um revestimento com mantas e vegetação para proteção superficial. A especificação de produtos (geomantas/biomantas), bem como da vegetação, varia em função das características do local, como inclinação, clima e tipo de solo. A execução deve ser acompanhada de testes de arrancamento de chumbadores para confirmar se esses elementos resistem à mesma carga de projeto.
De acordo com o engenheiro Luiz Antonio Naresi Júnior, especializado em projetos e obras de geotecnia, ao longo do processo de estabilização há uma série de pontos críticos que merecem atenção especial do construtor. Entre eles, Naresi destaca o acesso do sistema de injeção e transporte de materiais, o controle da qualidade da perfuração e do aço, e o controle da marcação topográfica da obra.
Cortina Atirantada e Contrafortes com Tirantes
Contraforte Atirantados e cortina atirantada para segurar o solo acima da Serra
TALUDE DE CORTE
A utilização dessa solução depende da inclinação do talude (foto: acervo Luiz Naresi)
O solo grampeado verde é uma técnica para melhoria de solos com aplicações que podem ir da contenção de emboques de túneis e taludes rodoferroviários a subsolos de edificações e remediações de deslizamentos. A solução utiliza chumbadores metálicos e revestimento composto por mantas e vegetação. Pode ser utilizada para uso em maciços a serem cortados (que não apresentem estabilidade suficiente) e em taludes rompidos em acidentes. Trata-se de uma variação da técnica de solo grampeado que vem sendo utilizada desde meados da década de 1970.
Casos extremos onde a recuperação passa a se tornar tão cara que fica economicamente impraticável a solução
4.2.3) Talude de Barragem
Analisar e ter conhecimento do local de trabalho.
Objetivo da análise das estabilidades
4.2.4) Tipos de Taludes
TREINAMENTO DE RAC
• Ângulo de face dos taludes: É a inclinação apresentada individualmente por uma bancada, formada pela interseção entre o plano da berma e o alinhamento entre o pé e a crista.
• Ângulo entre rampas: É o ângulo de talude intermediário aos acessos e rampas da cava formado pelo alinhamento de um conjunto de bancos e o plano horizontal do fundo da cava.
• Ângulo geral dos taludes: É o ângulo formado pelo alinhamento que passa pelo pé do conjunto de bancos e plano horizontal do fundo da cava ou pilha de estéril.
• Extensão do talude: Medida em planta do seu contorno ou desenvolvimento ao nível do pé.
• Pé de talude (aplicável a cortes e aterros): Parte mais baixa de um talude ou de um trecho dele.
• Topo ou crista do talude (aplicável a cortes e aterros): Parte mais elevada de um talude ou de um trecho dele.
• Acabamento de Talude: Deixar o talude nas condições de projeto. Executado em talude final (de cava ou de face) ou em taludes operacionais que vão ficar por muito tempo sem retomada.
• Banco ou Bancada: Pacote compreendido entre a linha de pé da bancada superior e a linha de pé da bancada imediatamente inferior ou vice-versa.
• Berma: Superfície compreendida entre o pé da bancada superior e a crista da bancada inferior.
• Retaludamento: Reescavação do talude para deixá-lo em condições adequadas à estabilidade geotécnica.
• Ângulo de Repouso: é o maior ângulo que o talude de um determinado material solto faz com o plano horizontal, sem ocorrer deslizamento à medida que mais materiais são adicionados ao monte.
4.2.5) Parâmetros Geométricos dos Taludes - Conceitos
Movimentos de Massa (Processos da Dinâmica Externa)
=> Solos em Geologia
É o produto do intemperismo físico e/ou químico das rochas pré-existentes na crosta terrestre.
=> Solos em Pedologia
São horizontes superficiais inconsolidados.
=> Solos em Engenharia
São materiais passíveis de escavação por processos mecânicos simples.
=> Rocha ou Litologia
É a menor unidade geológica mapeável e usada para descrever uma associação de minerais. Pode ser composta por um ou mais minerais.
5) Movimentos de Massa (Processos da Dinâmica Externa) – Rocha x Solo
INTEMPERISMO :
Intemperismo é um processo que altera física e quimicamente as rochas e seus minerais, tendo principais fatores o clima e o relevo. O intemperismo, também conhecido como meteorização, consiste na alteração física e química das rochas e de seus minerais.
6) Movimentos de Massa (Processos da Dinâmica Externa) - Horizontes de um Solo Maduro
Solo maduro é aquele que passa por alterações e modificações por um longo periodo de tempo. Esse solo se divide em três partes de "camadas", ou seja, a primeira cama é fofa e rica em matéria organica, a segunda camada é pobre em húmus e rico em argila e a terceira (mais funda) é feita por rochas sedimentadas
7) Classificação dos solos residuais e Perfis de Intemperismo
CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS RESIDUAIS
PERFIL DE INTEMPERISMO
8) Reconhecimento de Riscos
Risco de escorregamento durante a execução da obra.
Movimentos de Massa (processos da dinâmica externa)
Uma porção de material (solo x rocha) pode deslocar-se em relação ao resto do maciço desencadeando o processo denominado “Movimento de Massa”.
Este movimento se dá ao longo de uma superfície denominada “Superfície de Ruptura”.
“Quando se dá este evento, o mesmo é caracterizado como um ESCORREGAMENTO”.
9) Estudo de Estabilidade:
Eestudos de Estabilidade executados com campanhas de sondagens mistas bem feitas com pelo menos 2 furos de sondagem mixta em cada seções do talude para poder modelar no modelo geotécnico.
10) Movimentos de Massa – Escorregamentos Planares
Em condições específicas, uma porção do material de um talude pode deslocar-se em relação ao maciço restante, desencadeando um processo genericamente denominado de movimento de massa, ao longo de uma dada superfície chamada superfície de ruptura.
Os escorregamentos são os movimentos de massa mais frequentes e de consequências catastróficas.
A forma da superfície de ruptura varia dependendo da resistência dos materiais presentes na massa. Tanto em solos como em rochas a ruptura se dá pela superfície de menor resistência.
Se dá ao longo de uma superfície definida e plana.
Escorregamento Translacional
Escorregamento Translacional - Exemplo
11) Movimentos de Massa – Escorregamentos Circulares
Escorregamentos em solos espessos, homogêneos ou rochas com porosidade ou fraturadas.
Escorregamento Circular
Deslisamento circular
Deslisamento Circular
Causas dos deslisamentos:
Internas: Execesso de chuva em curto espaço de tempo com grande precipitação. São aquelas que não apresentam alteração aparente na geometria do talude, mas que diminuem as tensão de cisalhamento resistente do mesmo. Ex: diminuição da coesão do solo por meio do intemperismo, efeitos de variações térmicas, etc.
Intermediárias: fenomenos geológicos geotécnicos impreseptiveis que causam resultados de agentes no interior do talude. Ex: rebaixamento abrupto de lençol freático, piping, etc.
Externas: se referem ao aumento de tensões atuantes de cisalhamento, mas sem variação na resistência do solo. Ex: modificações na geometria do talude, por efeito natural ou antrópico.
12) Movimentos de Massa – Escorregamentos em Cunha:
Escorregamentos em solos espessos, homogêneos ou rochas com porosidade, fraturadas ou com estrutura interna com planos definidos.
13) Movimentos de Massa – Rolamento de Blocos
Rolamento de Blocos na Rodovia Rio Santos.
14) Erosão
É a desagregação e remoção de partículas de solo ou rocha, pela ação combinada da gravidade com a água, gelo, organismos.
15 - Erosão Hídrica
Ação da água de chuvas - laminar, linear, interna
16 - Erosão Natural ou Geológica
17 - Erosão Acelerada ou Antrópica
18 - Erosão Linear ou Concentrada
Causada pela concentração das linhas de fluxo das águas de escoamento superficial, resultando em pequenas incisões na superfície do terreno, em forma de sulcos, que podem evoluir, por aprofundamento, para ravinas e voçorocas.
19 - Fatores
Fatores antrópicos
Desmatamento
Uso e ocupação
Práticas de manejo
Fatores naturais
Chuva (erosividade)
Cobertura vegetal (defesa natural, infiltração, retenção)
Relevo (forma, declividade e comprimento de rampa)
Solos (textura, estrutura, permeabilidade, erodibilidade)
Substrato rochoso (grau de alteração, fraturamento, estruturas)
20 - Erosão Linear Concentrada
Desenvolvimento da erosão interna ou entubamento (pipping), também conhecido como erosão interna, formação de dutos preferências para escoamento da água.
A liquefação do solo, que causa esse tipo de deslizamento de terra, ocorre quando o tremor de um grande terremoto rasga o solo úmido e solto, superando o atrito que normalmente mantém as partículas de sujeira juntas. O solo perde sua integridade estrutural e começa a fluir como um líquido. Os edifícios caem à medida que seu apoio desaparece. Objetos pesados, como carros, afundam na lama, enquanto a água enterrada e os canos de esgoto chegam à superfície.
Erosão Linear ou Concentrada
21) Erosões
Trincas em Bermas e acessos
Recalques em Bermas
Parando no acidente da estrada em viagem pessoal mostrando a formação de trinca de tração no asfalto mostrando a importância de se identificar o risco Geotecnico .
Estufamento no pé de bancos
Escorregamento onde apresenta estufamento de talude devido ao de massa deslizado na encosta
Cristas Negativas
Talude Negativo, não podemos permancer abaixo dele e os serviços devem ser feitos avaliando as trincas de tração superiores.
Blocos rochosos na face de taludes
Áreas com histórico de rupturas
Presença de blocos rochosos instáveis desfavoráveis ao escorregamento
Histórico de rupturas na Carretera em Tapapoto - Perú.
22) Histórico de Acidentes
Rupturas de taludes de mineração
EScorregamento de taludes constates em regiões litoraneas e cavas de mineração
Escorregamento em ombreira de barragem
Mineração o risco e cuidados devem ser redobrados quantoa avaliação das tirncas e locais de instabilidade
23) Procedimentos e Medidas de Controle
MÉTODO ASCENDENTE
Da base para o topo pela sequência em ponta de aterro
Lançamento do material estéril a partir da crista, sem planejamento, ordem ou controle.
Aparentemente mais econômico, mas não atende as condições mínimas de segurança;
Pode causar escorregamentos e erosão, pois não se executa a proteção superficial contra esta última, ficando o material solto e fofo.
Reduz a distância de transporte, porém o material não adquire compactação;
Não apresenta drenagem adequada
No período de chuva pode romper e escorregar pela ação de saturação do maciço;
MÉTODO NÃO RECOMENDADO PARA CONSTRUÇÃO DE PILHAS
24) Retaludamento
Retaludamento feito de cima para baixo encontrando o solo residual resistente
Aumentar a estabilidade da pilha através da compactação da superfície,
Facilita o plantio e melhora a condição de fixação da vegetação;
Possibilita o tráfego de equipamentos (rampas mais suaves).
Conformação final de parte da pilhas de estéril
taludes de aterro
Estrutura formada pelo lançamento a seco de materiais ou temporário descartados na operação de lavra seja em caráter definitivo
25) Drenagem Superficial
Inclinações adotadas para drenagens nas bermas.
Inclinações Inadequadas
Descidas d´água implantadas em bancadas retaludadas e revegetadas.
Recobrimento vegetal da área após o retaludamento das bancadas.
ØPermite a estabilidade da estrutura;
Ø Ajuda na prevenção de processos erosivos;
Ø Utiliza-se um coquetel de sementes de espécies nativas que proporcione crescimento rápido, com elevada capacidade reprodutiva e que promovam a sucessão de outras espécies;
Ø As plantas nativas foram escolhidas por não secarem no inverno e se adaptarem melhor às áreas;
Ø Restabelecimento dos processo biológicos.
Correção da estabilidade de talude por retaludamento e aplicação de geocélula para ter substrato para recuperação do talude e da degradação da área.
Movimento de massa, também chamados de deslizamentos, escorregamentos, rompimento de taludes, queda de barreira, entre outros é um processo natural, caracterizados por quaisquer deslocamentos de rochas ou segmentos e deslizamentos de solo sob o efeito da gravidade quase sempre potencializado pela ação água.
No Brasil, o clima predominantemente tropical, com grandes índices pluviométricos no verão, é gerador de catástrofes originadas pelos movimentos de massa e os casos são recorrentes. Sendo muito suscetível a esse tipo de desastre ambiental, são realizados no Brasil diversos estudos sobre o assunto, sendo um tema amplamente debatido entre especialistas em congressos e conferências
específicas sobre o tema. Devido à geomorfologia e as condições climáticas, o Brasil é um país que, de modo geral, tem grandes riscos de desastres e catástrofes relacionadas ao deslizamento de encostas. O país passa por uma constante mudança de crescimento do seu sistema urbano, essas relacionadas ao desenvolvimento socioeconômico da nação. O alto índice de crescimento populacional e a concentração dessa população nos grandes centros urbanos tornou evidente que a falta de planejamento e ocupação desenfreada gera diversos problemas ambientais, dentre eles os relacionados com o deslizamento de encostas.
O Brasil sofre desastres relacionados ao rompimento de taludes, quase sempre esses movimentos de massa terminam em tragédias e são responsáveis por um número elevado de mortes, sendo que existem registros de escorregamentos desde o ano de 1650.
Duas tragédias consecutivas, ocorridas no estado do Rio de Janeiro nos anos de 2010 e 2011 no morro do Bumba, Angra dos Reis e, o pior deles, na Região Serrana do Rio de Janeiro, levou a comunidade a refletir sobre o papel da Engenharia Civil no impedimento de acidentes como esses. De fato, as consequências dessas tragédias, na sociedade, são muito grandes, levando a comunidade científica a pensar a respeito de políticas públicas que funcionem, para que seja possível coibir que acidentes de proporções tão grandes atinjam mais uma vez a comunidade local.
Tendo no horizonte este problema, foram analisadas neste trabalho de forma clara e sistemática quais as sequelas sociais ocasionadas pelos deslizamentos de terra e rolamento de rochas ocorridos na Região Serrana do Rio de Janeiro e quais as possíveis soluções – objetivando custo e eficiência – que podem ser adotadas a partir dessa análise. Será feito um levantamento com base em dados disponíveis em diversas pesquisas e relatórios, relacionados ao custo dos acidentes com deslizamentos de terra.
Em decorrência de sua grandeza, como desastre, e de sua abrangência, tratando das soluções aplicáveis ao caso, este foi o caso escolhido para análise. A região serrana fluminense é a mais propícia a acidentes desse tipo. Prova disso é que cerca de 40% das mortes registradas oficialmente entre os anos de 1988 e 2022 aconteceram nessa região. Segundo dados oficiais, foram 1200 mortes, 45 mil desabrigados e cerca de um milhão de pessoas foram afetadas de algum modo pelo acidente. Mesmo após 10 anos, restam ainda cerca de 350 desaparecidos. No entanto, dados não oficiais apontam para um número ainda maior de mortes e prejuízos. Segundo dados de associações daquela região, baseado no número de contadores de energia dos bairros, às mortes podem passar de 10 mil, já que existem diversos relatos de áreas em que toda a comunidade foi dizimada e não há quem reclame de corpos ou desaparecimento.
A abordagem adotada na pesquisa é qualitativa (Santos Filho, 2001), tendo em vista que a investigação toma por base um único caso. Sendo assim, não é possível afirmar com precisão que os dados podem ser extrapolados para toda a população sem que haja prejuízo quanto aos resultados que serão obtidos. Vale ressaltar que o trabalho se trata de um estudo de caso evidenciando, entre outras coisas, as consequências sociais do desastre e apontando possíveis soluções, tanto de caráter preventivo, como também de caráter corretivo para os movimentos de massa que serão caracterizados. Portanto, torna-se fácil de observar que, embora não se tenha certeza da exatidão e da eficácia destes resultados ao serem aplicados em outras situações, e de que, obviamente, as características climáticas, de relevo e solo sejam diferentes nas diversas regiões do país.
Abaixo algumas fotos do que vivo constantemente nesta minha vida de engenheiro geotécnico:
ACIDENTES GEOTÉCNICOS NAS REGIÕES SERRANAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS
Mecanismos de Ruptura - Prof. Ana laura Nunes
Escorregamento de massa atingindo Casas e Rodovias
Escorregamento de blocos de rocha interditando a Rodovia - Foto Naresi
Escorregamento de Massa em Talude Rodoviário - Foto Naresi
Deslizamento translacional de blocos de rocha fechando a rodovia
Deslocamento de pilhas de blocos em talude rodoviário - Foto Naresi
Deslizamento a montante a a jusante de rodovia colocado a mesma em condição de risco e vulnerabilidade aos usuários - Foto : Naresi
Escorregamento de lama em região serrana com risco de atingir casas próximas - Foto Naresi