Professora Alvinéia Rodrigues de Almeida
Disciplina Eletiva
“A revolta da vacina
Por Cássio Leite Vieira
Entre os dias 10 e 18 de novembro de 1904, a cidade do Rio de Janeiro viveu o que a imprensa chamou de a mais terrível das revoltas populares da República. O cenário era desolador: bondes tombados, trilhos arrancados, calçamentos destruídos tudo feito por massa de 3 000 revoltosos. A causa foi a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. E o personagem principal, o jovem médico sanitarista Oswaldo Cruz.
(...)
Em nove meses, a reforma urbana derruba a cerca de 600 edifícios e casas, para abrir a avenida Central (hoje, Rio Branco). A Ação, conhecida como bota-abaixo, obriga parte da população mais pobre a se mudar para os morros e a periferia. A campanha de Oswaldo Cruz contra a peste bubônica correu bem. Mas o método de combate à febre amarela, que invadiu os lares, interditou, despejou e internou à força, não foi bem sucedida. (...)
O mês de novembro d 1904 pôs fogo no Rio de Janeiro
Dia 09
O jornal Carioca A Notícia publica o projeto de regulamentação da lei de vacinação obrigatória. Os termos são considerados autoritários e começa a indignação popular. No dia 10, o povo se aglomera no largo de São Francisco. Morra a polícia. Abaixo a vacina, gritam os oradores. A multidão desce a rua do Ouvidor e, na praça Tiradentes, encontra policiais. Ao final, quinze presos.
Dia 11
A Liga Contra a Vacina Obrigatória marca um comício no largo de São Francisco. Seus líderes não comparecem. Mas, exaltada, a multidão recebe a polícia com pedras, paus e pedaços de ferro da construção da avenida Central (hoje, Rio Branco). À noite, cerca de 3 000 pessoas marcham contra o Palácio do Catete, sede do governo, já cercado por tropas. Na volta, pela Lapa, há novos confrontos. Tiros. Morre o primeiro popular.
Dia 12
Nos três dias seguintes, a cidade se transforma num campo de batalha, com barricadas em diversos pontos. Bondes e pontes são depredados. Trilhos e calçamentos, arrancados.”
https://www.todamateria.com.br/revolta-da-vacina/
Para discutir o texto (registrar a resposta no caderno)
1-Como se percebe a polícia higienista adotada no Rio de Janeiro no começo do século XX?
2-O que aconteceu com a população mais pobre diante do “bota-abaixo”?
3-De que maneira a lei da vacinação obrigatória foi recebida pela população?
4- Procure imaginar a sequência de acontecimentos narrados na notícia?
Começamos nosso 2º Bimestre, peço o engajamento e a dedicação de vocês. Juntos venceremos as dificuldades!
1ª Semana
2ª Semana
Professora: Alvinéia Rodrigues de Almeida
Disciplina: Eletiva Resistência
Atividades sobre Gravidez na Adolescência
3ª Semana
4ª Semana
5ª Semana
Link da Atividade avaliativa do 2º Bimestre
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdxmZ0_MuvovepE-KsvHI7P1M-VXjyDGaAm_1ZmO2nJwnb4xg/viewform
1ª Semana
Acesse o link abaixo:
https://forms.gle/qsWs3YR2AcxtG8fy8
2ª Semana
Corrimentos
Aparecem no pênis, vagina ou ânus.
Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST.
Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira.
Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual.
Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos.
Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.
O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal.
Feridas
Aparecem nos órgãos genitais ou em qualquer parte do corpo, com ou sem dor.
Os tipos de feridas são muito variados e podem se apresentar como vesículas, úlceras, manchas, entre outros.
Podem ser manifestações da sífilis, herpes genital, cancroide (cancro mole), donovanose e linfogranuloma venéreo.
Verrugas anogenitais
São causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) e podem aparecer em forma de couve-flor, quando a infecção está em estágio avançado.
Em geral, não doem, mas pode ocorrer irritação ou coceira.
HIV/aids e hepatites virais B e C
Além das IST que causam corrimentos, feridas e verrugas anogenitais, existem as infecções pelo HIV, HTLV e pelas hepatites virais B e C, causadas por vírus, com sinais e sintomas específicos.
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
É outra forma de manifestação clínica das IST.
Decorre de gonorreia e clamídia não tratadas.
Atinge os órgãos genitais internos da mulher (útero, trompas e ovários), causando inflamações.
Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.
1-As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) podem se manifestar de várias formas. Por isso é importante que o corpo seja observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde e, quando indicado, avisar a parceria sexual. O corrimento, como um sinal de manifestação de infecção, pode se manifestar causando situações como as descritas a seguir, exceto:
a) Modificação da anatomia da genitália.
b) Cheiro forte e/ou coceira.
c) Dor ao urinar.
d) Dor durante a relação sexual.
2-As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual. A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passa a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), pois:
a) Destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
b) Define que uma pessoa transmite uma infecção somente via sexual.
c) Mesmo que a transmissão possa acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, só é considerada IST se for via exclusivamente sexual.
d) O atendimento e o tratamento são somente para parceiros que mantém relação sexual.
3-A IST aparece, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outra parte do corpo, como por exemplo: palma das mãos, olhos, língua. São três as principais manifestações clínicas das IST. Sendo assim, qual alternativa não corresponde a uma dessas manifestações clínicas?
a) Necrose.
b) Corrimento.
c) Feridas.
d) Verrugas anogenitais.
Professora: Alvinéia Rodrigues de Almeida
Disciplina: Eletiva Resistência 3 Semana
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Por que alertar a parceria sexual de uma infecção sexualmente transmissível?
•O controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) não ocorre somente com o tratamento de quem busca ajuda nos serviços de saúde.
• Para interromper a transmissão dessas infecções e evitar a reinfecção, é fundamental que as parcerias também sejam testadas e tratadas, com orientação de um profissional de saúde.
•É importante a informação sobre as formas de contágio, o risco de infecção, a necessidade de atendimento em uma unidade de saúde, as medidas de prevenção e tratamento (ex.: relação sexual com uso de camisinha masculina ou feminina até que a parceria seja tratada e orientada).
O que é Aids?
•A aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV é a sigla em inglês).
•Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças.
•As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+.
•O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo.
•Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
O que é HIV?
•O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente Transmissível.
Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns, como por exemplo:
•período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença;
•infecção das células do sangue e do sistema nervoso;
•supressão do sistema imune.
O que é sistema imunológico?
•O corpo reage diariamente aos ataques de bactérias, vírus e outros micróbios, por meio do sistema imunológico.
•Muito complexa, essa barreira é composta por milhões de células de diferentes tipos e com diferentes funções, responsáveis por garantir a defesa do organismo e por manter o corpo funcionando livre de doenças.
•Entre as células de defesa estão os linfócitos T-CD4+, principais alvos do HIV, vírus causador da aids, e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível.
•São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores.
•Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os microrganismos estranhos que entram no corpo humano.
•O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, penetrando no seu interior para se multiplicar.
•Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças.
•Quando o organismo não tem mais forças para combater esses agentes externos, a pessoa começar a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem aids.
Como é feito o diagnóstico da AIDS / HIV?
-Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus.
-O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito a partir da coleta de sangue ou por fluido oral.
-No Brasil, temos os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.
-Esses testes são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) podem ser feitos de forma anônima, em todos os casos, a infecção pelo HIV pode ser detectada em, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco.
- O exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no material coletado.
Quais são os sintomas da Aids / HIV?
•Quando ocorre a infecção pelo vírus causador da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado.
•E é na primeira fase, chamada de infecção aguda, que ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença).
•Esse período varia de três a seis semanas.
• E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV.
•Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar.
•Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.
•Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas.
•O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns.
•A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+ (glóbulos brancos do sistema imunológico) que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue.
•Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades.
•Os sintomas mais comuns nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
•A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo.
•Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids.
•Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
•Por isso, sempre que você transar sem camisinha ou passar por alguma outra situação de risco, procure uma unidade de saúde imediatamente, e faça o teste.
Tratamento da AIDS / HIV
•Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo.
•Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.
•Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
•Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 38 apresentações farmacêuticas.
Professora: Alvinéia Rodrigues de Almeida
Disciplina: Eletiva Resistência 4ª Semana
Infecções Sexualmente Transmissíveis
Representação gráfica da Prevenção Combinada
· Uma das maneiras de pensar a Prevenção Combinada é por meio da "mandala".
· O princípio da estratégia da Prevenção Combinada baseia-se na livre conjugação dessas ações, sendo essa combinação determinada pelas populações envolvidas nas ações de prevenção estabelecidas (população-chave, prioritária ou geral) e pelos meios em que estão inseridas.
Populações-chave
A epidemia brasileira é concentrada em alguns segmentos populacionais que, muitas vezes, estão inseridos em contextos que aumentam suas vulnerabilidades e apresentam prevalência para o HIV superior à média nacional, que é de 0,4%. Essas populações são:
· Gays e outros HSH.
· Pessoas trans.
· Pessoas que usam álcool e outras drogas.
· Pessoas privadas de liberdade.
· Trabalhadoras do sexo
Populações prioritárias
São segmentos populacionais que possuem caráter transversal e suas vulnerabilidades estão relacionadas às dinâmicas sociais locais e às suas especificidades. Essas populações são:
· População de adolescentes e jovens.
· População negra.
· População indígena.
· População em situação de rua
Pré-natal
· Durante a gestação e no parto, pode ocorrer a transmissão do HIV (vírus causador da aids), e também da sífilis e da hepatite B para o bebê. O HIV também pode ser transmitido durante a amamentação.
· Por isso as gestantes, e também suas parcerias sexuais, devem realizar os testes para HIV, sífilis e hepatites durante o pré-natal e no parto.
· O diagnóstico e o tratamento precoce podem garantir o nascimento saudável do bebê.
· Informe-se com um profissional de saúde sobre a testagem.
Que testes a gestante deve realizar no pré-natal?
· Nos três primeiros meses de gestação: HIV, sífilis e hepatites.
· Nos três últimos meses de gestação: HIV e sífilis.
· Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e hepatites.
· Em caso de aborto: sífilis.
· Os testes para HIV e para sífilis também devem ser realizados no momento do parto, independentemente de exames anteriores.
· O teste de hepatite B também deve ser realizado no momento do parto, caso a gestante não tenha recebido a vacina.
E se o teste for positivo para o HIV durante a gestação?
-As gestantes que forem diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e, se orientado pelo médico, também no parto.
-O tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança.
-O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado no serviço de saúde.
-Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para a criança por meio do leite materno