História
8º ano A
Professor Josemar
1ª Semana
https://www.youtube.com/watch?v=4RCQA3vw54Q
Link para auxiliar na compreensão.
Atividade
https://docs.google.com/forms/d/13EIhtygjl8VCsHIP8UfTU3WD2rG5ZVyKOulJPP0d2Q/edit
3ª Semana
https://www.youtube.com/watch?v=SHl__q3qGIU
Link para auxiliar na compreensão.
Atividades
1. O que foi a Finta?
2. O que foi a Derrama?
3. Quem orquestrou a Inconfidência Mineira?
4. No que a Conjuração Baiana se diferenciava da Inconfidência Mineira?
5. Cite um fator que gerava descontentamento em Pernambuco.
Responder preferencialmente em um arquivo de Word e enviar para josi_historiasilva@yahoo.com.br com nome completo, número, série e escola. Peço que acrescente um código nas informações para facilitar a organização dos registros. O código desta atividade será S2206.
4ª Semana
5ª Semana
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA 2ª BIMESTRE
https://docs.google.com/forms/d/1WIkIcO8VkE8btuLJgTjJRLEsRkz4-qYWbfU4dRvi45w/viewform?edit_requested=true
HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
PERÍODO JOANINO
Com a ascensão de Napoleão na França, a Europa vai conhecer a “Era Napoleônica”, período em que os exércitos franceses aterrorizaram o velho mundo. O único país que conseguia ficar em pé de igualdade com a França era a Inglaterra - a “Senhora dos Mares” -, graças a sua poderosa Marinha. A França percebe que uma vitória militar contra a Inglaterra será algo difícil, pois o desembarque dos exércitos franceses na Inglaterra se torna uma tarefa difícil, principalmente após a derrota na batalha de Trafalgar, que enfraquece a já desestabilizada Marinha Francesa. Para tentar destruir a Inglaterra, Napoleão tenta enfraquece-la economicamente, implantando o Bloqueio Continental (1806). Por essa medida, Napoleão proibia a realização de comércio entre a Inglaterra e qualquer país continental da Europa.
Portugal, por possuir laços econômicos muito antigos com a Inglaterra, não consegue aderir a esse tratado. Devido a isso, a França decide retaliar, promovendo uma invasão do território português. D. João VI, príncipe regente português, substituto de sua mãe, D. Maria I, que se encontrava afastada do trono por demência desde o ano de 1792, ao saber que os franceses estavam a caminho das terras lusitanas, decide fugir, levando sua família e os membros mais importantes dos aparelhos político-administrativos. Em janeiro de 1808, após uma desesperada fuga e sendo escoltado por parte da Marinha Inglesa, o rei português e sua família desembarcam em Salvador. Lá eles adotam sua primeira medida em território brasileiro, sendo ela a “Abertura dos portos às nações amigas”, que previa a liberação da importação de produtos oriundos de nações amigas em terras brasileiras. Isso significou na prática o rompimento do Pacto Colonial. É válido mencionar que essa medida beneficiou principalmente a Inglaterra, a mais importante aliada dos portugueses até então.
Logo em seguida, a Família Real deslocou-se para a capital brasileira, o Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, surgem as dificuldades em acomodar todos os integrantes da corte portuguesa em terras brasileiras, bem como os aparelhos político-administrativos. Na teoria, o que estava acontecendo era a transferência do centro de autoridade política portuguesa de Lisboa para o Rio de Janeiro.
Em abril de 1808 é criado o Alvará de Primeiro de Abril, que liberava a instalação de fábricas no Brasil. A falta de capital inicial para a construção de indústrias, o comércio interno limitado pelo escravismo, a ausência de uma mentalidade industrial e a concorrência com os produtos ingleses foram fatores que fizeram com que essa medida fosse ineficaz. Em outubro de 1808, é fundado o Banco do Brasil, que além de intensificar a fiscalização da cobrança de impostos, teve como objetivo conceder empréstimos para as elites brasileiras. No ano de 1809, D. João VI dá tons imperialistas ao seu governo. A Guiana Francesa é invadida como forma de retaliação direta à Napoleão e o Uruguai é ocupado, já que não havia uma autoridade espanhola.
Em 1810, Portugal toma outra medida: o Tratado de Comércio e Navegação. Por esse acordo, os produtos ingleses pagariam tarifa de 15% sobre seu valor, enquanto os produtos portugueses pagariam 16% e os de outras origens pagariam 24%. Nesse mesmo ano, Portugal assina com a Inglaterra o Tratado de Aliança e Amizade, pelo qual o governo português compromete-se a trabalhar pela gradual abolição do tráfico de escravos.
Em 1815, após a queda de Napoleão, o Brasil é elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves. Com isso, D. João VI conseguia “matar dois coelhos com apenas uma única cajadada”, pois ao mesmo tempo em que resolve o problema de uma possível independência brasileira devido a sua saída prematura das terras brasileiras, ele também consegue participar das decisões do Congresso de Viena, passando a ter, inclusive, direito a voto.
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Atividades
1. Alguns historiadores sustentam que as Guerras Napoleônicas foram embates entre a baleia e o urso. Nessa guerra, os principais conflitos envolveram a França e a Inglaterra. Ao ler o primeiro parágrafo do material acima, tente explicar o porquê dessa afirmação dos historiadores.
2. Qual era o objetivo do Bloqueio Continental?
3. Por que Portugal não aderiu ao tratado do Bloqueio Continental?
4. “Algo errado não está certo”. Você provavelmente já deve ter visto essa máxima em algum meme. Tente achar no Tratado de Comércio e Navegação algo que não faz muito sentido.
5. O que o Tratado de Aliança e Amizade previa?
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
Revolução Liberal do Porto
Em 1820, acontece em Portugal a Revolução Liberal do Porto. Esse episódio aconteceu porque, após o fim das Guerras Napoleônicas, é instalado em Portugal um governo regencial que oprimia a maioria dos portugueses e que não conseguiu solucionar as crises econômicas. Em agosto deste ano, a burguesia lusitana inicia uma revolução na cidade do Porto. Algumas de suas exigências eram: a elaboração de uma Constituição; recuperação da economia portuguesa; regresso imediato de D. João VI à Portugal; e o retorno do Brasil à condição de colônia. Por essa última medida podemos observar que nem tudo nessa revolução tinha características liberais, pois a exigência do retorno do Brasil à condição de colônia resultaria em uma volta do Pacto Colonial, medida claramente de feições Absolutistas. As exigências dos rebeldes de Lisboa não agradavam às elites brasileiras, fazendo com que surgissem os primeiros rumores de independência do período.
Regência de D. Pedro e Independência do Brasil
Em abril de 1821, D. João VI parte para Portugal, deixando como regente seu filho, D. Pedro. No mesmo mês, Portugal delibera que as províncias brasileiras deveriam ficar submetidas a Portugal, e não ao príncipe regente. Isso desagrada enormemente as elites brasileiras, que sendo lideradas por José Bonifácio e apoiando D. Pedro, promovem as primeiras manifestações em favor da independência. Para as elites brasileiras, realizar a independência e manter a mesma forma de governo seria muito interessante, pois com isso eles poderiam manter o modelo agroexportador, a escravidão e a estrutura latifundiária.
Com receio de que a Independência fosse efetivada, o governo português exige que D. Pedro volte a Portugal. Isso alarmava as elites brasileiras, pois com isso a política que visava voltar o Brasil à condição de colônia de Portugal somente se fortalecia. Em 9 de janeiro de 1822 – o conhecido “Dia do Fico” -, pressionado pela elite brasileira, D. Pedro diz à metrópole que fica no Brasil. Em maio desse mesmo ano, D. Pedro promulga o “Decreto do Cumpra-se”, que previa que qualquer decreto enviado por Portugal só teria validade depois do seu aval. Um mês depois, em junho, é convocada uma Assembleia Constituinte, com o objetivo de elaborar a primeira constituição do Brasil. Em todos esses episódios fica claro o antagonismo dos interesses entre Portugal e Brasil, sendo que a Independência do Brasil, ocorrida em 7 de setembro de 1822, será o resultado direto desse distanciamento de pretensões. Três meses depois, D. Pedro foi coroado como imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I.
É interessante observar que os maiores desejos dos membros da elite brasileira foram atendidos, já que, após a Independência, podemos notar que não houve mudanças drásticas no quadro político-econômico brasileiro, pois os grandes proprietários de terras (latifundiários) se mantiveram no poder, assim como houve a preservação da escravidão. Outra característica notável é que a forma de governo (monarquia) se manteve, dando continuidade até mesmo na dinastia existente. As discrepâncias ficariam por conta de como se estruturaria o Estado brasileiro, já que as elites nem eram homogêneas politicamente e nem tinham um projeto claro de ordenamento para a nova nação.
https://www.youtube.com/watch?v=FzELRO4G4dM
https://www.youtube.com/watch?v=TzwFrYCd-6M
Links para auxiliar na compreensão.
Atividades
1. Por que acontece a Revolução Liberal do Porto?
2. Quando D. João VI parte em direção à Europa, quem assume seu lugar aqui no Brasil?
3. O que foi o “Dia do Fico”?
4. O que foi o “Decreto do Cumpra-se”?
5. Como ficou a situação das elites brasileiras após a independência?
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
Período Regencial e Golpe da Maioridade
Pela Constituição de 1824 determinava-se que enquanto o herdeiro não completasse 18 anos o império seria governado por uma regência.
Ao término do Primeiro Reinado, surgiram algumas facções dentro do cenário político brasileiro:
- Liberais moderados (ou chimangos): Defendiam os interesses da aristocracia, por meio da consolidação da independência com o mínimo possível de alterações
socioeconômicas. Em resumo, defendiam um liberalismo de fachada.
- Liberais exaltados (ou jurujubas): Pretendiam a liberalização máxima do sistema
político, por meio da instauração da República e do federalismo (maior autonomia para
as províncias). Em resumo, defendiam um liberalismo verdadeiro.
- Restauradores (ou caramurus): Desejavam restaurar D. Pedro ao trono,
implantando uma monarquia absolutista.
Durante os 9 anos de regência formaram-se 4 governos:
- Regência trina provisória (de abril a junho de 1831)
- Regência trina permanente (1831 – 1835)
- Regência una de Padre Feijó (1835 – 1837)
- Regência una de Araújo Lima (1837 – 1840)
De forma geral, podemos dizer que houve dois períodos em que Liberais, em um
primeiro momento, e Conservadores, posteriormente, se mantiveram no poder.
- 1831 – 1837: Avanço Liberal
Esse momento é caracterizado pela libertação de presos políticos encarcerados
durante o Primeiro Reinado, suspensão do poder moderador, criação da Guarda
Nacional e do Código do Processo Criminal.
- 1837 – 1840: Regresso Conservador
Esse momento é caracterizado pela transferência das forças policiais e judiciais
para o poder central, centralização política, restrição da autonomia das províncias e por
haver um pacto de elites para conter o avanço popular. Além disso, nesse período ocorre
uma reconfiguração das facções políticas no Brasil, surgindo o Partido Regressista
(Conservador) e o Partido Progressista (Liberal).
Essa política centralizadora desagrada às elites das províncias, que passam a apoiar
o Partido Progressista. Os liberais fundam o Clube da Maioridade, que arquitetava um
plano para que Pedro de Alcântara assumisse o trono antes de completar 18 anos. Em
julho de 1840, acontece o Golpe da Maioridade, onde Pedro de Alcântara, agora D.
Pedro II, com 15 anos, assume o trono.
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Atividades
1. Dom Pedro II assumiu o trono com aos cinco anos de idade?
2. Já que Dom Pedro II não assume o trono com 5 anos de idade, quem assumiu o comando do Brasil?
3. Quais foram os quatro governos que se formaram durante os 9 anos de regência?
4. O Clube da Maioridade foi fundado por quem?
5. O que foi o Golpe da Maioridade?
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
S2610
Antes de passarmos para o período em que D. Pedro II governa, é necessário analisar algumas rebeliões que iniciaram na gestão das regências. Essas revoltas caracterizaram-se por serem resultados das dificuldades em que vivia a maioria da população brasileira e das disputas pelo poder entre as elites.
Essa revolta teve a participação de negros e mulatos, muitos deles adeptos do islamismo, que não suportavam mais os maus tratos. As elites da região sentiram que o movimento poderia abalar suas principais bases de sustentação, que eram a escravidão e
o latifúndio. Após uma delação, que apontou os líderes, o movimento foi abafado.
Essa rebelião contou com a participação de índios e mestiços, fazendo com que ela possuísse um caráter popular. Ela foi o resultado da miséria da população e da opressão exercida pelas elites locais. Os insurretos chegaram a ocupar a capital por duas vezes,
mas a ofensiva militar do governo central abafou o movimento.
Em 1835, o charque gaúcho sofre uma tributação mais elevada, fazendo com que sofresse uma concorrência do charque argentino e uruguaio. Tropas comandadas por Bento Gonçalves tomam Porto Alegre e fundam a República do Piratini. Com a ajuda do revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, o movimento se expande até Santa Catarina, onde é proclamada a República Juliana, em 1839. Como esse movimento foi orquestrado pelas elites, o governo realizou negociações mais moderadas.
Ao término do conflito, os líderes não foram punidos, a carne estrangeira sofreu uma taxação e os escravos que participaram do conflito foram libertados.
Havia um sentimento de perda de prestígio da região, muito principalmente por conta do declínio do negócio da cana. O estopim da revolta se dá quando o governo central recruta compulsoriamente homens para combater os farrapos na região sul. Tem
início então uma rebelião, liderada pelo médico Francisco Sabino. Os revoltosos não eram contrários ao Império, mas sim ao governo regencial, pois entre suas propostas estava a de manter um governo autônomo até que D. Pedro completasse 18 anos. Tropas
do governo central são enviadas e abafam o movimento.
Ocorreu devido às dificuldades que o algodão brasileiro possuía em concorrer com o algodão estadunidense. A revolta teve início com uma disputa das elites locais pelo poder, mas na sequência o movimento alastra-se e alcança as camadas populares, sem a
existência de nenhum tipo de organização. Tropas do governo são enviadas e reprimem violentamente o movimento, com exceção dos membros da elite, que conseguem fugir.
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
S0911
SEGUNDO REINADO: SITUAÇÃO INTERNA
Política interna
No cenário político dos primeiros anos do Segundo Reinado podia-se ver que a elite política estava dividida em duas facções políticas:
- Partido Liberal (“luzias”): Defendiam o federalismo, dando maior autonomia para as províncias.
- Partido Conservador (“saquaremas”): Defendiam a centralização do poder.
Como o Golpe da Maioridade foi arquitetado pelos Liberais, como forma de retribuição, D. Pedro II constrói o primeiro ministério apenas com elementos do Partido Liberal. Entretanto, a Câmara dos Deputados seguia tendo maioria de Conservadores.
Dessa forma, o imperador dissolve a Câmara, convocando novas eleições parlamentares. Para garantir a vitória dos Liberais, vários métodos de fraude e coerção eleitoral foram aplicados, sendo facilitados pela questão de que muitos cargos controladores das eleições, como o de juízes e chefes de polícia, estavam nas mãos dos Liberais. Essas disputas eleitorais ficaram conhecidas pela alcunha de “Eleições do Cacete”. Ao fim e ao cabo, os Liberais conseguiram maioria no Parlamento. Mesmo contando com uma maioria de integrantes nesse órgão, os Liberais encontraram dificuldades para governar, principalmente devido às insurgências que aconteciam no sul (Farroupilha).
Aproveitando-se dessa fragilidade, os conservadores reagem e usam sua pequena força para demitirem Liberais que ocupavam cargos importantes. A denúncia dos métodos imorais usados pelos Liberais durante as eleições anteriores foi a principal arma dos Conservadores para abrir fissuras na base dos Liberais, fazendo com que os mesmos perdessem prestígio.
Em 1841, o Ministério cai e outro é formado, dessa vez composto por Conservadores. Assim que assumem, os Conservadores tomam medidas que visavam seu próprio interesse. Ocorre uma reforma do Processo Criminal, tornando mais duras as penalidades contra a subversão política e aumenta-se a renda exigida para ser eleitor, além de criar o cargo de Chefe da Polícia, permitindo ao governo um rígido controle de toda organização policial do país. O Ministério, agora com feições conservadoras, pede ao Imperador que dissolva a Câmara dos Deputados, que possuía uma maioria de Liberais, alegando fraude nas eleições. D. Pedro II concorda e realiza tal pedido,
convocando novas eleições, na qual os Conservadores vencem. Prejudicados em seus interesses, liberais paulistas e mineiros revoltam-se contra o governo.
Rebeliões Liberais de 1842
Em São Paulo, a revolta inicia-se em maio, na cidade de Sorocaba, liderada pelo ex-regente e padre Diogo Feijó e pelo brigadeiro Tobias de Aguiar. Em Minas Gerais, um mês depois, inicia-se outra revolta, tendo como centro a cidade de Barbacena. Essa revolta recebe a liderança de Teófilo Otoni e José Feliciano Coelho da Cunha. Ambas as revoltas são derrotadas por uma coalizão, envolvendo tropas do Exército e da Guarda Nacional, que recebiam o comando do general Luís Alves de Lima Silva, mais conhecido como Barão de Caxias e que mais tarde seria elevado à dignidade de Duque de Caxias. Os líderes dessas rebeliões foram processados, condenados e presos. Porém, alguns anos depois, em 1844, quando mais uma vez os Liberais assumem o poder, eles recebem a anistia.
Caráter dos partidos
“Nada mais Liberal que um Conservador na oposição e nada mais Conservador do que um Liberal no poder”. Essa frase, atribuída ao historiador Oliveira Viana, ilustra bem qual era a situação do cenário político brasileiro na época. Tanto Liberais quanto conservadores, ainda que pesem algumas diferenças menores, são, acima de tudo, diferentes agrupamentos em defesa dos interesses de uma mesma elite, interesses que encontravam na Monarquia sua grande defensora. Além disso, os mecanismos de participação política alijavam os setores populares de qualquer poder decisório. Havia também o fato de que os proprietários de terras, comerciantes, setores urbanos e burocratas eram encontrados nos dois partidos. Todos pretendiam, por intermédio de algum grupo, aproximar-se da Corte para obter alguma forma de privilégio.
No entanto, havia grandes diferenças regionais. As regiões Norte e Nordeste tendiam ao Conservadorismo, devido ao fato de serem pressionados pelas revoltas separatistas. Já o Sul e o Sudeste tendiam ao Liberalismo, pois conviviam mais de perto com a Corte e sua estrutura centralizadora. De resto, tanto as elites do sul quanto as do norte possuíam características em comum: uma minoria branca, letrada e com participação política diante de uma massa de escravos, analfabetos e de alijados do poder, respectivamente.
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
S0911
Atividades
1. O que defendiam os luzias?
2. O que defendiam os saquaremas?
3. Por que São Paulo se revolta e promove as Rebeliões Liberais de 1842?
4. Faça uma breve pesquisa na internet e descubra a relação que existe entre o brigadeiro Tobias Aguiar, que participou das Rebeliões Liberais de 1842, e a ROTA, uma tropa da polícia militar de São Paulo.
5. Explique com suas palavras o que você entendeu da frase de Oliveira Viana que consta no texto.
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HISTÓRIA
8º ano – E. E. Professor Pedro Nunes Rocha
S2311
“Parlamentarismo às avessas”
Através desse sistema de parlamentarismo implantado em nosso país, objetivava-se afirmar e continuar a política de revezamento que ocorria entre os partidos políticos no poder. Porém, o sistema implantado aqui em muito se diferenciava dos demais sistemas parlamentares. Para fazer uma comparação, é necessário mostrar como funcionam essas questões na Inglaterra. Os ingleses, através de eleições, elegem os membros do Parlamento. O Primeiro Ministro é eleito pelos parlamentares, sendo que o Gabinete (Ministérios) é formado pelo Primeiro Ministro. Já no Brasil, as eleições definiam os membros do Parlamento, assim como ocorria na Inglaterra. Porém, o Primeiro Ministro, que formava o Gabinete, era escolhido pelo Imperador. Além disso, havia a existência de um Poder Moderador, exercido pelo Imperador, que possuía poderes para dissolver a Câmara dos Deputados e demitir o Gabinete. Assim sendo, ficava claro que o Imperador não era uma figura meramente ilustrativa. Aliás, tanto a Câmara dos Deputados quanto o Gabinete evitavam criar desentendimentos com o Imperador, já que este poderia destituí-los do poder a qualquer instante.
Revolução Praieira (PE, 1848)
Pernambuco era um verdadeiro barril de pólvora, que possuía uma longa tradição contestadora, sendo palco da última revolta do período imperial. O quadro de injustiça social e de exploração econômica já eram motivos suficientes para o estouro de uma revolta, mas essa região contava ainda com o problema de que a maior parte das terras cultiváveis pertencia a uma única família – a dos Cavalcanti. Sendo influenciados pelas propagandas socialistas oriundas da Europa, principalmente do “Manifesto Comunista”, os insurgentes elaboraram o Manifesto ao Mundo, documento que apresentava as reivindicações dos praieiros. Dentre as principais, podemos mencionar: voto livre e universal; liberdade de imprensa; garantia de trabalho; nacionalização do comércio; abolição da escravidão; proclamação da República.
O estopim da revolta se dá quando ocorreu a queda dos Liberais e o retorno dos Conservadores. Os revolucionários ocuparam Olinda. Tropas governamentais são enviadas e, com a ajuda de delatores, conseguem abafar o movimento.