VIVENDO NO TEMPO DA GRAÇA

VIVENDO NO TEMPO DA GRAÇA

Você ama a Deus ou você O serve por obrigação?

Qual o sentimento que predomina em você em relação a Deus, temor ou amor?

Salomão escreveu: (Provérbios 1: 7 O temor do SENHOR é o princípio do conhecimento;) e ele estava perfeitamente correto em declarar isto porque realmente o temor a Deus é o princípio do conhecimento da verdade, que evolui, pelo conhecimento vindo do Espírito Santo, para o AMOR a Deus.

Devemos sempre temer a Deus, más à medida que Ele se deixa ser conhecido por nós, passamos a admirá-lo e a amá-lo, pois Ele é maravilhosamente bom.

Nunca deixemos de temer a Deus, porem, o amemos e sejamos gratos a Ele, porque por amor, Ele nos deu o seu Filho unigênito (Jesus), para nos salvar, nos resgatar, para que todo aquele que n’Ele crer, não pereça más tenha a vida eterna.

Amemos a Deus como Ele merece ser amado, pois pela sua compaixão, pela sua misericórdia, pelo seu plano maravilhoso para a salvação dos homens, a saber: A nova e eterna aliança através do sacrifício de Jesus na cruz, nós que não éramos povo seu (judeus), nós que não merecíamos (pois fomos achados por Ele e chamados estando ainda no pecado), herdamos a vida eterna, herdamos as promessas feita à Abraão e a sua descendência que é Jesus e todos que crêem n’Ele.

Para entendermos a importância de amarmos a Deus e para sabermos que hoje pela nova e eterna aliança, pelo sangue de Jesus, podemos amá-lo em espírito e em verdade, quero antes falar um pouco sobre algumas alianças feitas entre Deus e os homens:

1º COM ADÃO - A primeira aliança Deus fez com Adão e Eva, no jardim do Éden, quando Deus lhes deu a Terra e o domínio sobre os animais; deu-lhes fartura de alimento, abençoou-os e disse-lhes que deveriam frutificar e multiplicar. Mas exigiu uma prova de obediência a qual não cumpriram: Não deveriam comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se comessem da árvore proibida, morreriam. Eva enganada pela serpente, comeu e deu para Adão que também comeu, essa desobediência nos trouxe o pecado e a morte. (Gn 1:27-30; 2:16-17; 3:2-20).

2º COM NOÉ – em (Gênesis 6:6) lemos que Deus se arrependeu de ter feito o homem, porque toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente, porem Deus gostou, viu graça em Noé e o salvou, juntamente com sua família (oito pessoas) do dilúvio (Gn 7:13) e prometeu não mais destruída toda carne pelas águas do dilúvio e como sinal perpétuo dessa aliança Deus deixou o arco sobre as nuvens (Gn 9:11-17).

3º COM ABRAÃO – A promessa feita a Abraão, já apontava para o Reino Eterno de Cristo (Gn 12 e 17). Como parte da aliança Deus prometeu fazer de Abraão uma grande nação, e abençoar todas as famílias da terra através dele (Gn 12:2-3)

4º PRIMEIRA ALIANÇA, LEIS DE MOISÉS – Moisés preferiu deixar as riquezas do Egito para guiar o seu povo na libertação da escravidão do Egito. Após todas as pragas e a travessia do mar vermelho, após sir do Egito, Deus falou ao seu povo através de Moisés, no monte Sinal, para, basicamente, renovar e relembrar os termos do concerto com Abraão, Isaque e Jacó: 1- a terra de Canaã seria deles; 2- Deus seria o único Deus de Israel; o povo assumiria o compromisso de guardar suas leis e mandamentos; 3- seriam castigados em caso de desobediência (Êx 6.3-8; 19.4-6; 23.20-25). Uma promessa que deve ser guardada no coração: "Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos... vós me sereis reino sacerdotal e nação santa" (Êx 19.5-6). O povo aceitou: "Tudo o que o Senhor falou, faremos" (Êx 24.3). Deus requer de nós o firme propósito de acatarmos os termos de sua aliança. As leis que deveriam ser obedecidas eram a lei moral (aqui incluídos os Dez Mandamentos), a lei civil, a lei cerimonial.

5º A NOVA E ETERNA ALIANÇA EM CRISTO – Deus já havia prometido fazer essa nova e eterna aliança pelo profeta Jeremias 31:31-33: "Vêm dias, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá... porei a minha lei no seu interior, e as escreverei no seu coração. Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." A nova aliança foi selada com o sangue de Jesus Cristo, o Filho de Deus, que foi dado em sacrifício pelos nossos pecados, Jesus veio voluntariamente e agora é o único digno de abrir os sete selos do livro que está em (Apocalipse 5).

Após a morte de Jesus, seu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, foi aspergido na verdadeira arca da aliança que está nos céus. Jesus declarou: Mt 26: 28 Porque isto é o meu sangue, o sangue do novo testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados. Para entendermos melhor esta nova aliança vamos ler Hebreus 9: 11 Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, 12 Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. 13 Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, 14 Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? 15 E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna. A nova aliança é superior à antiga: "Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de UM MELHOR CONCERTO, que está confirmado em melhores promessas" (Hb 8:6). E as melhores promessas são: Os que se arrependem têm seus pecados totalmente perdoados (Hb 8:12); um novo coração e uma nova natureza recebem aqueles que verdadeiramente amam e obedecem a Deus (Ez 11:19-20); são recebidos como filhos de Deus (Rm 8:15-16); têm experiência maior em relação ao Espírito Santo (Jl 2:28; At 1:5,8).

Deus fez várias alianças conosco, porem o seu plano já estava predito desde Adão e Eva, pois está escrito Gênesis 3: 15 E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar." Para isso, "Deus mandou o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3.16). Já não é mais necessário sacrifício de animais para reparar nossas culpas, como no antigo concerto. O sangue do "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" manifestou-se por um ato único, perfeito e eficaz; o sacrifício voluntário de Jesus Cristo abriu o caminho da reconciliação do pecador com Deus. Jesus pisou a cabeça da serpente, Ele venceu o mal com o bem e nos deu pela fé n’Ele a vida eterna.

Portanto, entendamos que a promessa feita a Abraão (Gênesis 12 e Gênesis 17) não foi anulada pelas leis que foram dadas a Moisés no monte Sinai, quatrocentos e trinta anos depois: (Gálatas 3: 17 Mas digo isto: Que tendo sido a aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo, a lei, que veio quatrocentos e trinta anos depois, não a invalida, de forma a abolir a promessa.)

Desde Adão e Eva, Deus já tinha o plano da salvação pela fé em Jesus Cristo. A primeira aliança às leis de Deus que foram dadas a Moisés no monte Sinai, que são os dez mandamentos e o Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, veio quatrocentos e trinta anos depois da promessa feita a Abraão e não anulou a promessa.

A segunda e eterna aliança feita entre Deus e os homens, veio por Jesus (mediador): (Hebreus 10: 8 Como acima diz: Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram ( os quais se oferecem segundo a lei ). 9 Então disse: Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade. Tira o primeiro, para estabelecer o segundo.)

Podemos dizer que existem duas alianças entre Deus e os homens, o antigo testamente e o novo testamento.

As leis de Moisés, a primeira aliança, o antigo testamento, nós não cumprimos. A promessa feita a Abraão que foi antes das leis de Moisés, se cumpriu em Jesus, pois estava escrito a sua descendência e não as suas descendências (Gálatas 3: Gálatas 3: 16 Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo.) Portanto vivemos não no tempo da lei, más no tempo da graça que é a nova e eterna aliança feita através de Jesus (novo testamento) (Hebreus 8: 13 Dizendo Nova aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar.)

O pecado não entrou no mundo por um homem, Adão? Pois a salvação veio ao mundo também por um: Jesus Cristo o filho de Deus e também filho do homem, pois sua mãe Maria, foi concebida pelo Espírito Santo sendo ela ainda virgem.

O sangue de Jesus tem muito mais efeito do que o de Abel: (Hebreus 12: 24 E a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.)

Portanto, vivemos no tempo da graça, no tempo da salvação pela fé em Jesus; e por já havermos recebido a salvação (vida eterna) por crermos em Jesus, podemos e devemos ser gratos a Deus por esse presente maravilhoso e adorar-lo em espírito e em verdade e não mais nos sentirmos obrigados à guarda das leis para conquistarmos pela guarda delas a salvação.

Agora podemos obedecer a Deus com prazer, pois suas leis estão em nós (na nossa boca e em nosso coração) e pelo poder do Espírito Santo que recebemos ao crer em Jesus e que agora habita em nós, temos liberdade para obedecer, pois não somos mais escravos, más sim filhos de Deus.

As leis dadas a Moisés, vieram para que tivéssemos conhecimento do pecado: (Romanos 3: 20 Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado.)

Se a nova aliança consiste na salvação pela fé em Jesus e pelo nosso renovo pelo Espírito Santo, Paulo nos faz uma pergunta: Nós recebemos o Espírito Santo de Deus pela obra da lei ou pela fé? (Gálatas 3: 2 Só quisera saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei ou pela pregação da fé?)

O sacrifício de Jesus tem um peso enorme, Ele nos justifica dos nossos pecados sempre que nos arrependemos.

Pela guarda das leis, ninguém se salvaria porque ninguém é capaz. Porem vivemos no tempo da graça e a salvação é pela fé: (Gálatas 3: 11 E é evidente que pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.) e também: (Romanos 3: 28 Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei.)

Está escrito: (Tiago 2: 26 Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.) Trata-se de obras de caridade, de amor e claro, feitas com amor.

O grande mandamento de Jesus é: (João 13: 34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.)

Deus nos sonda e nos conhece, Ele consegue discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus 4:12), portanto o que te parece, qual o mais importante, o que te parece justo: Amar a Deus por gratidão ao que já recebemos que é a vida eterna pela fé em Jesus, amando e perdoando aos nossos semelhantes, ou seguir preceitos humanos para nós mostrar dignos de merecer o reino de Deus?

Hoje por termos um coração novo e o Espírito de Deus em nós, sabemos que Deus se agrada do amor e da justiça, portanto não sejamos hipócritas, ou fazemos para Deus que vê tudo ou fazemos para os homens verem.

A ciência (conhecimento) incha, porem o amor edifica, se trabalhamos para receber a nossa própria recompensa (galardão) trabalhamos em prol de nós mesmos e não em prol do próximo e do reino de Deus e neste caso, não há manifestação do amor verdadeiro. Porem se eu seguir o Espírito Santo que habita em mim, vou cumprir a lei que é o AMOR.

Não é fácil amar de verdade, somente pelo Espírito Santo conseguiremos viver como homens verdadeiramente evoluídos espiritualmente, que buscam para os seus semelhantes e não para si mesmo. Moises daria a vida (sua salvação) pelo seu povo, Paulo também declara que poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de seus irmãos judeus. (Romanos 9:3)

Um exemplo muito claro da reta justiça é esta: (Lucas 18: 11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.)

Deus conhece os nossos corações e os nossos sentimentos mais íntimos, e sabe das nossas limitações, que somos pecadores. O que Ele mais quer de nós é o amor e a compaixão, pois dessa forma nossas vidas vão se transformando pelo Espírito e melhorando dia a dia.

Sigamos o Espírito Santo e busquemos imitar, seguir o exemplo de Jesus, que sabendo não ser deste mundo, dedicou seu tempo aqui a ensinar e dar bom exemplo, exemplo de amor, de humildade e de obediência a Deus.

Não adianta eu querer demonstrar algo que não sou, olha só o que Jesus falou: (Lucas 11: 39 E o Senhor lhe disse: Agora vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e maldade. 40 Loucos! Quem fez o exterior não fez também o interior? 41 Antes dai esmola do que tiverdes, e eis que tudo vos será limpo. 42 Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras.)

Não adianta hipocrisia com Deus, pois Ele nos conhece mais do que nós mesmos nos conhecemos, temos antes que reconhecer que somos falhos e pedir a Ele que nos faça melhor.

Qual a vantagem em obedecer a Deus em tudo no exterior e no interior estar-mos cheios de maldade? Antes aprendamos a amar, a perdoar, a nos aceitarmos uns aos outros e buscarmos nos ajudar uns aos outros, nos tolerando e buscando no poder do Espírito Santo que habita em nós a mudança verdadeira que é a mudança interior.

Se insistirmos em demonstrar ao mundo e a nós mesmos que estamos prontos, nos assemelharemos à estes: (Lucas 11: 44 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! que sois como as sepulturas que não aparecem, e os homens que sobre elas andam não o sabem.) Os homens não sabem, más Deus sabe.

E também não coloquemos fardos pesados nos ombros dos outros, os quais nós mesmos não possamos carregar: (Lucas 11: 46 E ele lhe disse: Ai de vós também, doutores da lei, que carregais os homens com cargas difíceis de transportar, e vós mesmos nem ainda com um dos vossos dedos tocais essas cargas.) As conseqüências dos que fazem isto são estas: (Lucas 11: 52 Ai de vós, doutores da lei, que tirastes a chave da ciência; vós mesmos não entrastes, e impedistes os que entravam.)

A ciência que devemos acreditar e ensinar é a que aprendemos de Jesus: (Mateus 11: 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.)