Representação da mulher no discurso presidencial de Dilma Rousseff por ocasião da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres – Brasília/DF, 12/12/2011

Taiana Fernandes Marreiro

UCPEL

 

 

A pesquisa tem como objetivo a compreensão do modo como o item lexical mulher é representado no discurso presidencial de Dilma Rousseff nos dois primeiros anos de seu primeiro mandato - 2011 e 2012. Neste texto, em especial, tratamos dessa representação a partir do pronunciamento proferido pela presidenta durante a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres - Brasília/DF, 12/12/2011. A sustentação teórica é dada pela Análise de Discurso (AD), teoria que surgiu na França na década de 1960, a qual tem como objeto de estudo o discurso e como unidade de análise o texto. Nela a língua é concebida como a base material do discurso e o sujeito é tratado como interpelado pela ideologia, enunciando a partir da formação discursiva e da posição-sujeito em que se inscreve. A AD trabalha com situações reais do funcionamento da língua. Nossa metodologia: 1. Leitura e (re)leitura do pronunciamento em pauta; 2. demarcação de  fragmentos em que está presente a concepção de mulher; 3. análise. Como amostragem da análise, destacamos um fragmento que nos possibilita compreender a mulher aí representada: “... é um compromisso com cada uma das mulheres deste país, que são mulheres mães, mulheres militantes, mulheres capazes de atuar na cultura, mulheres que dão contribuição na área da saúde, mulheres empregadas domésticas, que ajudam muitas famílias a criarem seus filhos e, muitas vezes, não são reconhecidas...”. Mas também destacamos que a presidenta ora se inclui, ora se exclui nessa/dessa representação: “... Nós somos mais da metade da população brasileira e temos uma imensa força (...) porque também somos aquela parte da população que é capaz de gerar vida e que é responsável pela criação dos homens e das mulheres deste país. Eu tenho o compromisso inabalável – e reafirmo aqui – de aprofundar as políticas de igualdade de gênero em nosso país”.