Ismael Pereira
Raquel Alquatti
UCS
A presente proposta situa-se no recorte de um trabalho em construção, a partir da pesquisa Artesanato e Turismo: saberes e trocas simbólicas, vinculado ao PPGTUR/UCS - Mestrado em Turismo. Trazemos uma discussão-labirinto sobre o espaço, sua ruptura e os possíveis deslocamentos. Nesta proposta abordaremos diferentes autores e seus questionamentos sobre o espaço a partir de diferentes olhares. Estes olhares traçam um emaranhado de possibilidades cujos sentidos serão tecidos durante o percurso. Partir-se-á de recortes sobre o espaço comum, para compor um mapa. Logo, o texto também será um espaço transitável, que permite devires múltiplo de sentidos. O espaço como materialidade discursiva é proposto através do viés da Análise do Discurso por Orlandi; Barthes aborda a segregação espacial dos sujeitos no movimento do viver-junto; a instauração da diferenciação público/privada através da divisão geográfica e a criação do Estado são discutidas por Marx e Engels; a cidade labiríntica que desconecta o centro-borda é abordada a partir da perspectiva rizomática de Deleuze e Guattari; os deslocamentos, que pressupõe trajetórias, são buscados em sua origem psicanalítica em Freud. Desta forma, realizamos a escolha de pontos de possíveis convergências, que agenciam as possibilidades teóricas diversas com o turismo, abrindo campo para o discurso e suas multiplicidades. Tomamos como premissa que sentidos são construídos nos deslocamentos e, como espaços cartográficos, não possuem uma origem, apenas memórias que podem ser estudadas, agenciadas, desmontadas, realocadas, numa relação de nunca acabar.