Gabriela Fune

Da chuva ao mar

2x1,25m

Nanquim e chuva sobre papel


Em fevereiro de 2020 caía o que viria a ser uma das chuvas mais fortes dos últimos anos na região de São Paulo.

Enquanto estradas eram alagadas pelas enchentes na cidade, em um canto remoto perto da represa Itupararanga ocorria a performance de pintura-temporal, na qual tentava continuar um desenho com pincel e nanquim junto à tempestade que se formara. As águas que caíam tingiram e lavaram o papel de 2m por cerca de três dias ininterruptos, criando fissuras, cores e desbastes que apenas a ação do tempo é capaz de revelar.

No dia 22 e 23 esta obra estará exposta no mesmo local remoto, reverberando por cima da terra e caso chova, assim como nossa natureza, será refeita até que se desfaça.