RESTAURANTE CAIPIRA CANTINHO DA FIGUEIRA

Coordenadas: -22.2935, -48.79149

Pederneiras - SP - Brasil

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O casal Vanessa e Betão, que comanda o Restaurante Caipira Cantinho da Figueira, começou com uma barraquinha de bambu, durante um show produzido na venda ao lado, pelo pai de Betão. Quem cuidava dos quitutes das festas, antes, era a mãe de Betão, que "passou a vez" para o casal. Eles conseguiram uma chapa emprestada, mandaram fazer pão francês redondo e serviram hambúrguer com massa de linguiça.

Após isso, compraram um trailer, que financiaram sem ter dinheiro. As parcelas eram altas para a época, mas o trailer rendeu - "Betão Lanches" - e a dívida foi cumprida. O público começou a pedir comida, já que os dois levavam jeito, e há dois anos providenciaram a cozinha em alvenaria. Adaptaram um prédio que era do avô de Betão, Braz, antigamente usado como paiol para guardar café e milho e depois utilizado como residência, para ser o salão do restaurante. A arquitetura é original, de 1945 e hoje tem um grande fogão a lenha que serve comida aos domingos.

Plantas cultivadas por Vanessa decoram a parte externa entre a cozinha e o salão do restaurante. O resgate da memória é mote do Restaurante Caipira: decorado com objetos antigos da roça. Betão pesquisou e conferiu que o público gosta de ir a locais em que podem voltar à infância, como na casa da avó no sítio, aconchegante, com passarinhos cantando e fogão a lenha.

Vida caipira

Betão nasceu lá e a vida toda trabalhou com comércio. O exemplo do pai, que fazia porções e salgados na venda, refletiu no filho. Betão e Vanessa reproduzem até hoje uma linguiça cuja receita é do bisavô Servino - compraram primeiro um moedor elétrico, depois um industrial. A comida toda é feita com banha de porco. O fogão a lenha do salão mantém a temperatura no banho-maria. Betão defende que o principal truque de lá é o amor ao fazer os alimentos. Vanessa foi criada na zona rural, depois se mudou para a cidade. Conheceu Betão num show do Milionário e José Rico e hoje comanda os negócios junto com ele. Os dois sonham com o dia de abrir uma hamburgueria na cidade, tendo a massa de linguiça como carro chefe - mas nunca abandonar a tradição caipira, da roça e a zona rural.

Plantam abóbora, mandioca, cebolinha, salsinha e demais produtos da roça que são servidos lá. Alface é do vizinho, o suco natural é de parente que também está na zona rural. Exceto arroz e feijão, tudo vem da vizinhança. Até o feijão, muitas vezes, vem de plantação de vizinhos. O café é plantado e moído ali, de forma orgânica, para consumo próprio e do restaurante. Eles também plantam e vendem colorau, para usar como tempero e corante.

O conhecimento sobre a lavoura é herdada de Braz, que fazia galinhada e polenta com a linguiça caseira com molho de tomate para servir na venda aos jogadores de truco.

No Restaurante Caipira Cantinho da Figueira tem linguiça caseira, arroz, feijão, macarronada, maionese, polenta frita, mandioca frita, leitoa costela suina assada, frango a passarinho, carne de panela. Dependendo do clima, há feijoada, sopa de mandioca. Para sobremesa, pudim, arroz doce, doce de mamão, de abóbora.