EMPÓRIO RIBEIRÃO BONITO

(Venda do Ribeirão Bonito)


Coordenadas: -22.08435, -48.88248

Arealva - SP - Brasil


Endereço: Estrada Arealva-Boracéia, KM 9 - Bairro Ribeirão Bonito

Whatsapp: +55 14 99660-5499

Telefones: +55 14 3296-1178 / +55 14 99850-2397

Forma de pagamento: Dinheiro

Facebook: Turismo Rural Família Cardoso

Horário: Terça a Domingo, de 8h até 20h

Wi-fi: sim

Sinal 3G e 4G: não

Sinal de Telefone: não

Há muito mais coisa por trás da venerada coxinha de massa de mandioca do Empório Ribeirão Bonito - e não é só a história da Família Cardoso e do empreendimento de turismo que eles montaram por ali. A coxinha, receita que é um segredo da família, tem recheios de: carne; frango; salsicha; ovo e carne; presunto e queijo; carne seca; e queijo; e é referência no negócio hoje gerido por Nilton César Cardoso. Além da coxinha, tem caçarola italiana e paçoca com gengibre, ambos receita da família, e claro, molho de pimenta caseiro. Na varanda há mesas, jogos e uma jukebox cheia de músicas populares. O público, formado por moradores da região e também por ciclistas, turistas e frequentadores dos ranchos do Rio Tietê, procura por inúmeros artigos - de pesca, cutelaria e utilidades, produtos de mercearia e cachaça orgânica feita em Arealva, a Tiquara. Também vem gente de todo lugar quando: há campeonato de bocha, na cancha feita com terra como antigamente; quando há encontro de violeiros; nos treinos do time de futebol presidido por Nilton, que participa de campeonatos regionais - com muitas vitórias, a ver pelos troféus exibidos na venda; e na tradicional quermesse em Louvor a São João Batista, todo mês de junho, da qual a Família Cardoso participa ativamente e que acontece em torno da capela que leva o nome do santo, bem em frente ao Empório.


A venda é bem tradicional e funciona como mercearia e, além dos artigos para pesca, cutelaria, utilidades para casa, tem "tudo o que tem no mercado" como arroz, feijão, carne, frango, salsicha, sal, pinga, cerveja. O público é formado por moradores da região, frequentadores dos ranchos, motociclistas e bicicleteiros que exploram as estradas de terra e muita gente da cidade e da região que vai para lá para aproveitar o dia tomando cerveja com amigos na varanda da venda, cujo piso hidráulico foi reaproveitado após uma reforma na Capela de São João Batista que fica em frente, onde todo Junho acontece uma quermesse bastante tradicional, da qual a família Cardoso participa ativamente, colaborando para os preparos da leitoa assada no forno a lenha, nas dependências da Igreja.


No salão da Igreja também acontecem os almoços quando são organizadas cavalgadas pelo Grupo de Cavaleiros de Arealva. E Nilton muitas vezes promove encontro de violeiros, com roda de viola em que cada um que se inscreve apresenta quatro músicas - e só volta a tocar depois que todos terminarem.


A venda tem até um time de futebol, o "Esporte Clube Ribeirão Bonito", do qual Nilton é presidente. O time, cujos troféus ficam espalhados pele empório, é formado e treinado para campeonatos amadores regionais e, se alguém quiser usar o campo, precisa avisar com antecedência. Ao lado, há um campo de bocha de 19 metros. A cancha foi construída em 2000, da maneira natural tradicional. Recebe gente de toda a região quando tem torneio regional, e fica à disposição de quem quiser jogar no restante do tempo.


A Família Cardoso se estabeleceu ali no início do século passado. O avô de Nilton, Francisco Jacinto Cardoso, chegou de Portugal com oito anos em 1918. Agenor, um dos oito filhos de Francisco e pai de Nilton, construiu o prédio da venda em 1960 para locação para outros comerciantes. Em 1994, Nilton assumiu a venda que já havia virado tradição. As terras da família foram transformadas para um espaço de entretenimento chamado "Turismo Rural Família Cardoso", onde além da venda há espaço para fazer churrasco e área para camping em torno do Ribeirão Bonito, que foi estruturado pela Família Cardoso após muitos pedidos de banhistas que frequentam o Ribeirão Bonito. Antigamente, lá havia o Saldo do Ribeirão Bonito, uma corredeira de cerca de dois metros de altura, que se transformou somente em corredeira após o represamento do Rio Tietê.


BOCHA


A Bocha já foi um esporte tão popular pela Europa, praticado em ruas e praças públicas, que chegou a ser proibido por duas vezes, nos séculos XIV e XVI. Estima-se que tenha sido criado no Império Romano antes de ser levado pelos italianos durante suas conquistas; existem registros de que os egípcios jogavam com pedras redondas. No Brasil, trazido pelos latinos, o jogo de "boccia" se espalhou pelo Sul e parte do Sudeste e hoje tem diversas associações e campeonatos, com grande adesão de jovens, embora muitos idosos fiquem em torno das canchas locais, e é uma forte representação dos imigrantes que vieram para o interior do Brasil.


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