HOTEL FAZENDA PRIMAVERA DA SERRA

Coordenadas: -22.29266, -48.23652

Brotas - SP - Brasil

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O restaurante Primavera da Serra funciona no Hotel Fazenda de mesmo nome, mediante reserva. O lugar, que estava destruído após longo tempo de abandono, foi reformado de forma a remeter ao ambiente da roça. Antigamente, chamava Fazenda Santana (na época do café); depois, se tornou Primavera. Quando Ataliba e Alice chegaram, batizaram de Primavera da Serra. O clima do Primavera da Serra é totalmente familiar. Quem frequenta o lugar sabe valorizar história, natureza, fatores humanos, hospedagem simples, rusticidade e qualidade - além de ótima gastronomia.

A partir de 1904, foi fazenda de café e se chamava Fazenda Santana. A partir de 72, durante 27 anos, o local era todo canavial e se chamava Primavera. Ataliba era mecânico, mas se dedicou a muitas atividades ligadas ao meio ambiente antes de se estabelecer na Primavera da Serra, como batizou a fazenda. Se mudou para lá em 2000, com a esposa e três filhas pequenas. De São Paulo (capital), hoje se tornou um verdadeiro caipira. Hoje tem a convicção de que viver na cidade só vale a pena se for por algum motivo muito especial, pois especial mesmo é ficar no meio do mato, com "abeia", cobra, calor, chuva e sol. A paz e a sanidade trazidas pelo campo é insubstituível, segundo ele.

O cardápio, diverso, é pensado nas crianças, nos vegetarianos e nos "comilões". O que é produzido na fazenda é utilizado no restaurante: hortifruti, leite, ovos, galinha caipira - tudo produzido em pouca quantidade, suficiente para o restaurante e para a alimentação dos animais. Quando falta algo, é comprado na cidade, assim como a maioria das carnes. Cardápio varia todos os dias, sempre com bastante saladas e doces caseiros; a comida não é tão "bruta", mas é bem tradicional. Quem comanda a cozinha é a Alice, esposa de Ataliba, que cuida de todo o Primavera da Serra.

O salão era o local para o beneficiamento de café; o local onde passavam as vagonetas também foi restaurado. Já são 18 anos recuperando o local, plantando mata nativa. Só de pés de manga, há mais de 150. As piscinas têm água de mina. O fundo das piscinas é côncavo, pois eram lavadores de café que estavam soterrados - o fundo servia para escoar a água que lavava o café. O fundo das piscinas somente foi azulejado. Ainda é possível tomar a água da mina no restaurante. O porão, sob o salão do restaurante, se tornou um bar. O teto do porão (piso do salão) é sustentado por peroba lavada à mão. O piso todo é de eucalipto tratado. Na restauração não foi usada madeira de lei - muita da madeira original foi furtada antes de Ataliba comprar a fazenda. Havia também muito lixo por aí, retirado quando começaram a reformar a fazenda para que ela se tornasse um hotel. Levou cerca, energia elétrica, água, reformou tudo.

Hortaliças são plantadas para consumo próprio; eucalipto também para o consumo da sauna, da cozinha e fogueiras. Há um bosque com inúmeras espécies de árvores nativas, inclusive frutíferas. Muitas das mudas foram obtidas junto à Prefeitura e fiscalizadas até se tornarem adolescentes (o programa previa que quem tivesse de pagar multas à Prefeitura, poderia pagar em mudas nativas, que seriam direcionadas à preservação do meio ambiente). O reflorestamento também protegem as nascentes de água do Primavera da Serra - que se recuperaram bastante desde o abandono.

O lixo é 100% separado para reciclagem e doado à APAE. Todos os funcionários são treinados para a reciclagem, que é uma novidade recente no interior. Também é feita a compostagem na própria horta, produzem o próprio adubo. Espera, num futuro, colocar em prática um projeto fotovoltaico para alimentar toda a fazenda.