RESTAURANTE VINÍCOLA CASAGRANDE

Coordenadas: -22.59095, -48.81503

Lençóis Paulista - SP - Brasil

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O Restaurante Vinícola Casagrande muitas vezes é chamado de "Rocinha", pois este é o nome do bairro onde está. O bairro foi fundado por italianos migrantes, assim como a Vinícola. E também sempre foi um centro de encontro da comunidade, muito movimentado pelas festas e procurado por quem queria a comida das nonas.

A Rocinha é o primeiro bairro do município de Lençóis Paulista e leva esse nome porque tinha pequenas roças. Os próprios italianos foram quem deram o nome ao lugar, que manteve a história de colher a uva e realizar muitas festas. A lavoura da uva nunca parou por ali.

Quem comanda o restaurante hoje é o casal Edmilson e Marisa Casagrande. A proposta da Vinícola é que o público conheça a lavoura, o plantio das uvas e o fazer dos vinhos. No fim do ano, vendem uvas - é possível colher por si próprio as frutas que quer levar. Tem uva niágara branca e rosada, uva máximo para vinho tinto seco ou suave e isabel para o suco. Chegam a sair de 1000 a 2000 kg de uva por dia na época de safra.

Além dos vinhos Casagrande, produzem também presunto parma. Aos finais de semana, Marisa comanda o salão, enquanto Edmilson comanda a cozinha. O Restaurante Vinícola Casagrande tem pratos inspirados na cozinha italiana, tendo como destaque o filé a parmigiana. A mistura Brasil-Italia está também na sobremesa: canoli de banana, feito com massa própria.

O restaurante foi aberto por conta da vocação de sempre receber pessoas para comer e beber. Primeiro, com comida caseira, e depois se voltou à tradição e à comida italiana, com apoio de programas de turismo e turismo cultural, mantendo os símbolos e a tradição.

História de família

Martina e Lázaro Casagrande vieram da Itália. Ela havia sido casada com José Casagrande e, depois da morte dele, ela casou-se com Lázaro, o irmão mais novo. Dois filhos que ela teve foram de Lázaro, e dois de José - um deles, o avô de Edmilson. A casa onde os bisavós de Edmilson viveram continua ali, reformada com a memória preservada, mostrando a pintura de cerveja na parede, janelas restauradas como original e piso original.

Era um centro de encontro da comunidade e da sociedade: até prefeitos, políticos e pessoas importantes da cidade mandavam avisar por mensageiro quando iriam, para serem recebidos com banquetes pelas até os idos de 90. As festas da família também eram feitas ali, como casamentos e batizados, além de outros festejos tradicionais. Não há mais a experiência de beber vinho no copo dentro da casa da Familia Casagrande como era há décadas e décadas, mas o vinho é o mesmo.

Na loja ao lado do restaurante são vendidos os vinhos e os destilados de vinho, assim como outros produtos regionais. Na parte de cima, uma exposição permanente de esculturas e objetos que contam histórias da lavoura e da lida no campo ao longo do século. A arquitetura preserva e segue as casas coloniais caipiras e os costumes italianos. A loja, de pedra e madeira, foi feita em 2010 ao lado da construção do século XIV.