LEITÃO NO TACHO


Coordenadas: -22.1649, -49.0887

Bauru - SP - Brasil


Endereço: Estrada Municipal Murilo Vilaça Maringoni, KM 06 (Estrada do Aeroporto)

Telefone: +55 14 3288-9136

Formas de Pagamento: crédito, débito, dinheiro

Facebook: /leitaonotacho

Site: www.leitaonotacho.com.br

Horários: Sábados, Domingos, Feriados de 12h até 16h

Wi-fi: sim

Sinal 3G e 4G: não

Sinal de Telefone: não

Infos: é possível realizar eventos particulares

TRADIÇÃO DA ROÇA

Dona Laurentina e Seu Celso sempre amaram cozinhar. Era na casa deles que muita gente sempre se juntava para comer – todas as reuniões de família sempre aconteceram somente na casa deles. Seu Celso sempre foi roceiro, mas sempre gostou de cozinhar junto de Dona Laurentina. No LEITÃO NO TACHO, hoje, Dona Laurentina tem colaboração de Seu Celso e dos dois filhos: Mariana ajuda na cozinha e Vinícius até fez gastronomia. Todos sabem fazer de tudo e são rigorosos na qualidade da cozinha e da limpeza.

O restaurante é embaixo da casa de Dona Laurentina e seu Celso. Visitar o restaurante é como visitar a casa deles, embalados pela música caipira tradicional e o descanso que o dia no sítio pode dar para o corpo e para a mente. Seu Celso tem orgulho de falar que é roceiro, caipira, mora no sítio e é carpidor. Mas gosta mais ainda de cozinhar.

Produtor de frutas cítricas, como maracujá, limão, murcote, mexerica e de leite – que ainda produzem, Seu Celso comprou o sítio há trinta anos. O sítio era abandonado, tinha o pasto sujo, erosão. Num dia plantando árvores em torno da nascente de água que há lá, disse aos colegas que arrumaria o lugar para fritar leitoa para todos. Vinte anos depois, abriu o Leitão no Tacho.

E há dez anos a família serve as comidas que sempre fez em casa, incluindo a “Carne na lata”.


LEITOA FEITA NO TACHO

A maior parte do que servem é produzido no local. A comida é servida à vontade no fogão. Os acompanhamentos incluem leitoa à passarinho, frango à passarinho, torresmo, mandioca, linguiça, lombo, carne da banha e sobremesas caseiras.

Linguiça, doce caseiro, queijo, tudo é feito lá. Têm horta e um grande pomar. Compram fora óleo, arroz, feijão, frango. O restante que puder ser tirado do sítio, é produzido lá.

A leitoa à passarinho é feita no tacho de ferro, preparada na lenha, para depois ir para outro tacho pequeno para pururucar. É a mesma forma que os pais dos dois faziam na casa deles.

Os porcos, criados no sítio, são tratados no milho. Se tiver que comprar carne de porco, só adquirem de quem cria as varas da mesma forma, com milho.


CARNE NA BANHA

Seu Celso e Dona Laurentina conservam a tradição de conservar... a carne.

Manter a carne em latas, mergulhadas em banha, é uma forma antiga de conservação e cozimento da carne. Uma forma muito utilizada no sítio quando não havia luz, nem geladeira, que atualmente pouca gente conhece – mas Dona Laurentina e Seu Celso preservam essa tradição. A carne pode ficar até quatro ou cinco meses, mas no LEITÃO NO TACHO é mais consumida e não chega a ficar tanto tempo.

Antes de ser guardada na banha, a carne é cozida com a gordura e com água, até toda a água evaporar e sobrar somente a gordura. O cozer do fogão a lenha faz com que a carne seja frita. Tudo no mesmo tacho, e depois a carne “douradinha” é armazenada na mesma gordura. Antigamente, as latas utilizadas para o armazenamento eram as latas de manteiga, margarina, banha, pois não haviam mais recursos. Hoje, tudo é feito em uma cozinha à parte do restaurante, com os tachos e forno a lenha, construída para isso, e o armazenamento feito em baldes de alumínio.

Outra tradição da qual se lembram é a do “fumeiro”, em toucinho, linguiça, torresmo e outras carnes ficam penduradas para conservar na fumaça do fogão a lenha.


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