Restaurante da Cachoeira Cassorova

Coordenadas: -22.41463, -47.99004

Brotas - SP - Brasil

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Tradição, cultura local e opções vegetarianas

JARACATIÁ

O Restaurante Cassorova fica na fazenda de mesmo nome e também fornece opções para o turismo de aventura e ecoturismo em torno de uma das mais altas cachoeiras de Brotas. Na fazenda há mata nativa remanescente da mata atlântica, onde eles cultivam Jaracatiá, uma fruta daquela região de serra e com o qual fazem o doce típico da região.

A árvore só cresce em mata nativa e demora 15 anos para produzir. É semelhante à paineira e dá frutas amarelas uma vez ao ano, no começo de dezembro. Hoje Milene conta com uma boa produção porque o pai dela plantou árvores há 15 anos, mas todo o doce feito com a fruta sempre é artesanal, já que é inviável a produção industrial ou larga escala.

Para fazer o doce, primeiro se tira a polpa do jaracatiá, escalda-se, tira-se o "leite" da fruta e leva-se a fruta durante um dia inteiro para o fogão a lenha. Digno de festival gastronômico, o doce de jaracatiá é o único disponível durante todo o ano no Restaurante Cassorova. O restante dos doces são de frutas da época, como banana, laranja, figo, mamão, leite, goiaba, cidra, mamão e o doce de leite.

FOGÃO A LENHA COM OPÇÕES VEGETARIANAS

Os doces são feitos normalmente no fogão a lenha da sede, pela mãe de Milene. Na cozinha do restaurante, há mais dois fogões a lenha. No salão do restaurante, outro fogão a lenha serve para disponibilizar a comida para se servir. Gás, por ali, só é usado para fazer frituras. O restante é comida caseira, como arroz, feijão, acompanhamento, massas, porções. Tem muitas opções vegetarianas, como croquete de cenoura, lasanha de berinjela, abobrinha gratinada, batata rústica, purê de batatas e também sempre há refogados da fazenda como abobrinha, couve, quiabo.

Tudo é produzido na fazenda e, quando falta algo imprescindível, Milene procura comprar de pessoas próximas que cultivem da mesma forma que ela, com cuidado e sem agrotóxicos. Tudo sempre tem de ser o mais natural e mais caseiro possível, inclusive as carnes. O fogão a lenha se encarrega de dar o sabor final a todas as receitas que já foram pesquisadas e servidas pela família.

Além das comidas, produzem e vendem licores de de jabuticaba, pêssego, figo, laranja, menta, amora, todos os licores feitos com cachaça artesanal fermentada com milho. Também têm vinho de jabuticaba.

CASSOROVA

Cassorova é o sobrenome do fundador do bairro rural onde fica o restaurante. Pesquisas locais apontam que é um sobrenome russo, talvez Kassorov. Um imigrante que chegou de navio, sem família, instalou-se em terras dali. Pouco se sabe sobre ele, mas tornou-se o nome do bairro, tornou-se o nome da fazenda, tornou-se o nome da cachoeira.

A Fazenda Cassorova está na família de Milene desde 1931. O pai dela comprou do tio dele. Quando a fazenda foi dividida entre os irmãos de Milene, ela ficou com a Sede da Fazenda. O prédio onde está o restaurante tem 18 anos. O restaurante, que começou na cozinha da sede com a ampliação do galpão para acomodar os turistas, funciona há mais de 22 anos.

Os primeiros turistas que apareceram por lá para praticar canionismo foram servidos com pão caseiro e queijo. Era o que havia quando bateram à porta para pedir por comida após praticar canionismo. Dos primeiros turistas até o primeiro grupo de 250 pessoas, a irmã idealizou o restaurante, a mãe acompanhou e pesquisou junto. Há alguns anos, Milene está à frente do estabelecimento e garante que o tempero faz diferença, mas o que dá sabor na comida é o fogão a lenha.