TERÇA-2TP

3ª FEIRA DA 2ª SEMANA DA PÁSCOA

09/04/2024

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 


Primeira Leitura: Atos 4,32-37

Salmo Responsorial: 92(93)-R- Reina o Senhor, revestiu-se de esplendor.

Evangelho: João 3,7b-15 

Naquele tempo disse Jesus a Nicodemos: 7bVós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'. 7Não te admires por eu haver dito: Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'. 9Nicodemos perguntou: 'Como é que isso pode acontecer?' 10Respondeu-lhe Jesus: 'Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais, quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do Homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Palavra da Salvação.

Comentário:

Eu sempre achei oportuna essa referência de Jesus à serpente de bronze porque, de certa maneira, está permitindo as imagens. Ou seja: se o povo do deserto pôde olhar para a serpente de bronze e pedir a Deus a salvação em relação às serpentes que os estavam mordendo, assim também nós podemos ter, nas imagens, uma lembrança daquele santo a quem pedimos a intercessão, ou mesmo a Jesus e Maria.

A serpente de bronze foi, como diz Jesus, uma profecia do que aconteceria a ele: seria levantado numa cruz. Quem olhasse para a serpente de bronze era curado; quem olhar para Jesus crucificado tendo em vista sua ressurreição e crerem nele, terá a vida eterna.

Nicodemos e os demais judeus esperavam uma salvação material, cujo alcance seria a tomada do governo das mãos de Roma ou coisa desse tipo. Por mais que ele e os demais entendidos da época soubessem as profecias, elas não se realizaram conforme o previsto. Pelo contrário, se realizaram de modo tão superior e sublime que nenhuma mente da época poderia sequer imaginar, a não ser por meio de um ato muito simples mas difícil de fazer: a fé.

Na primeira leitura temos uma “recapitulação” da vida dos primeiros cristãos, já mencionada no domingo passado, do capítulo 2 dos Atos. Viver como cristão não é apenas ir à Missa e viver uma religião individualista, mas é partilha, é viver preocupado(a) com os demais. Uma religião muito intimista que descarta a caridade, o amor fraterno, a partilha, é uma religião falsa. A oração, a Santa Missa, o terço, os atos de piedade, são, na verdade, meios que usamos para nos tornar pacientes para com os outros, caridosos, cheios de misericórdia.

Ontem, no Ofício das Leituras, chamou-me a atenção o versículo 15 do capítulo 4 da 1 carta de S. Pedro: “mas nenhum de vós queira sofrer como assassino, ladrão ou malfeitor ou por intrometer-se na vida dos outros!”. Se tivermos que sofrer, que seja por uma boa causa, que seja porque desejamos a santidade. O sofrimento é purificador e nos santifica, se estivermos a fim de fazer a vontade divina.