SEXTA-8TC

VISITAÇÃO DE N.SENHORA. 

31/05/2024

TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB 

 

Primeira Leitura: Sofonias 3,14-18 ou Romanos 12,9-16b

Salmo Responsorial: Cântico de Isaías 12,2-6.R- O Santo de Israel é grande entre vós!

Evangelho: Lucas 1, 39-56

Naqueles dias, Maria partiu apressadamente se a uma cidade de Judá. 40Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. 41    Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. 42 Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? 44      Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre. 45    Feliz aquela que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!”. 46     Maria então disse: 47      “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, 48porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, 49 porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, 50    e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. 51       Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. 52          Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. 53  Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. 54    Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55          conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre”.  56          Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa.


Comentário: 

Esta festa de Maria encerra o mês de maio, que a tradição dedicou a ela. Começou a ser comemorada no final do século XIII (em 1263) pelos franciscanos, na pessoa de São Boaventura. Tornou-se uma festa universal em 1389, durante o pontificado de Urbano VI.

A visitação de Maria lembra a visita que ela fez à sua prima Santa Isabel, que estava grávida de seis meses de São João Batista. Duas mulheres, uma mesma vocação: educar aqui na terra o Filho de Deus feito homem e, no caso de Isabel, educar aquele que seria o precursor, o preparador do caminho para Jesus. 

Para quem tem boa vontade, fé e humildade, nada é difícil, porque não confia em sua própria força, mas no poder de Deus. É o que as duas fizeram: confiaram plenamente na Graça divina que as envolvia. 

Maria ficou ajudando e servindo Isabel durante toda a gravidez dela e só voltou para casa depois que tudo estava encaminhado. 

Isabel fez aquela declaração que nos enche de confiança em nossa fé: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar”? Dizendo isso, Isabel declarou que Jesus é Deus. A palavra Senhor, na língua grega (Kyrios), dá-nos essa certeza. 

O canto entoado por Maria, o “Magnificat”, mostra a reviravolta que Jesus ia fazer no mundo: os pequeninos, os pobres, os humilhados, os desamparados, esses iriam ser maiores no paraíso. Os soberbos, os poderosos, iriam ficar sem nada, iriam ser humilhados pela sua própria soberba e ação injusta no mundo. 

Na situação em que nos encontramos é sempre bom termos esse exemplo de fé e confiança que esse trecho do evangelho nos passa. Parece que tudo ruiu, que tudo está indo à bancarrota, a um terrível desenlace. Engano. Como diz o Papa Bento XVI, “Deus tem o mundo em suas mãos”. Deus tem o controle de tudo. O pensamento de Deus, diz Isaías, está infinitamente mais longe do nosso. Seu poder é incomensurável, ininteligível por nós, pobres mortais. 

Muitos se colocam numa posição de deuses. Que ignorância! Qualquer minúsculo vírus pode derrubar qualquer brutamonte (vimos isso na pandemia gerada pelo Coronavírus). Somos zero à esquerda sem a graça de Deus. Maria nos ensina a humildemente nos aproximarmos da fonte da Graça e do Amor. Só Deus pode nos fazer felizes. Ninguém mais.