SÁBADO-17TC

SÁBADO DA 17 ª SEMANA COMUM

03/08/2024


TEXTOS DAS LEITURAS - CNBB  

1ª Leitura:Jeremias 26,11-16.24

Salmo Responsorial 68 (69)R- No tempo favorável, escutai-me, ó Senhor!

Evangelho Mateus 14,1-12  


Naquele tempo, a fama de Jesus chegou aos ouvidos do rei Herodes. 2 Ele disse aos seus cortesões: “É João Batista! Ele ressuscitou dos mortos; por isso, as forças milagrosas atuam nele”. 3 De fato, Herodes tinha mandado prender João, acorrentá-lo e colocá-lo na prisão, por causa de Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe. 4 Pois João vivia dizendo a Herodes: “Não te é permitido viver com ela”. 5 Herodes queria matá-lo, mas ficava com medo do povo, que o tinha em conta de profeta. 6 Por ocasião do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante de todos, e agradou tanto a Herodes 7 que ele prometeu, com juramento, dar a ela tudo o que pedisse. 8 Instigada pela mãe, ela pediu: “Dá-me aqui, num prato, a cabeça de João Batista.” 9 O rei ficou triste, mas, por causa do juramento e dos convidados, ordenou que atendessem o pedido dela. 10 E mandou cortar a cabeça de João, na prisão. 11 A cabeça foi trazida num prato, entregue à moça, e esta a levou para a sua mãe. 12 Os discípulos de João foram buscar o corpo e o enterraram. Depois vieram contar tudo a Jesus.

 

COMENTÁRIO:

 

É aquele assunto um tanto delicado: muitas pessoas encobrem seus pecados ou mau procedimento com missas, ajudas externas aplaudidas por todos, terços, músicas bonitas e “ungidas“, atos externos de pretensa caridade etc.

Jeremias mostra tudo isso aos seus contemporâneos e diz que podem até matá-lo, se quiserem, mas se eles não mudarem seus procedimentos maldosos e camuflados, o castigo vem e vem bem pesado. Deve ser também um aviso para nós.

Mas, como hoje em dia, muitos acreditaram em Jeremias e até o protegeram contra os que queriam matá-lo (é mais fácil matar o profeta do que ouvi-lo), e entre esses que o protegiam estava Aicam, filho de Safã.

No evangelho vemos a morte de São João Batista. Ele morreu por ter denunciado um adultério. Herodes até que gostava de João, mesmo não dando muita atenção ao que ele dizia, mas havia feito uma promessa a Herodíades, que havia dançado e agradado, e preferiu matar João do que não cumprir a promessa.

Esse é um exemplo de como certos atos nossos, tidos como corretos (no caso um juramento) pode ser maligno. É preciso  que tenhamos em mente que a caridade é e sempre deve ser o critério para decidirmos nossas ações. Se um juramento nosso for contra a prática da caridade, devemos, sim, quebrá-lo para não se furtar à caridade.

Vou dar um exemplo bem concreto: eu e mais uns cinco padres estávamos de volta de um semana de férias após a Semana Santa, quando  paramos num restaurante à beira da estrada para almoçarmos. Era sexta-feira e um dos padres ficou lá fora, nos esperando, porque aquele dia era para ele dia de jejum.

Eu, sinceramente, fiquei chateado. Aqueles dias eram talvez os únicos do ano em que podíamos nos encontrar! Podia ter mudado o dia de jejum, daquela semana, para o dia seguinte, ou outro. Acho que era muito importante nosso encontro naquele último dia de semana de férias. Esse padre faleceu algum tempo depois, deixando muita saudade, pois era um padre muito querido. Acredito que ele teria agradado mais a Deus se fosse almoçar conosco... Fica aí o caso para você meditar. O que você acha?

No caso de Herodes, há também outra cosia para refletir: o adultério. Hoje em dia muitos cometem adultério e continuam normalmente a frequentar a igreja e até a receber os sacramentos. Ea, o pior de tudo, muitas vezes sua atitude é abençoada por algum padre... como um certo casamento (não era casamento de verdade. Apenas „bênção“ de duas pessoas que eram divorciadas dos respectivos cônjuges), feito de modo milionário no estrangeiro. O padre, tendo em vista a ajuda financeira que ia receber para os seus projetos sociais, foi lá dar a tal bênção. Será que isso foi agradável a Deus? Os fins justificam os meios?