Filosofia
A palavra "filosofia" (do grego) é uma composição de duas palavras: philos e sophia.
a primeira é uma derivação de philia que significa amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais
a segunda significa sabedoria ou simplesmente saber.
Filosofia significa
amizade pela sabedoria,
amor e respeito pelo saber
e o filósofo, por sua vez, seria aquele que
ama e busca a sabedoria,
tem amizade pelo saber,
deseja saber.
A tradição atribui ao filósofo Pitágoras de Samos (c. 570-495 a.C.) a criação da palavra. Conforme essa tradição, Pitágoras teria criado o termo para modestamente ressaltar que a sabedoria plena e perfeita seria atributo apenas dos deuses; os homens, no entanto, poderiam venerá-la e amá-la na qualidade de filósofos.
A palavra philosophía não é uma invenção moderna a partir de palavras gregas, mas um empréstimo tomado da própria língua grega;
os termos (philosophos) e φιλοσοφειν (philosophein) já teriam sido empregados por alguns pré-socráticos (Heráclito, Pitágoras e Górgias) e pelos historiadores Heródoto e Tucídides.
No período clássico da Grécia antiga, em que viveram Sócrates e Platão, é enfatizada a diferença entre (sofia) e (filosofia), sendo que o último termo expressa uma certa modéstia e ceticismo em relação ao conhecimento humano.
Escola de Atenas (1509–1511) por Rafael, representando filósofos gregos clássicos famosos em um cenário idealizado inspirado pela arquitetura grega antiga.
As questões filosóficas clássicas incluem:
É possível saber qualquer coisa e provar que se sabe?
O que é mais real?
Existe uma maneira melhor de se viver?
É melhor ser justo ou injusto (se houver como se safar)?
Os seres humanos têm livre-arbítrio?
Historicamente, a "filosofia" englobava qualquer corpo de conhecimento. Desde o tempo do filósofo grego antigo Aristóteles até o século XIX, a "filosofia natural" abrangia a astronomia, a biologia, a medicina e a física. Por exemplo a obra de Newton, Philosophiæ Naturalis Principia Mathematica (1687) mais tarde classificada como um livro de física. No século XIX, o crescimento das universidades de pesquisa modernas levou a filosofia acadêmica e outras disciplinas a se profissionalizar e se especializar.
Outras investigações intimamente relacionadas à arte, ciência, política ou outras atividades continuaram parte da filosofia. Por exemplo:
A beleza é objetiva ou subjetiva?
Existem muitos métodos científicos ou apenas um?
A utopia política é um sonho esperançoso ou apenas fantasia?
Os principais subcampos da filosofia acadêmica incluem a metafísica ("preocupa-se com a natureza fundamental da realidade e do ser"), epistemologia (sobre a "natureza e bases do conhecimento [e] ... seus limites e validade"), ética, estética, filosofia política, lógica e filosofia da ciência.
Sócrates (469 a.C. - 399 a.C.)
Platão (428 a.C. - 347 a.C.)
Filosofia ocidental
Filosofia ocidental é o pensamento filosófico e obra do mundo ocidental. Historicamente, o termo foi inventado recentemente para se referir ao pensamento filosófico da civilização ocidental, começando com a filosofia grega, na Grécia Antiga, e, eventualmente, cobrindo uma grande área do globo. A própria palavra filosofia teve origem na Grécia Antiga.
A era antiga foi dominada pelas escolas filosóficas gregas que surgiram dos vários alunos de Sócrates, como Platão, que fundou a Academia Platônica e seu aluno Aristóteles, fundando a Escola peripatética, ambos extremamente influentes na tradição ocidental. Outras tradições incluem o cinismo, o estoicismo, o ceticismo e o epicurismo. Os tópicos importantes abordados pelos gregos incluíam a metafísica (com teorias concorrentes como atomismo e monismo), cosmologia, a natureza da vida bem vivida (eudaimonia), a possibilidade do conhecimento e a natureza da razão (logos). Com a ascensão do Império Romano, a filosofia grega também foi cada vez mais discutida em latim por romanos como Cícero e Séneca. Toda a teologia e filosofia cristã, judaica e islâmica posterior foi influenciada por platonismo e aristotelismo.
O início da filosofia ocidental moderna começa com pensadores como Thomas Hobbes e René Descartes (1596-1650).[35] Após o surgimento das ciências naturais, a filosofia moderna se preocupou em desenvolver uma base secular e racional para o conhecimento e afastou-se das estruturas tradicionais de autoridade como a religião, o pensamento escolástico e a Igreja. Os principais filósofos modernos incluem Spinoza, Leibniz, Locke, Berkeley, Hume e Kant