Mario Quintana

Mario Quintana foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro nascido em Alegrete, Rio Grande do Sul, em 30 de julho de 1906, e falecido em Porto Alegre em 5 de maio de 1994. Considerado um dos maiores poetas do Brasil, Quintana também ficou conhecido por sua personalidade introspetiva e a sua vida simples e solitária.

Quintana perdeu os pais ainda criança e foi criado pela madrinha, o que influenciou a sua visão melancólica da vida. Desde cedo, mostrou interesse pela literatura e começou a escrever poemas. Em 1928, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista e colaborou em diversas revistas e jornais.

Em 1936, lançou o seu primeiro livro de poesias, "A Rua dos Cataventos", sendo bem recebido pela crítica. Ao longo da sua carreira, publicou diversas obras, como "Canções", "Sapato Florido" e "Espelho Mágico", que o consolidaram como um dos principais poetas brasileiros do século XX.

Apesar da sua produção literária ser marcada pela simplicidade e pela sensibilidade, Quintana também foi reconhecido por sua habilidade como tradutor, tendo traduzido obras de autores como William Faulkner, Marcel Proust e James Joyce para o português.

Ao longo da sua vida, Quintana manteve uma rotina discreta e solitária, vivendo em hotéis e pensões em Porto Alegre. A sua poesia, no entanto, reflete uma profunda sensibilidade e uma visão poética da vida, marcada pela melancolia e pela busca de sentido.

Mario Quintana faleceu em 1994, aos 87 anos, deixando uma obra poética que continua a ser celebrada e estudada até  à atualidade. As suas poesias, marcadas pela simplicidade e pela profundidade, continuam a encantar leitores de todas as idades e a inspirar novos escritores.

Segundo Mário, em entrevista dada a Edla Van Steen em 1979, seu nome foi registrado sem acento. Assim ele o usou por toda a vida.

Em muitos dos poemas de Mario Quintana reflete-se o significativo do verso da sua autoria: “Todos estes que aí estão atravancando o meu caminho. Eles passarão. Eu passarinho.”


Biografia por Helena Sophia 

Mario Quintana,  Do Caderno H