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Biografia  

Rabindranath Tagore, 

Poemas

Gitanjali, 19


Se não falas, vou encher o meu coração

Com o teu silêncio, e agüentá-lo.

Ficarei quieto, esperando, como a noite

Em sua vigília estrelada,

Com a cabeça pacientemente inclinada.


A manhã certamente virá,

A escuridão se dissipará, e a tua voz

Se derramará em torrentes douradas por todo o céu.


Então as tuas palavras voarão

Em canções de cada ninho dos meus pássaros,

E as tuas melodias brotarão

Em flores por todos os recantos da minha floresta.




– Rabindranath Tagore, no livro “Gitanjali (Oferenda lírica)”. 

tradução Ivo Storniolo]. São Paulo: Edições Paulinas, 1991, p. 19.


XX – O Jardineiro


Dia após dia, ele chega e parte.

Vai, meu amigo, e dá-lhe esta flor dos meus cabelos!

Se ele perguntar quem a mandou — suplico-te 

— nada lhe digas: porque é apenas para partir que ele chega.


Ele está sentado sob a árvore e sobre a poeira.

Faze-lhe um leito de flores e folhas, meu amigo!

Os seus olhos são tristes e o seu olhar me fere o coração.

Ele não diz o que pensa: ele apenas chega e parte.


– Rabindranath Tagore, no livro “O jardineiro (Mali)”. 


ÚLTIMA PRIMAVERA



ANTES que o dia termine,

consente-me este desejo:

vamos colher

flores da primavera

pela última vez.

Das muitas primaveras

que ainda visitarão

tua morada,

concede-me uma,

– implorei.


Todo este tempo,

não prestei atenção

às horas,

perdidas e gastas à toa.


Num lampejo

de um crepúsculo,

li nos teus olhos agora

que meu tempo está próximo

e devo partir.


Assim, ávido, ansioso,

conto um por um

– como o avarento o seu ouro –

os últimos, poucos dias de primavera

que ainda me restam.


Não tenhas medo

Não me demorarei muito

no teu jardim florido,

quando tiver de partir,

no fim do dia.


Não procurarei lágrimas

nos teus olhos

para banhar minhas lembranças

no orvalho da piedade.


Ah, escuta-me,

não te vás.

O sol ainda não se esconde.

Podemos permitir que o tempo

se prolongue.

Não tenhas medo.



Deixa que o sol da tarde

olhe por entre a folhagem

e se detenha um momento

brilhando no negro rio

do teu cabelo.

Segue teu caminho depois,

se teu dever é seguir, se tens de seguir

calcando folhas caídas

com teu andar apressado,

enquanto as aves que voltam

povoam o fim do dia

com o clamor dê seus gritos.


Na escuridão crescente,

tua distante figura

irá fugindo e apagando-se

como as últimas frágeis notas

do cântico da tarde.


Na noite escura,

senta-te à tua janela,

que eu passarei pela estrada,

seguindo o meu trajeto,

deixando tudo para trás.


Se te aprouver,

atira-me

as flores que te dei

pela manhã,

murchas agora ao fim do dia.


Isso vai ser

o último e supremo presente:

tua homenagem

de despedida.


Faze o tímido esquilo,

perto do lago,

fugir de repente

ao estrépito de teu riso

que irrompe

com descuidosa alegria.


Não procurarei

retardar teus rápidos passos,

sussurrando esquecidas lembranças

aos teus ouvidos.

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