José Maria de Eça de Queirós, nascido em 25 de novembro de 1845, foi um dos mais importantes escritores portugueses do século XIX. Nascido em Póvoa de Varzim, Portugal, Eça de Queirós é conhecido por suas obras realistas que retratam a sociedade portuguesa da época com uma análise crítica e profunda.
Eça de Queirós estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde se destacou não apenas pelos seus estudos, mas também pelo seu envolvimento em atividades literárias e políticas. Influenciado pelo realismo de Gustave Flaubert e outros autores europeus, Eça de Queirós desenvolveu um estilo literário único, caracterizado por uma escrita cuidadosa, uma análise psicológica profunda e uma crítica social aguda.
Entre as suas obras mais conhecidas estão "O Crime do Padre Amaro", "O Primo Basílio", "Os Maias" e "A Cidade e as Serras". Estas obras são consideradas marcos do realismo português e da literatura universal, pela sua riqueza de detalhes, pela profundidade das personagens e pela sua crítica à sociedade e aos costumes da época.
Eça de Queirós faleceu em 16 de agosto de 1900, deixando um legado literário que continua a ser estudado e apreciado até os dias de hoje, influenciando gerações de escritores e leitores em todo o mundo.
A estátua de Eça de Queiroz, localizada em Lisboa, Portugal, é uma homenagem a um dos maiores escritores da literatura portuguesa do século XIX. Inaugurada em 1903, apenas três anos após a morte de Eça, a obra foi esculpida pelo artista Teixeira Lopes e fica situada na Rua do Alecrim, próximo ao Chiado, uma das zonas mais emblemáticas da cidade.
A escultura é particularmente notável pelo seu simbolismo e design. Representa Eça de Queiroz com um ar contemplativo, envolto numa toga, olhando para uma figura feminina, que simboliza a Verdade, parcialmente velada por um manto. A figura feminina oferece uma flor a Eça, simbolizando a pureza e a beleza da verdade. Esta representação faz alusão à famosa citação do próprio autor: "Sobre a nudez forte da Verdade, o manto diáfano da Fantasia."
A escolha dessa frase reflete o estilo e a visão literária de Eça de Queiroz, conhecido pelo seu realismo e crítica social. Ele acreditava no poder da literatura para revelar as verdades da vida, embora soubesse que a fantasia e a criatividade eram igualmente importantes na criação artística.
A estátua é uma das mais icónicas de Lisboa e atrai tanto turistas quanto fãs da obra de Eça de Queiroz, que veem nela uma celebração da importância da verdade e da arte literária. Ela está inserida num espaço culturalmente rico, cercada de livrarias e cafés frequentados por intelectuais ao longo dos séculos.