Pablo Neruda, cujo nome verdadeiro era Ricardo Eliecer Neftalí Reyes Basoalto, nasceu a 12 de julho de 1904, em Parral, no Chile. Desde cedo, revelou uma paixão pela escrita e pela poesia, começando a publicar seus primeiros versos ainda na adolescência.
Em 1920, adotou o pseudônimo Pablo Neruda em homenagem ao poeta tcheco Jan Neruda e começou a estudar na cidade de Temuco. Mais tarde, mudou-se para Santiago, onde ingressou na Universidade do Chile para estudar francês. Aos 20 anos, publicou seu primeiro livro de poesia, "Crepusculário", marcando o início de uma carreira literária prolífica.
Neruda foi um poeta multifacetado, passando por diversas fases artísticas ao longo de sua vida. Em 1927, durante sua estadia na Espanha, incorporou elementos surrealistas em sua obra, como evidenciado no livro "Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada". Durante esse período, também se envolveu em atividades políticas e conheceu Federico García Lorca e outros artistas importantes.
O poeta chileno desempenhou um papel ativo na política, sendo eleito senador pelo Partido Comunista em 1945. Contudo, sua carreira política sofreu reviravoltas quando o governo chileno perseguiu os comunistas em 1948, levando-o a se exilar e passar anos na clandestinidade. Durante esse período, escreveu o épico "Canto Geral", que aborda a história e a geografia da América Latina.
Durante seu exílio, Neruda viajou por vários países, incluindo México, França e Espanha. Seu tempo na Espanha foi particularmente significativo, já que ele chegou a testemunhar a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e suas consequências. Ele também passou algum tempo na União Soviética
Neruda retornou ao Chile em 1952 e continuou sua carreira literária e política. Em 1971, recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, sendo reconhecido por sua poesia rica e comprometida com questões sociais. Após o golpe militar no Chile em 1973, que derrubou o governo de Salvador Allende, Neruda, doente de câncer, faleceu em 23 de setembro do mesmo ano.
O legado de Pablo Neruda persiste como um ícone da literatura mundial, e sua poesia continua a ser celebrada por sua paixão, compromisso social e beleza lírica. Seus escritos abordam uma gama diversificada de temas, desde o amor até as injustiças sociais, capturando a complexidade da experiência humana.
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Photo by Sam Falk/New York Times Co./Getty Images
Neruda com sua esposa e Erich Honecker em 1951