Autobiografia- ficcional



Sou nova, entre aquelas tantas outras que fui. Algumas ainda me visitam.

Necessito aprender a dizer-lhes adeus com paz, para que possam partir tranquilamente.

Quero trabalhar arduamente, não para anular o passado, mas para aceitar-me e deliciar-me com a vida, através desta nova que começa a crescer em mim.

Sou filha de seres que, em qualquer parte do Universo, antes da vida terrena, quase atingiram a perfeição. Mas, como entre o quase e o completo habitam falhas, foi-lhes requerida uma volta à escola. Desceram à Terra. Provavelmente amaram-se e, de um momento de entrega, nasci eu, que também necessitava de aperfeiçoamento. Os dois já partiram, com um défice maior de perfeição.

Apesar de tudo, sou grata pelo que me ensinaram e continuo empenhada no crescimento, para que a minha vinda à vida tenha um resultado positivo. Isso significa dar asas à minha essência, aprender a amar-me para poder amar todas as coisas.